Citroën Basalt: SUV cupê tem porta-malas de sedã e preço de hatch
Alessandro Reis
Do UOL, em São Paulo (SP)
10/12/2024 05h30
Lançado no início de outubro, o Citroën Basalt chegou para ampliar a família de compactos da marca francesa, ao lado do hatch C3 e do SUV C3 Aircross.
Com perfil de cupê, graças à tampa traseira mais inclinada, a novidade da Citroën chega com porta-malas de sedã, com quase 500 litros de capacidade, e preço de hatch.
Sua versão de entrada atualmente está em oferta por R$ 89.990 e vem equipada com câmbio manual e motor 1.0 aspirado.
É mais barata do que variantes de topo de hatches compactos como Chevrolet Onix e Hyundai HB20.
Nesta avaliação, vamos explicar em detalhes como é o Basalt na configuração mais completa, a Shine, que sai por R$ 115.890 e traz propulsor 1.0 turbo flex mais transmissão CVT sob o capô.
Desvendando o Citroën Basalt
Design: o Basalt tem, até a coluna C, praticamente o mesmo desenho do Aircross, incluindo a dianteira com luzes diurnas de LEDs rente ao capô e os faróis posicionados mais abaixo.
O estilo robusto é reforçado com molduras plásticas nas caixas de roda e pelo generoso vão livre do solo.
Obviamente, o que mais chama a atenção é a traseira com estilo cupê, exibindo vidro bem inclinado na tampa do porta-malas, que traz um aerofólio integrado, e lanternas tridimensionais com o formato da letra "C".
Pessoalmente, considero o desenho bem equilibrado, mais harmonioso do que o do Fiat Fastback, o outro SUV cupê do Grupo Stellantis.
No Basalt, o perfil de cupê traz a impressão de que se trata de um SUV mais caro e sofisticado.
Vida a bordo: o Basalt, da mesma forma que os "irmãos" C3 e C3 Aircross, com os quais divide plataforma CMP e uma série de componentes, foi concebido com foco no custo-benefício e no preço competitivo.
Por essa razão, o interior é simples, com predominância dos revestimentos de plástico rígido, mas com avanços em relação ao C3 - o modelo mais barato da família.
A chave já é do tipo canivete, enquanto no C3 ela é tão simples que parece ser daquelas usadas em motos de baixa cilindrada.
Outra melhoria em relação ao hatch é o painel de instrumentos digital de sete polegadas do Basalt, igual ao utilizado no Aircross e bem mais elaborado do que o do C3.
Na versão topo de linha Shine que avaliamos, um terceiro item que ajuda a compensar a simplicidade a bordo: o ar-condicionado automático e digital, que estreou no Basalt e agora é um item opcional no Aircross.
A configuração avaliada traz, ainda, sensores de estacionamento traseiros, bancos e volante com revestimento de material sintético "premium", rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas e dois itens relevantes, disponíveis desde a versão de entrada Feel: câmera de ré e central multimídia de dez polegadas com conexão sem fio via Android Auto e Apple CarPlay.
Assim como no C3 e no Aircross, a posição de dirigir é bem alta, mesmo com ajuste de altura no banco do motorista - pessoalmente, preferia que fosse um pouco mais baixa.
Medindo 2,64 m de distância entre-eixos, o Basalt traz bom espaço interno e, mesmo com perfil de cupê, acomoda bem até três pessoas no banco traseiro.
Graças ao balanço traseiro alongado, que é a extensão da carroceria após o eixo de trás, o porta-malas também é amplo e tem capacidade semelhante à de sedãs: leva até 490 litros de bagagens no padrão VDA.
Um ponto negativo é o uso de lâmpadas halógenas nos faróis e nas lanternas, mesmo na variante topo de linha - nela, apenas as luzes de condução diurna são de LEDs.
Vale destacar que concorrentes na categoria de SUVs compactos já saem da fábrica com faróis full-LED.
Segurança: o Basalt traz estrutura praticamente idêntica à do Aircross, que recentemente foi avaliado com nota zero em teste de impacto do Latin NCAP.
A Stellantis, responsável pela marca Citroën, se manifestou sobre o teste afirmando que "reforça seu compromisso com a segurança veicular e que seus modelos comercializados atendem todas as regulamentações vigentes. A segurança de um carro é um conjunto pensado desde o início do desenvolvimento, e vai muito além da oferta individual de itens de segurança ativa e passiva".
O Basalt sai da fábrica com quatro airbags, controles de tração e estabilidade e monitoramento da pressão dos pneus.
Desempenho: o Basalt Shine traz conjunto mecânico que equipa vários modelos da Stellantis e combina bom desempenho com baixo consumo de combustível.
O propulsor 1.0 turbo flex T200, com seus 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, proporciona bastante fôlego mesmo em rotações mais baixas e é bem gerenciado pelo câmbio CVT com sete marchas simuladas.
As suspensões são bem calibradas, entregando conforto sem muita rolagem da carroceria, enquanto o consumo médio, segundo o ciclo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é de 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol no tanque.
Abastecido com gasolina, as médias sobem para, respectivamente, 11,9 km/l e 13,7 km/l.
Equipamentos: vem de série com volante ajustável em altura, banco do motorista com ajuste de altura, bancos com revestimento de material sintético, quatro airbags, alarme, chave canivete com telecomando, monitoramento da pressão dos pneus, central multimídia de 10,25 polegadas, painel digital de sete polegadas, controle de velocidade de cruzeiro convencional, limitador de velocidade, câmera traseira, sensores de estacionamento traseiros, ar-condicionado digital e rodas de liga leve diamantadas de 16 polegadas.
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Citroën Basalt Shine
Preço
R$ 115.8904,0
4,0
5,0
3,0
4,0
4,0
3,0
Pontos Positivos
- Preço
- Desempenho
- Consumo de combustível
- Espaço interno
- Design
Pontos Negativos
- Posição de dirigir alta demais, mesmo com banco do motorista ajustável em altura
- Só tem 4 airbags em todas as configurações
- Não traz faróis de LED nem nas versões mais caras
Veredito
O Citroën Basalt é um SUV bonito e espaçoso, que tem preço bastante competitivo e conjunto mecânico esperto com baixo consumo de combustível. Por outro lado, carece de mais airbags e assistências à condução, que poderiam ser disponibilizados pelo menos como opcionais.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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Motorização
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1.0 turbo flex, 3 cilindros
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Combustível
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Gasolina ou etanol em qualquer proporção
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Potência (cv)
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130 cv
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Torque (kgf.m)
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20,4 kgfm
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
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9,7 segundos
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Velocidade máxima (km/h)
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199 km/h
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Consumo cidade (km/l)
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8,3 km/l (etanol) / 11,9 km/l (gasolina)
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Consumo estrada (km/l)
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9,6 km/l (etanol) / 13,7 km/l (gasolina)
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Câmbio
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CVT, 7 marchas simuladas
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Tração
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Dianteira
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Direção
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Elétrica
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Suspensão Dianteira
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Independente do tipo McPherson com barra estabilizadora e stop hidráulico
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Suspensão Traseira
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Eixo de torção com stop hidráulico
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Freios Dianteiros
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Discos ventilados
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Freios Traseiros
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Tambores
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Pneus
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205/60 R16
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Rodas
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16 polegadas
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Altura (mm)
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1.585 mm
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Comprimento (mm)
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4.343 mm
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Entre-eixos (mm)
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2.645 mm
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Largura (mm)
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1.821 mm
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
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1.191 kg em ordem de marcha
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Porta-malas (L)
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490 litros (VDA)
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Tanque (L)
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47 litros
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10.000 km
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R$ 486
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20.000 km
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R$ 887
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30.000 km
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R$ 486
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40.000 km
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R$ 1.463
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50.000 km
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R$ 486
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60.000 km
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R$ 1.183
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Piloto Automático
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Banco de Couro
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Desembaçador Traseiro
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Computador de Bordo
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Faróis de neblina
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