Honda WR-V ganha conteúdo para deixar de ser cobiçado só entre usados
Resumo da notícia
- Reestilização deixou WR-V com design mais elegante
- Versão EXL custa R$ 94.700 e vem bem equipada de série
- Carro dispensa assistências de condução presentes no rival VW Nivus
O WR-V surgiu em 2017 na crista da onda dos SUVs compactos. Lançado para ser uma alternativa mais barata ao HR-V, o modelo cumpre seu papel (a Honda diz que ele responde por 22% das vendas dos SUVs da marca), mas é no mercado de seminovos que ele tem ótima aceitação.
Disposta a mudar este cenário, a Honda lançou a linha 2021 do WR-V com algumas mudanças e melhorias. O design foi atualizado, enquanto o bem-vindo controle de estabilidade finalmente foi incorporado à gama. Existe ainda uma nova versão de entrada, a LX.
UOL Carros dirigiu a versão topo de linha EXL, que está à venda por R$ 94.700, e te conta se o aventureiro tem condições de virar um sucesso de vendas.
Honda WR-V EXL 2021
Preço
R$ 94.700Pontos Positivos
- Dirigibilidade
- Espaço interno
Pontos Negativos
- Design
- Itens de segurança
Veredito
O WR-V se 'vende' como o SUV de entrada da Honda, e essa é uma boa definição. Embora seja baseado em um monovolume (o Fit), ele tem ângulos de entrada e de saída melhores do que alguns utilitários esportivos. Sua suspensão mais firme também ajuda em pisos sem asfalto, mas é na cidade que ele se dá bem. O interior espaçoso se destaca pela modularidade do sistema de bancos, permitindo carregar objetos e bagagens de vários tamanhos e tipos. Porém, se você preza características como a posição mais alta de dirigir e a maior sensação de proteção, pense também no VW Nivus. Ele é mais acanhado por dentro, mas tem o bom desempenho do motor turbo, o estilo mais moderno e pode vir com importantes itens de segurança, como frenagem autônoma de emergência e piloto automático adaptativo.
Vamos ser honestos: o WR-V é uma versão aventureira do Fit - e não há demérito algum nisso. Só que, mesmo com algumas alterações no design, as semelhanças com o monovolume renderam críticas em seu lançamento.
O parentesco continua inegável, mas a reestilização refinou o estilo do modelo. Na frente, os faróis ganharam novo desenho e iluminação full LED nas versões EX e EXL. Grade frontal também foi redesenhada, assim como o para-choque.
Atrás, as lanternas são as mesmas, mas ganharam refletores em formato de "C" e iluminação por LEDs. O para-choque, inclusive, está 67 mm mais comprido, o que deve ser bom para evitar amassados nas pequenas encostadas.
Apesar de sutis, as mudanças deixaram o WR-V mais moderno. Por dentro nada mudou em termos de estilo - e nem precisava, já que a cabine ainda é atual.
O espaço interno é um dos destaques do carro, já que o prático sistema modular de rebatimento do banco traseiro facilita a vida de todos. É possível rebater o encosto, erguer a base dos assentos ou deixar quase todos os bancos deitados.
Passageiros mais altos também não tem do que reclamar no banco de trás, já que sobra espaço para pernas e cabeças, graças ao teto elevado.
Já o acabamento é de boa qualidade, embora os plásticos utilizados em algumas partes da cabine sejam um pouco duros.
Nenhuma alteração foi feita no motor 1.5 i-VTEC de até 116 cv e 15,3 kgfm quando abastecido com etanol. Se a escolha for pela gasolina, os números são quase idênticos: 115 cv e 15,2 kgfm, respectivamente.
Associado ao câmbio CVT, o WR-V não preza pelo desempenho. Assim como o Fit, ele é um carro feito para andar sem pressa.
A condução é confortável e silenciosa, exceto quando o motorista precisa realizar ultrapassagens ou retomadas - situações nas quais o som do motor invade excessivamente a cabine, algo recorrente em veículos com transmissão CVT.
No caso específico do WR-V, a suspensão tem uma calibragem mais firme que a do Fit. Isso acontece porque o carro tem amortecedores com batente hidráulica, haste do amortecedor reforçada e uma barra estabilizadora exclusiva.
Na prática, ele é bem mais agradável de dirigir do que seu "irmão", famoso por não lidar muito bem com as irregularidades do piso. E isso faz diferença em qualquer veículo com pretensões de fora-de-estrada.
Completona, a versão EXL sai por R$ 94.700 e não traz opcionais.
Além do controle de estabilidade, o WR-V sai de fábrica com 6 airbags, assistente de partida em rampas, ar-condicionado digital com tela tátil, central multimídia com tela de 7 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay, bancos revestidos em couro, sistema de navegação por satélite (GPS), acendimento automático dos faróis, espelhos retrovisores com rebatimento elétrico, câmera de ré, apoio de braço no console central, volante revestido em couro, paddle shifts para trocas atrás do volante, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e piloto automático.
A Honda oferece mão de obra gratuita nas duas primeiras revisões.
Porém, vale a pena pesquisar bem antes de escolher qual concessionária levar o carro, uma vez que as revendas praticam valores distintos entre si. Por isso, levamos em consideração a média dos valores cobrados por quatro concessionárias em regiões distintas do pais.
Na segurança, o WR-V EXL vem com um bom pacote, que inclui 6 airbags, controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas.
O WR-V encara como principais concorrentes Ford EcoSport Freestyle (R$ 91.990) e VW Nivus Highline (R$ 98.290)
O EcoSport custa menos e traz um motor mais potente (137 cv), mas perde ao vir apenas com o airbag duplo frontal obrigatório por lei - o WR-V oferece 6 bolsas infláveis.
Diante do Nivus, o Honda é mais barato, mas perde em conectividade (a central multimídia VW Play traz mais recursos e uma tela maior de 10,1 polegadas) e sobretudo em segurança.
O modelo da Honda não oferece nenhuma das assistências de condução presentes no rival, como alerta de colisão frontal, piloto automático adaptativo e sistema de frenagem de emergência.
Motorização
1.5, 16V, 4 cilindros em linha, flex
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
116 cv / 115 cv a 6.600 rpm / 6.000 rpm
Torque (kgf.m)
15,3 kgfm / 15,2 kgfm a 4.800 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
n/d
Velocidade máxima (km/h)
n/d
Consumo cidade (km/l)
8,1 km/l / 8,8 km/l
Consumo estrada (km/l)
11,7 km/l / 12,4 km/l
Câmbio
CVT
Tração
dianteira
Direção
elétrica
Suspensão Dianteira
independente, McPherson
Suspensão Traseira
independente, eixo de torção
Freios Dianteiros
discos ventilados
Freios Traseiros
tambor
Pneus
195/60 R16
Rodas
16 polegadas
Altura (mm)
1599 mm
Comprimento (mm)
4068 mm
Entre-eixos (mm)
2555 mm
Largura (mm)
1695 mm
Ocupantes
5
Peso (kg)
1130 kg
Porta-malas (L)
363 l
Tanque (L)
45 l
10.000 km
R$ 346,43 (média)
20.000 km
R$ 525,01 (média)
30.000 km
R$ 581,98 (média)
40.000 km
R$ 2.196,03 (média)
50.000 km
R$ 581,98 (média)
60.000 km
R$ 962,46 (média)
Seguro
R$ 2.100 (média)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
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