Hyundai Creta: motor 1.0 turbo dá mais fôlego ao novo visual do SUV
Completamente novo, mas nem tanto assim. A segunda geração do Hyundai Creta chegou às lojas usando a mesma base do primeiro, mas com muita novidade que foi além do visual controverso e levemente mudado para agradar o brasileiro.
Apesar de ter uma versão de topo com o motor 2.0, a Hyundai já afirmou que o grosso das vendas estarão associadas as versões com o motor 1.0 turboflex que foi herdado pelo SUV da linha HB20, responsável por estrear o propulsor.
Por isso, UOL Carros avaliou inicialmente a versão de topo com o novo motor, a Platinum 1.0 TGDI, que custa R$ 135.490. Como será que o novo SUV feito em Piracicaba (SP) se saiu em nossa avaliação? Confira.
Hyundai Creta Platinum 1.0 TGDI
Preço
R$ 135.490Pontos Positivos
- Conectividade
- Motor e câmbio
Pontos Negativos
- Acabamento
Veredito
O Hyundai Creta de segunda geração tem mais a oferecer do que a discussão acerca do seu visual. Isso, antes de tudo, é uma coisa bastante pessoal o gosto por aparência. A marca diz que a aparência foi bem aceita durante suas clínicas, portanto, confia que não será um impeditivo. Vale lembrar que a boa mudança interna de design e em termos de tecnologia devem suplantar possíveis narizes tortos na hora da compra.
DESIGN E ESPAÇO INTERNO
O visual do Creta que não era o mais chamativo antes, mas era, sem dúvida, agradável a todos, por enquanto ainda gera algumas discussões.
Indubitavelmente, a aparência do carro é melhor pessoalmente do que por fotos. A noção de proporção e profundida por toda a carroceria fica melhor ao vivo do que em uma tela.
Ainda assim, a Hyundai tratou de fazer uma pequena alteração na dianteira, que vem com uma faixa com aberturas de ar na parte inferior da grade e não na superior, como ocorre na versão russa, da qual o Creta brasileiro herdou o visual na traseira.
Por dentro, a primeira impressão é que o acabamento melhorou - o que de todo não é mentira. O carro está melhor em termos de visual por dentro também, muito mais requintado.
Ainda assim é fácil encontrar as partes mais simples do acabamento que talvez passem despercebidas no primeiro olhar. O plástico das portas é do mais simples, bem como da área superior do painel, o que acaba criando um contraste não agradável com a parte frontal do painel e os detalhes das saídas de ar, botões e central multimídia que tem uma moldura cromada de bom gosto.
Em termos de espaço interno o Creta manteve o que já tinha de bom. As medidas do carro quase não se alteraram, são 2 cm a mais no entre-eixos e 1 cm no comprimento e na largura.
Por dentro quatro adultos têm muito conforto para a cabeça, ombros e pernas. Mesmo com espaço de sobra para um motorista de 1,80 metro, há espaço para outro adulto com a mesma estatura sentar atrás e com conforto.
Quem está atrás do volante consegue encontrar uma posição confortável de guiar tendo 1,80 metro ou menos de 1,60 m, já que a amplitude de ajuste na altura do banco permite isso.
CONSUMO E DESEMPENHO
Sob o capô está a maior novidade do Creta. O SUV trocou o motor quatro cilindros, 1.6 naturalmente aspirado, pelo 1.0 três cilindros, turboflex.
O novo propulsor entrega 120 cv e 17,5 mkgf, seja rodando com gasolina ou etanol. Os números do propulsor antigo eram de até 130 cv e 16,5 mkgf. A potência podia ser maior, mas só serve realmente para velocidade final, o que não é o foco do carro.
A principal alteração está na entrega de torque, que antes chegava a 4.500 rpm e agora entrega o pico a 1.500 rpm. Na prática isso exige menos do carro para ter melhores retomadas, acelerações e arrancadas.
E isso realmente acontece. O novo Creta Platinum sai da imobilidade com mais facilidade e faz ultrapassagens com menos sofrimento. O câmbio automático de 6 marchas foi mantido e faz um bom trabalho com o novo motor.
O conjunto ainda pode ter personalidades diferentes graças aos três modos de condução que ganhou: eco, normal e sport. O último é o que deixa o carro mais vivo e melhora as resposta da direção, que fica com mais peso, passando mais precisão.
A única situação em que a dupla motor-câmbio parece perdida é quando a temperatura está muito baixa e o câmbio briga para entender qual a melhor marcha, mas assim que o propulsor atinge a temperatura ideal de funcionamento isso se resolve.
Além de manter no modo automático, é possível trocar as marchas por aletas atrás do volante ou também colocando a alavanca para a esquerda no modo manual.
A suspensão do Creta continua privilegiando o conforto e filtrar as imperfeições dos pisos em detrimento de alguma esportividade extra, sendo mais firme e estável, mas também não é macia demais, tem um acerto que vai agradar a maior parte dos clientes.
O consumo do Creta Platinum com o novo motor 1.0 não é um primor, mas não foge da média do segmento. São 8,3 km/l e 11,6 km/l na cidade, com etanol e gasolina, enquanto na estrada ele faz 8,7 km/l e 12 km/l.
EQUIPAMENTOS
A versão Platinum é a mais equipada entre as versões com motor 1.0 turboflex. Ela conta com sensor de pressão dos pneus, luzes diurnas de LEDs, controle de velocidade (piloto automático), volante com ajuste de altura e distância, trio elétrico e rodas de liga leve de 17".
Há ainda faróis de neblina, espelhos retrovisores rebatíveis eletricamente, carregador de celular por indução (sem fio), ar-condicionado automático e digital, chave presencial com partida por botão, saída de ar-condicionado para os ocupantes do banco traseiro e sensor de obstáculos na traseira.
Itens que estão apenas na versão de topo com o 1.0 turboflex são o freio de mão elétrico com função Auto Hold, teto solar panorâmico, bancos de couro marrom e no caso do motorista com ventilação em três níveis de velocidade. O Creta Platinum traz também alerta de ocupante do banco traseiro.
O pacote de entretenimento é completo com o painel de instrumentos virtual que muda de cor conforme o modo de condução, a central multimídia com tela de 10,25 polegadas com integração a Android Auto e Apple CarPlay (só por meio de cabo USB) e o sistema de câmeras 360º.
Além de ajudaram nas manobras, mostrando uma imagem que projeta como se estivesse vendo o carro por cima, tem a função de eliminar ponto cego.
Toda vez que o condutor dá a seta para qualquer um dos lados, a câmera do mesmo lado da seta é ativada e mostra no painel de instrumentos a imagem projetada.
Elas também podem ser usadas como um recurso de segurança associado ao sistema Bluelink. Pelo aplicativo do smartphone é possível ver o redor do carro antes de chegar perto usando as câmeras.
Além disso, o Bluelink permite rastrear o carro, encontrar sua localização, estabelecer limites de rodagem, horário e velocidade, e ligar o motor a distância para ativar o ar-condicionado e escolher a temperatura.
MANUTENÇÃO E SEGURANÇA
No que diz respeito a segurança, o Creta Platinum tem um bom pacote. São seis airbags de série, controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa (Hill Holder).
Conta também com freio a disco nas quatro rodas, sendo ventilados nas dianteiras e sólidos atrás e as funcionalidades de segurança que o sistema Bluelink oferece e que, segundo a marca, ajudam a reduzir o custo do seguro.
Infelizmente, o pacote ADAS, por enquanto, está disponível só na versão com motor 2.0 Ultimate. Ela tem faróis Full-LEDs, que melhoram a visibilidade durante a noite, e os sistemas que formam o ADAS: frenagem autônoma de emergência com alerta sonoro e visual de colisão, controle de velocidade adaptativo (ACC), leitor de faixa de rodagem com correção no volante e detector de fadiga.
O valor total das seis primeiras revisões do Creta 1.0 TGDI é de 3.851,82. Sendo que os valores separados são de R$ 304,57, R$ 587,56, R$ 583,08, R$ 767,78, R$ 552,14 e R$ 1.056,69, respectivamente, da primeira a sexta revisão.
MERCADO
O Creta fez um bom nome no mercado e se antecipou a alguns rivais na sua mudança. O lado bom é que ele pode roubar vendas que não eram suas com os novos pacotes de tecnologia e novidades que foram bem-vindas ao modelo.
O novo motor casou bem e trouxe mais fôlego à condução, mas também para ajudar a reduzir o impacto do visual novo e disruptivo se comparado ao anterior, bem mais comedido.
Motorização
1.0, 3 cil, turbo, 12V
Combustível
Flexível
Potência (cv)
120 a 6.000 rpm
Torque (kgf.m)
17,5 a 1.500 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
11,5
Velocidade máxima (km/h)
180
Consumo cidade (km/l)
8,3 km/l (etanol) / 11,6 km/l (gasolina)
Consumo estrada (km/l)
8,7 km/l (estrada) / 12 km/l (gasolina
Câmbio
Automático, 6 marchas
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente
Suspensão Traseira
Eixo de torção
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Discos sólidos
Pneus
215 / 60 R17
Rodas
6.5J x 17
Altura (mm)
1.620
Comprimento (mm)
4.300
Entre-eixos (mm)
2.610
Largura (mm)
1.790
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.270
Porta-malas (L)
422
Tanque (L)
50
10.000 km
R$ 304,57
20.000 km
R$ 587,56
30.000 km
R$ 583,08
40.000 km
R$ 767,78
50.000 km
R$ 552,14
60.000 km
R$ 1.056,69
Garantia
5 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Sensor de pressão dos pneus
Faróis com regulagem de altura
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