Lançado em 2018, o Citroën C4 Cactus chamou atenção é época por conta do visual diferente, mesclando características de hatches médios e SUVs compactos, e dos itens de segurança, que incluíam frenagem automática.

Apesar das qualidades, o utilitário esportivo da marca francesa não decolou nas vendas e ficou restrito ao papel de coadjuvante na sua categoria.

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Desde a sua estreia, o Cactus é praticamente o mesmo veículo, mantendo suas virtudes e defeitos, enquanto muitos dos seus rivais evoluíram em relação a aspectos como conectividade e assistências à condução.

Após a incorporação da Citroën pela Stellantis no ano passado, o Cactus passou a ser oferecido com descontos agressivos, o que ajudou a alavancar suas vendas: de janeiro a julho deste ano, foram emplacadas 11.416 unidades, contra 9.587 em igual período de 2021 - um aumento de 19%.

Confira abaixo a avaliação do C4 Cactus na versão Shine Pack THP, a mais completa da gama e que hoje tem preço sugerido de R$ 142.390.

Vale a pena? Confira a seguir e tire suas próprias conclusões.

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Citroën C4 Cactus Shine Pack

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Frenagem automática de emergência

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Alerta de atenção ao motorista

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Alerta de saída de faixa

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Alerta de cansaço do motorista

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Citroën C4 Cactus Shine Pack

Carros

3,6 /5

ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

Consumo

4,0

Desempenho

4,0

Design

5,0

Equipamentos

4,0

Espaço Interno

4,0

Segurança

4,0

Pontos Positivos

• Motor potente e eficiente
• Design
• Equipamentos de segurança

Pontos Negativos

• Está sem atualizações desde o lançamento, em 2018

Veredito

O Citroën C4 Cactus, na sua versão topo de linha, traz um pacote generoso de equipamentos de segurança e o excelente motor 1.6 turbo flex THP. Com porte intermediário entre hatches médios e SUVs compactos, também traz no design um ponto forte. Ao mesmo tempo, já está defasado em alguns aspectos ante a concorrência ao não trazer painel digital colorido e contar com multimídia pior do que a de muitos rivais. Considerando o preço da versão mais cara, as configurações mais simples trazem melhor custo-benefício.

ESPAÇO INTERNO E EQUIPAMENTOS

Com 2,60 m de distância entre-eixos e 1,71 m de largura, o C4 Cactus traz bastante espaço para os ocupantes dianteiros e quem vai no banco de trás não passa aperto - o conforto é prejudicado se houver mais de dois passageiros na segunda fileira de assentos.

O porta-malas, com 320 litros de capacidade, poderia ser maior, considerando que estamos falando de um SUV e não de um hatch compacto.

No geral, o Cactus está dentro da média em relação ao espaço interno em sua categoria.

Quanto aos equipamentos, na versão de topo o Citroën está bem servido, embora em alguns aspectos já evidencie a idade do projeto.

Com apenas sete polegadas, a central multimídia tem conexão via Android Auto e Apple CarPlay, mas ainda exige o uso de fio para a sincronização de celulares - que fica dependurado, já que a porta USB está posicionada ao lado da tela.

Por sua vez, o painel de instrumentos é digital, mas utiliza uma tela monocromática que fica atrás de alguns concorrentes, nos quais ela é colorida e de alta resolução;

Por outro lado, a lista de itens de série é extensa e inclui ar-condicionado automático e digital, bancos de couro sintético, volante multifuncional, sensor de chave, partida do motor por botão, faróis de neblina, rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado e sensor de chuva.

O carro também é equipado com um seletor que ajusta o controle eletrônico de tração conforme o tipo de terreno.

DESEMPENHO E CONSUMO

O C4 Cactus brilha nesse quesito graças ao vigor do motor 1.6 turbo flex THP, capaz de render 173 cv de potência e generosos 24,5 kgfm de torque a apenas 1.400 rpm.

Combinado com a transmissão automática de seis velocidades, o propulsor proporciona agilidade nas acelerações e nas retomadas e sobra para tracionar os 1.214 kg do SUV.

Na versão topo de linha, a única a contar com o motor THP, a condução seria ainda mais esportiva, não fosse o ajuste das suspensões extremamente focado no conforto - o que agrada muita gente, mas dá uma certa "anestesiada" na condução.

Também contribui para a pegada mais voltada ao conforto a direção elétrica extremamente leve, que é bem-vinda na hora de manobrar o carro, mas não agrada tanto quem busca uma condução um pouco mais afiada.

Vale destacar que, em nome da segurança, a assistência elétrica da direção é do tipo progressivo - ou seja, o volante vai ficando mais pesado à medida que a velocidade aumenta.

Em relação ao consumo, o carro manda muito bem, principalmente quando está abastecido com gasolina: o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) informa médias de 8,2 km/ na cidade e de 9,5 km/l na estrada, com etanol no tanque, e de, respectivamente, 11,7 km/l e 13,4 km/l com gasolina.

DESIGN

Esse é um ponto alto do Cactus, que não passa despercebido com seu conjunto ótico dividido em duas seções - as luzes de condução diurna de LEDs são integradas à grade, enquanto os faróis propriamente ditos, com lâmpadas halógenas, estão posicionados mais abaixo.

Na traseira, a coluna C na mesma cor da carroceria traz uma espécie de moldura na cor preta que ajuda a dar um aspecto mais premium e original ao utilitário esportivo.

As lanternas horizontais e estreitas são outro elemento que distingue o C4 Cactus de outros SUVs, bem como as barras transversais de teto bem pronunciadas.

Por dentro, o SUV da Citroën investe em um visual mais sóbrio, mas que traz "ousadias" como linhas pontilhadas em baixo relevo na parte superior do painel das portas e uma pequena faixa de tecido na extremidade direita do painel, ao lado da saída do ar-condicionado.

SEGURANÇA

Quando chegou ao mercado em 2018, o utilitário esportivo da Citroën inovou ao trazer equipamentos de segurança ativa inéditos em sua categoria e que até hoje alguns concorrentes não oferecem.

Apenas na versão mais completa ele traz o pacote de assistências à condução composto por alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência; alerta de saída de faixa (que não mantém o veículo entre as demarcações da pista); e detector de fadiga.

O carro conta, ainda, com seis airbags de série, câmera de ré, sensor de pressão dos pneus e controles de tração e estabilidade com assistente de partida em declives.

Contudo, não vem com sensores de estacionamento traseiros, que podem ser instalados como acessórios, enquanto o controle de velocidade de cruzeiro é do tipo convencional, que não ajusta automaticamente a distância em relação ao veículo à frente,

MERCADO

Bonito, com espaço interno na média da categoria e equipado com motor potente, o C4 Cactus topo de linha é um SUV que inegavelmente tem suas qualidades.

Contudo, já é um carro carente de atualizações ao ser comparado com a concorrência, que está cada vez mais forte e competitiva em termos de tecnologia e competitividade.

Até alguns dias atrás, o Citroën mais completo tinha como maior virtude o custo, trazendo preço sugerido abaixo de R$ 130 mil.

No entanto, com o recente reajuste, já se aproxima dos R$ 145 mil e já não é tão atraente assim - vale destacar que, dentro da própria Stellantis, dona da Citroën, o Jeep Compass Sport sai por R$ 128.971 e traz motor mais forte e bom pacote de equipamentos.

Também é importante ressaltar que, na prática, você consegue fechar negócio por valores abaixo daqueles divulgados oficialmente - mas isso não é exclusividade do C4.

Considerando os aspectos acima, o Cactus é uma alternativa a ser considerada nas versões intermediárias e também na configuração de entrada (R$ 106.290), equipadas com motor 1.6 aspirado de 120 cv e 15,7 kgfm, mais transmissão automática de seis marchas.

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