Fiat Pulse: bom desempenho da versão turbo desaparece na opção 1.3 CVT
Se você acompanha o UOL Carros leu algumas semanas atrás a avaliação do Fiat Pulse Impetus, versão de topo que estreou o motor 1.0 turboflex e o câmbio CVT na empresa.
Mas nem tudo que está presente na versão de topo está também nas versões mais básicas, incluindo o motor. As versões de entrada do Pulse contam com o motor 1.3 aspirado, o mesmo que está na Strada, Argo e Cronos.
Além do novo ajuste que tirou alguns cavalos de potência e um pouco de torque o Pulse 1.3 também inaugurou a combinação do câmbio CVT com esse propulsor.
Por R$ 93.990 (R$ 96.975 no Estado de São Paulo), o Pulse Drive AT é uma versão econômica do novo queridinho da Fiat, mas com o conforto do câmbio automático. Confira como o SUV compacto se comporta com esse conjunto e qual o resultado.
Fiat Pulse Drive 1.3 CVT
Pontos Positivos
- Equipamentos
Pontos Negativos
- Espaço atrás
- Desempenho
DESIGN E ESPAÇO INTERNO
A primeira coisa que surge no design do Pulse nas versões mais básicas é como ele perde um pouco do porte com as rodas de liga leve de 16 polegadas. Nas versões com opção por 17" o carro ganha mais presença.
No geral, o carro mantém o mesmo aspecto de hatch mais alto do que exatamente de um SUV. O que deve incomodar o futuro proprietário de um Pulse é estacionar perto de outros SUVs compactos, como Renegade, Kicks ou Creta, que são bem mais altos que ele.
Por dentro, o acabamento perde cores, mas mantém as mesmas texturas das versões mais completas. Claro, a falta desse trabalho de design nas versões mais básicas tira também brilho do interior, mas faz parte do jogo.
No outro extremo, a Fiat ter mantido os comandos de ar-condicionado iguais aos da versão de topo foi um ótimo acerto já que além de minimalista a peça é bem inteligente com o botão de dupla função.
O espaço interno decepciona, não tanto quanto o desempenho do 1.3 com o CVT (leia mais abaixo). Na frente os ocupantes vão bem e tem conforto, mas atrás, não viajam mais que dois adultos com conforto. Com um quinto ocupante o espaço fica apertado e por longos trechos, o banco com assento mais curto cansa as pernas pela falta de apoio.
CONSUMO E DESEMPENHO
Em termos de consumo, o motor 1.3 consegue ser relativamente econômico. De acordo com os dados divulgados pela Fiat e que estão na etiquetagem veicular do inmetro (Conpet) ele faz 12,9 km/l com gasolina e 9,2 km/l com etanol na cidade. Na estrada, os números são de 14,3 km/l com gasolina e 10,4 km/l com o derivado de cana-de-açúcar.
Andar com as versões equipadas com o motor 1.0 turboflex que estreou no SUV compacto antes de ter a oportunidade de andar na 1.3 é algo que acaba com qualquer chance das versões mais básicas.
O Pulse 1.3 CVT pede paciência e calma do condutor para realizar ultrapassagens e retomadas. Se com o 1.0 turboflex o motorista esquece que está com um carro com câmbio CVT, no conjunto com o 1.3 ele é lembrado muitas vezes disso.
A resposta morosa e que parece estar patinando no lugar, tradicional dos câmbios CVT, ressurge. Mesmo com o botão Sport acionado, que atrasa as trocas para aproveitar melhor o rendimento do motor, não há uma mudança significativa na resposta.
Em duas situações nas quais a resposta do 1.0 turboflex foi exemplar, o 1.3 fez eu repensar a manobra. Mesmo tentando usar as trocas manuais pela alavanca de câmbio, a resposta continuou lenta.
Por outro lado, o Pulse 1.3 manteve as mesma qualidades na dirigibilidade que tem as versões mais caras de bom acerto de suspensão para todo tipo de piso e também de uma resposta adequada da direção elétrica, que melhora com o modo Sport ativado.
A ergonomia atrás do volante perde um pouco de brilho pela falta do ajuste de distância do volante que diminui as possibilidade de ajuste e de encontrar a melhor posição.
EQUIPAMENTOS
Entre os itens de série da versão Drive estão trio elétrico, ar-condicionado automático e digital, ajuste de altura do banco do motorista e do volante (sem ajuste de distância, presente só na versão de topo Impetus).
Há também a central multimídia com tela de 8,4" e integração a Android Auto e Apple CarPlay sem fio, duas entradas USB, do tipo A e C, volante multifuncional com comandos de som e telefone. Para o banco traseiro há outra entrada USB tipo A para recarga.
O SUV é contemplado ainda com controle de velocidade (piloto automático), retrovisores externos com ajustes elétricos, sensor de obstáculos traseiro, rodas de liga leve de 16" e painel com computador de bordo com tela de TFT de 3,5" no centro.
Esteticamente, a versão Drive AT inclui maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, console central com apoio de braço, porta-copos e objetos.
Como opcionais no pacote Pack Plus a R$ 4.300, que estava no carro avaliado, há câmera de ré, carregador sem fio para celular, chave presencial com partida por botão e pintura bicolor.
É possível contar também com o pacote Connect Me por R$ 3.150, que adiciona além da possibilidade do serviço de concierge e rastreio, navegação embarcada e espelho interno eletrocrômico.
MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
Em termos de manutenção, o Pulse, como a maioria dos carros vem com seis revisões programadas de série. No caso do Pulse Drive o valor total das seis (10 mil km a 60 mil km) é de 3.680. Os valores são de R$ 416, R$ 464, R$ 484, R$ 1.220, R$ 448 e R$ 648, respectivamente.
No quesito segurança, o Pulse está na média da categoria, ou seja, vem com quatro airbags, sendo que os laterais protegem toráx e cabeça dos ocupantes do banco dianteiro. Há ainda os controles de tração e estabilidade integrados no TC+ e o assistente de partida em rampa, que trabalha entre ser uma comodidade e um item de segurança.
Os faróis, lanternas e luzes diurnas são de LEDs, o que garante mais durabilidade e oferecem visibilidade a uma maior distância do carro, o que se traduz em segurança. No assento traseiro há fixação Isofix para duas cadeirinhas nas extremidades.
MERCADO
Mercado é o que não falta para o Pulse. As versões de entrada de qualquer um, e do Pulse não é diferente, acabam sendo levadas para casa por clientes que foram atraídos pelos equipamentos e destaques das versões mais caras.
Com cerca de 25% do mercado brasileiro, os SUVs estão surgindo um atrás do outro e, aparentemente, há espaço para todos os concorrentes que estão aí.
Talvez a versão Drive não seja a mais empolgante, mas bem equipada vai servir a muita gente. Uma correlação são as pessoas que desejavam uma versão a diesel do Renegade, mas sempre paravam nas versões flex devido ao preço.
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Motorização
1.3, 4 cil., 16V,
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
107 / 98 a 6.250 rpm
Torque (kgf.m)
13,7 / 13,2 a 4.000 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
11,4 / 12,2
Velocidade máxima (km/h)
177 / 173
Consumo cidade (km/l)
9,2 / 12,9
Consumo estrada (km/l)
10,4 / 14,3
Câmbio
Automático, CVT
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Suspensão Traseira
Eixo de torção
Freios Dianteiros
Discos ventilados, 257 mm
Freios Traseiros
Tambor, 203 mm
Pneus
195/60R16 89H
Rodas
R16 x 6,0
Altura (mm)
1.576
Comprimento (mm)
4.099
Entre-eixos (mm)
2.532
Largura (mm)
1.774
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.187
Porta-malas (L)
370
Tanque (L)
47
10.000 km
R$ 416
20.000 km
R$ 464
30.000 km
R$ 484
40.000 km
R$ 1.220
50.000 km
R$ 448
60.000 km
R$ 648
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Faróis de neblina
Faróis com regulagem de altura
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