Eclipse Cross dá adeus a traseira polêmica, mas não atualiza o interior
José Antonio Leme
Do UOL, em Amparo (SP)
13/04/2022 04h00
A Mitsubishi atendeu às preces dos seus clientes e do mercado e atualizou o Eclipse Cross. O modelo passou por sua primeira reestilização de mercado aqui no Brasil.
As mudanças visuais se concentraram na traseira, onde o SUV japonês perdeu seu principal item de disputa e debate acerca do visual escolhido pela marca para o "sucessor" do esportivo Eclipse.
Com preços que variam entre R$ 193.174 na versão GLS até chegar aos R$ 240.696 exigidos pela versão de topo, testada por UOL Carros, o Eclipse nunca foi uma unanimidade.
Será que as mudanças cosméticas fizeram o suficiente para o Eclipse Cross deslanchar nas vendas daqui para a frente? É o que vamos descobrir.
Mitsubishi Eclipse Cross HPE-S AWC
3,0
3,0
4,0
4,0
4,0
3,0
4,0
Pontos Positivos
- Dirigiblidade
Pontos Negativos
- Acabamento
Veredito
O Eclipse Cross ficou mais "palatável" a diferentes clientes e gostos com a traseira mais convencional do que a anterior, mas perdeu o fator inovador que ele tinha. No mais, o carro continua bom de suspensão e motor, entregando conforto para os ocupantes e aceleração sempre constante e direta quando exigido
DESIGN E ESPAÇO INTERNO
Aqui estão as grandes mudanças do Eclipse Cross. A primeira reestilização do modelo desde que desembarcou no Brasil está em conformidade com as mudanças realizadas lá fora.
O design considerado polêmico da traseira, mas também marcante, que tinha um vidro espia na traseira abaixo do localizado na tampa do porta-malas deu espaço a um desenho mais convencional.
O vidro espia foi trocado por uma nova peça de chapa, mais tradicional, e a tampa cresceu. Com isso as lanterna também mudaram e perderam a ligação refletiva que havia entre elas, mas ficaram maiores em direção à dianteira do carro.
Na frente o carro também ficou mais comedido, abrindo mão dos grandes cromados por peças menores. Os faróis que ficavam em cima foram para a área inferior, no para-choque, e agora na parte superior há apenas as luzes diurnas de LEDs.
Olhando de lado, o carro manteve as linhas e os vincos que a carroceria já tinha, mas ganhou rodas de 18" com novos desenhos mais esportivos e condizentes com a pegada de SUV-cupê que o Eclipse Cross tem.
Seu interior não foi afetado pela reestilização e manteve as linhas e o tipo de acabamento, com alguns pedaços imitando fibra de carbono nos puxadores de portas e ao redor da central multimídia - componente que não fica mais destacado acima do painel, mas inserido nele.
O acabamento tem bastante plástico, mas não difere da maioria dos SUVs médios à venda no País nesse sentido. Apesar disso, o Eclipse Cross tem um interior com boa disposição dos componentes e fácil acesso a maior parte dos itens.
O espaço interno é bom para quem vai na frente ou atrás. Apesar da área traseira parecer menor por causa do teto em queda acentuada nessa área, mesmo para a cabeça de pessoas de até 1,80 metro de altura há bom espaço, bem como para as pernas.
CONSUMO E DESEMPENHO
Sob o capô nada novo, apesar de mudanças. O conjunto mecânico passou por recalibração para conseguir atender as novas regras de emissões de poluentes e ruídos do Proconve L7 que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano.
Assim, o motor 1.5 turbo a gasolina manteve os bons números de 165 cv e 25,5 mkgf. A transmissão é a automática CVT que simula oito velocidades e tem opção de trocas por borboletas atrás do volante.
Com esse conjunto, a Mitsubishi divulga que o SUV é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 195 km/h.
Na prática é um motor que, por entregar todo torque entre 1.800 rpm e 4.500 rpm, consegue render bem mesmo com o CVT e mitiga a lentidão que esse câmbio apresenta normalmente.
Desse modo, o consumidor tem um carro de respostas ágeis para seu tamanho e ainda assim conta com a suavidade das trocas sem marchas do CVT.
Para retomadas e ultrapassagens basta pisar fundo no acelerador que o carro responde. Na versão de topo que foi avaliada, o carro ainda traz o sistema de tração integral inteligente com três modos de condução: normal, snow e gravel.
Eles alteram a resposta dos controles de tração e estabilidade, câmbio e acelerador. O snow é para pisos escorregadios, enquanto o gravel para pisos como pedra e cascalho solto.
EQUIPAMENTOS E SEGURANÇA
Desde a versão de entrada, GLS, há sete airbags, controles de tração e estabilidade, sistema que monitora freio e acelerador para evitar pequenas colisões, assistente de partida em rampa, entre outros.
O pacote conta ainda com fixação de cadeirinhas infantis por meio de Isofix, leitor de pressão dos pneus, trio elétrico e central multimídia com tela de 7 polegadas, integração Android Auto e Apple CarPlay por meio de entrada USB, leitor de MP3 e rádio AM/FM.
Na versão mais completa, a HPE-S S-AWC, a central é da JBL, tem o mesmo tamanho da outra, mas conta com leitor de vídeos em MP4, que só funciona com o freio de mão puxado, obviamente. Além disso traz volante multifuncional revestido de couro e ar-condicionado de duas zonas.
Há ainda o teto solar panorâmico duplo, para-choques na cor do carro com skid plate na mesma cor e rack de teto preto. O revestimento do tecido do teto é na cor preta com opção de cor clara para a versão de topo, freio de estacionamento elétrico com função Auto Hold e chave presencial com partida por botão.
O pacote fica completo com frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão, farol alto automático, alerta de pontos cegos, sensor de estacionamento na frente e atrás, alerta de saída da faixa de rodagem e de tráfego cruzado, sensores de luz e chuva e limitador de velocidade.
MANUTENÇÃO
As revisões do Eclipse Cross são programadas com valores fixos, como a maioria das companhias tem feito atualmente para garantir que o cliente saiba o que esperar.
São seis revisões garantidas com valor total de R$ 6.878. Cada uma delas tem valor específico de R$ 1.110 para as 1ª,2ª, 3ª e 5ª e 6ª revisões e apenas a 4ª ter valor diferente: 1.328.
MERCADO
Apesar de ser um bom produto, o Eclipse Cross enfrenta uma categoria bastante tumultuada e também dominada pela liderança inabalável do Jeep Compass, um carro que caiu nas graças do povo.
A menor capilaridade da rede Mitsubishi também deve ser levada em conta pensando que em difusão do modelo no mercado, especialmente nos interiores.
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Motorização
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1.5, 4 cil, 16V, turbo
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Combustível
-
Gasolina
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Potência (cv)
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165 @ 5500
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Torque (kgf.m)
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25,5 @ 1800~4500
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
-
11,1
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Velocidade máxima (km/h)
-
195
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Câmbio
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Automático, CVT
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Tração
-
Integral
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Direção
-
Elétrica
-
Suspensão Dianteira
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Independente McPherson
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Suspensão Traseira
-
Independente Multilink
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Freios Dianteiros
-
Discos Ventilados
-
Freios Traseiros
-
Discos sólidos
-
Pneus
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225/55 R18
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Rodas
-
18? X 7?
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Altura (mm)
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1685
-
Comprimento (mm)
-
4545
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Entre-eixos (mm)
-
2670
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Largura (mm)
-
1805
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
-
1536
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Porta-malas (L)
-
451
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Tanque (L)
-
63
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10.000 km
-
R$ 1.110
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20.000 km
-
R$ 1.110
-
30.000 km
-
R$ 1.110
-
40.000 km
-
R$ 1.328
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50.000 km
-
R$ 1.110
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60.000 km
-
R$ 1.110
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Airbags do tipo Cortina
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Airbags para joelho do motorista
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Piloto Automático
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Banco de Couro
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Bancos com ajustes elétricos
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Desembaçador Traseiro
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Teto Solar
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Computador de Bordo
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Acendimento automático dos faróis
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Faróis de neblina
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Frenagem autônoma de emergência
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Alerta de permanência em faixa
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Sensor de pressão dos pneus
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Sensor de pontos cegos
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Alerta de colisão
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Faróis com regulagem de altura
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Bloqueio do diferencial
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