Tracker 1.0: vale comprar SUV com motor de Onix por R$ 500 a menos?
Resumo da notícia
- Versão LT oferece bom nível de equipamentos e design elegante
- Por R$ 97.490, SUV custa apenas R$ 500 a menos do que versão básica 1.2
- Tracker LT tem bom desempenho e é opção interessante para quem quer SUV
Lançar um SUV com motor 1.0 era improvável até 2019, Até então, apenas a Ford havia apostado nesta fórmula com o EcoSport Supercharger, que até entregava bons 95 cv, mas se aproximava muito do modelo 1.6 em preço e desempenho.
Desde o ano passado o cenário mudou: primeiro foi a Volkswagen que trouxe o bom motor turbinado de 1-litro ao T-Cross. Neste ano, foi a vez da Chevrolet apostar na receita com as versões mais baratas do Tracker.
Aplicado com sucesso nos novos Onix e Onix Plus, o motor de três cilindros é aplicado nas configurações de entrada (que se chama simplesmente 1.0 turbo) e LT do Tracker. No caso da segunda configuração, porém, a diferença para o degrau de cima (leia-se motor 1.2) é de meros R$ 500. Ai a dúvida é inevitável: vale a pena economizar (pouco) para levar o Tracker LT para casa?
Chevrolet Tracker LT 1.0 turbo
Preço
R$ 97.490Pontos Positivos
- Design e itens de série
Pontos Negativos
- Preço
Veredito
Assim como as demais versões, o Tracker LT combina um pacote generoso de equipamentos com design atraente e um bom desempenho. Seu principal (e talvez até único) defeito está justamente no preço: além de custar apenas R$ 500 a menos do que a versão básica com motor 1.2, ele é caro demais. Caso esteja em dúvida, vale a pena olhar com carinho para o VW Nivus, que pode até ser menor, mas é mais estiloso, tem um porta-malas maior e é (bem) mais equipado. Agora, se você já se decidiu pelo Tracker, é tudo uma questão de escolher entre o SUV menos potente e mais equipado ou mais forte e com menos itens. Seja qual for sua decisão, você estará muito bem servido.
Alguns meses depois de sua chegada, o Tracker ainda chama atenção nas ruas. Embora não seja figura tão difícil de ver no trânsito, o SUV ainda desperta curiosidade em quem não está tão familiarizado com as novidades da indústria.
Faz sentido: o SUV tem linhas muito bonitas e equilibradas, que, se não apostam na ousadia de um VW Nivus, também não são conservadoras como no Hyundai Creta. Mesmo nas versões mais baratas o Tracker parece um carro mais caro, resultado do design elegante.
O modelo não precisa apelar para muitos vincos ou adereços para transmitir a sensação de robustez tão cobiçada por quem gosta dos SUVs. Na versão LT, o Tracker possui maçanetas e capas dos espelhos retrovisores pintadas na cor da carroceria, além dos apliques em preto nas colunas. Esses detalhes são os primeiros (e mais nítidos) diferenciais frente à versão de entrada com motor 1.2.
Por dentro, o SUV traz o mesmo painel do Onix, o que pode decepcionar quem procura mais exclusividade. Dele também vieram os plásticos de boa qualidade, que parecem um pouco "apagados" por conta do estilo mais sóbrio da cabine.
A posição de dirigir é boa e o volante de menor diâmetro tem boa empunhadura. Já o banco inteiriço é bastante confortável e anatômico, algo que já havíamos notado no Onix. Atrás o espaço para joelhos e cabeça dos passageiros é bom, embora não seja grande o suficiente para que três adultos viajem com folga. O porta-malas tem bons 393 litros.
Se você já dirigiu o Tracker 1.2 (como nós) vai notar uma diferença quando assumir o volante do 1.0. Entretanto, ela não é tão gritante assim. O conjunto que entrega até 116 cv e 16,8 kgfm não dá sinais de falta de fôlego, mesmo com lotação máxima.
O motorista perceberá um comportamento ligeiramente mais pacato nas acelerações e retomadas, situações nas quais o Tracker 1.0 demora um pouco para arrancar. Pode botar a "culpa" na conta do câmbio de seis marchas, que, apesar de trabalhar de forma adequada na maior parte do tempo, padece de suavidade e agilidade nas reduções.
Leve nas manobras, a direção não transmite a sensação de segurança que poderia ao condutor, sobretudo em velocidade altas. Isso, porém, não é exclusividade das versões com motor 1.0, já que todo Tracker parece se comportar assim.
Não dá para chamar o SUV de econômico, mas ele também não decepciona - pelo menos não diante de outros modelos turbinados. Dados do Inmetro indicam 8,2 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada com etanol, números que sobem para 11,9 km/l no ciclo urbano e 13,7 km/l no rodoviário se a escolha for pela gasolina.
É verdade que a diferença de R$ 500 é irrisória para quem gosta de desempenho. Só que a versão LT (que custa R$ 97.490) entrega mais conteúdo do que a básica com o motor maior.
Comparando as duas versões, o Tracker LT oferece a mais itens como destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, câmera de ré, rack de teto na cor prata, maçanetas na cor da carroceria, adesivos na cor preta nas colunas do carro, luzes de leitura individuais para motorista e passageiro e capas dos espelhos retrovisores na cor do veículo.
Frente às configurações mais caras, o SUV fica devendo acendimento automático dos faróis, bancos revestidos em couro e ar-condicionado digital, entre outros equipamentos.
Mesmo assim, a versão LT traz boas surpresas, como a boa central multimídia MyLink 3 com suporte a Android Auto e Apple CarPlay e internet 4G com Wi-Fi.
Assim como nas linhas Onix e Onix Plus, o Tracker marca um gol de placa ao trazer seis airbags, controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas como itens de série em todas as versões.
Estabilidade também é um ponto forte do Tracker, que traz uma dirigibilidade muito mais próxima a de um automóvel convencional do que um utilitário esportivo, cujo centro de gravidade costuma ser naturalmente mais alto. A carroceria pouco inclina nas curvas.
Outro ponto importante é que os valores sugeridos das revisões também estão entre os mais baixos da categoria. E o valor médio do seguro também não é proibitivo.
Rivais não faltam para o Tracker LT. O mais óbvio deles é o Volkswagen T-Cross 200 TSI (R$ 88.790), especialmente por conta do motor 1.0 turbo de até 128 cv que equipa o SUV da marca alemã.
Porém, outro representante da VW, o Nivus Highline (R$ 98.290), desponta como forte concorrente em preço e, claro, motorização.
Bom também não esquecer dos rivais tradicionais, como Jeep Renegade, Hyundai Creta e Honda HR-V. É, não tá nada fácil para a GM mesmo.
Motorização
1.0, 12V, 3 cilindros, flex
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
116
Torque (kgf.m)
16,8 / 16,3
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
10,9
Velocidade máxima (km/h)
177
Consumo cidade (km/l)
8,2 / 9,6
Consumo estrada (km/l)
11,9 / 13,7
Câmbio
automático de 6 marchas
Tração
dianteira
Direção
elétrica
Suspensão Dianteira
independente, McPherson
Suspensão Traseira
eixo de torção
Freios Dianteiros
discos ventilados
Freios Traseiros
tambor
Pneus
215/60 R16
Rodas
16 polegadas
Altura (mm)
1624
Comprimento (mm)
4270
Entre-eixos (mm)
2570
Largura (mm)
1791
Ocupantes
5
Peso (kg)
1228
Porta-malas (L)
393
Tanque (L)
44
10.000 km
R$ 300,00
20.000 km
R$ 596.00
30.000 km
R$ 496,00
40.000 km
R$ 660,00
50.000 km
R$ 476,00
60.000 km
R$ 596,00
Seguro
R$ 2.700 (média)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Faróis de neblina
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
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