Eclipse Cross dá adeus a traseira polêmica, mas não atualiza o interior
A Mitsubishi atendeu às preces dos seus clientes e do mercado e atualizou o Eclipse Cross. O modelo passou por sua primeira reestilização de mercado aqui no Brasil.
As mudanças visuais se concentraram na traseira, onde o SUV japonês perdeu seu principal item de disputa e debate acerca do visual escolhido pela marca para o "sucessor" do esportivo Eclipse.
Com preços que variam entre R$ 193.174 na versão GLS até chegar aos R$ 240.696 exigidos pela versão de topo, testada por UOL Carros, o Eclipse nunca foi uma unanimidade.
Será que as mudanças cosméticas fizeram o suficiente para o Eclipse Cross deslanchar nas vendas daqui para a frente? É o que vamos descobrir.
Mitsubishi Eclipse Cross HPE-S AWC
Pontos Positivos
- Dirigiblidade
Pontos Negativos
- Acabamento
Veredito
O Eclipse Cross ficou mais "palatável" a diferentes clientes e gostos com a traseira mais convencional do que a anterior, mas perdeu o fator inovador que ele tinha. No mais, o carro continua bom de suspensão e motor, entregando conforto para os ocupantes e aceleração sempre constante e direta quando exigido
DESIGN E ESPAÇO INTERNO
Aqui estão as grandes mudanças do Eclipse Cross. A primeira reestilização do modelo desde que desembarcou no Brasil está em conformidade com as mudanças realizadas lá fora.
O design considerado polêmico da traseira, mas também marcante, que tinha um vidro espia na traseira abaixo do localizado na tampa do porta-malas deu espaço a um desenho mais convencional.
O vidro espia foi trocado por uma nova peça de chapa, mais tradicional, e a tampa cresceu. Com isso as lanterna também mudaram e perderam a ligação refletiva que havia entre elas, mas ficaram maiores em direção à dianteira do carro.
Na frente o carro também ficou mais comedido, abrindo mão dos grandes cromados por peças menores. Os faróis que ficavam em cima foram para a área inferior, no para-choque, e agora na parte superior há apenas as luzes diurnas de LEDs.
Olhando de lado, o carro manteve as linhas e os vincos que a carroceria já tinha, mas ganhou rodas de 18" com novos desenhos mais esportivos e condizentes com a pegada de SUV-cupê que o Eclipse Cross tem.
Seu interior não foi afetado pela reestilização e manteve as linhas e o tipo de acabamento, com alguns pedaços imitando fibra de carbono nos puxadores de portas e ao redor da central multimídia - componente que não fica mais destacado acima do painel, mas inserido nele.
O acabamento tem bastante plástico, mas não difere da maioria dos SUVs médios à venda no País nesse sentido. Apesar disso, o Eclipse Cross tem um interior com boa disposição dos componentes e fácil acesso a maior parte dos itens.
O espaço interno é bom para quem vai na frente ou atrás. Apesar da área traseira parecer menor por causa do teto em queda acentuada nessa área, mesmo para a cabeça de pessoas de até 1,80 metro de altura há bom espaço, bem como para as pernas.
CONSUMO E DESEMPENHO
Sob o capô nada novo, apesar de mudanças. O conjunto mecânico passou por recalibração para conseguir atender as novas regras de emissões de poluentes e ruídos do Proconve L7 que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano.
Assim, o motor 1.5 turbo a gasolina manteve os bons números de 165 cv e 25,5 mkgf. A transmissão é a automática CVT que simula oito velocidades e tem opção de trocas por borboletas atrás do volante.
Com esse conjunto, a Mitsubishi divulga que o SUV é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 195 km/h.
Na prática é um motor que, por entregar todo torque entre 1.800 rpm e 4.500 rpm, consegue render bem mesmo com o CVT e mitiga a lentidão que esse câmbio apresenta normalmente.
Desse modo, o consumidor tem um carro de respostas ágeis para seu tamanho e ainda assim conta com a suavidade das trocas sem marchas do CVT.
Para retomadas e ultrapassagens basta pisar fundo no acelerador que o carro responde. Na versão de topo que foi avaliada, o carro ainda traz o sistema de tração integral inteligente com três modos de condução: normal, snow e gravel.
Eles alteram a resposta dos controles de tração e estabilidade, câmbio e acelerador. O snow é para pisos escorregadios, enquanto o gravel para pisos como pedra e cascalho solto.
EQUIPAMENTOS E SEGURANÇA
Desde a versão de entrada, GLS, há sete airbags, controles de tração e estabilidade, sistema que monitora freio e acelerador para evitar pequenas colisões, assistente de partida em rampa, entre outros.
O pacote conta ainda com fixação de cadeirinhas infantis por meio de Isofix, leitor de pressão dos pneus, trio elétrico e central multimídia com tela de 7 polegadas, integração Android Auto e Apple CarPlay por meio de entrada USB, leitor de MP3 e rádio AM/FM.
Na versão mais completa, a HPE-S S-AWC, a central é da JBL, tem o mesmo tamanho da outra, mas conta com leitor de vídeos em MP4, que só funciona com o freio de mão puxado, obviamente. Além disso traz volante multifuncional revestido de couro e ar-condicionado de duas zonas.
Há ainda o teto solar panorâmico duplo, para-choques na cor do carro com skid plate na mesma cor e rack de teto preto. O revestimento do tecido do teto é na cor preta com opção de cor clara para a versão de topo, freio de estacionamento elétrico com função Auto Hold e chave presencial com partida por botão.
O pacote fica completo com frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão, farol alto automático, alerta de pontos cegos, sensor de estacionamento na frente e atrás, alerta de saída da faixa de rodagem e de tráfego cruzado, sensores de luz e chuva e limitador de velocidade.
MANUTENÇÃO
As revisões do Eclipse Cross são programadas com valores fixos, como a maioria das companhias tem feito atualmente para garantir que o cliente saiba o que esperar.
São seis revisões garantidas com valor total de R$ 6.878. Cada uma delas tem valor específico de R$ 1.110 para as 1ª,2ª, 3ª e 5ª e 6ª revisões e apenas a 4ª ter valor diferente: 1.328.
MERCADO
Apesar de ser um bom produto, o Eclipse Cross enfrenta uma categoria bastante tumultuada e também dominada pela liderança inabalável do Jeep Compass, um carro que caiu nas graças do povo.
A menor capilaridade da rede Mitsubishi também deve ser levada em conta pensando que em difusão do modelo no mercado, especialmente nos interiores.
Motorização
1.5, 4 cil, 16V, turbo
Combustível
Gasolina
Potência (cv)
165 @ 5500
Torque (kgf.m)
25,5 @ 1800~4500
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
11,1
Velocidade máxima (km/h)
195
Câmbio
Automático, CVT
Tração
Integral
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente McPherson
Suspensão Traseira
Independente Multilink
Freios Dianteiros
Discos Ventilados
Freios Traseiros
Discos sólidos
Pneus
225/55 R18
Rodas
18? X 7?
Altura (mm)
1685
Comprimento (mm)
4545
Entre-eixos (mm)
2670
Largura (mm)
1805
Ocupantes
5
Peso (kg)
1536
Porta-malas (L)
451
Tanque (L)
63
10.000 km
R$ 1.110
20.000 km
R$ 1.110
30.000 km
R$ 1.110
40.000 km
R$ 1.328
50.000 km
R$ 1.110
60.000 km
R$ 1.110
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Airbags para joelho do motorista
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Bancos com ajustes elétricos
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Alerta de colisão
Faróis com regulagem de altura
Bloqueio do diferencial
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