Jeep Renegade Sport: por que versão menos equipada é a que mais vale a pena
Ao ganhar motor turbo flex e visual renovado em fevereiro, o Renegade aposentou a versão STD, que abria mão de vários itens de série para custar menos, de olho em frotistas e locadoras.
Assim, a versão Sport, hoje na faixa de R$ 130 mil, assumiu o papel de porta de entrada para o SUV compacto.
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Mesmo sendo o Renegade mais simples, essa configuração traz extensa lista de itens de série e o melhor: conta com a mesma motorização e os belos faróis full-LED das variantes mais caras.
Além disso, não economiza nos itens de segurança e traz boa conectividade.
Rodamos cerca de dez dias com o Renegade mais barato e mostramos a seguir o que ele oferece e como anda.
Também explicamos que vale a pena economizar o dinheiro que você gastaria em versões mais completas e usá-lo para o seguro e até para comprar combustível.
Jeep Renegade Sport T270
Pontos Positivos
- Traz o motor mais potente da categoria
- Versão de entrada é bem equipada e traz quase todos os itens que interessam
- Design e acabamento interno
Pontos Negativos
- Espaço interno
- Consumo elevado com etanol
Veredito
Versão mais barata, o Jeep Renegade Sport supera com folga os demais SUVs compactos na mesma faixa de preço quanto ao desempenho. Além disso, traz a grande maioria dos itens que interessam ao consumidor em um SUV compacto, como central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera de ré, freio de estacionamento eletrônico e seis airbags. Além de muito mais potente, o novo Renegade também ficou mais bonito. Seu ponto fraco continua sendo o espaço interno, tanto para passageiros no banco traseiro quanto para as bagagens no porta-malas.
ESPAÇO INTERNO E EQUIPAMENTOS
Se o preço inicial do Renegade ficou mais alto, o Jeep também passou a trazer mais itens de série.
Desde a versão mais simples, o modelo sai da fábrica com quase tudo o que interessa.
É verdade que a central multimídia tem apenas sete polegadas, mas a tela traz boa resolução e sua operação é rápida e intuitiva. Além disso, conta com espelhamento de celulares via Android Auto ou Apple CarPlay sem a necessidade de fios - embora falte o carregamento de smartphones por indução, de série nas demais versões.
Também conta com belas rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis full-LED, lanternas com LED, controle de velocidade de cruzeiro, limitador de velocidade, rack de teto, chave canivete com telecomando e um competente sistema de som com seis alto-falantes.
Todos os quatro vidros laterais são elétricos e têm acionamento de um toque, enquanto os bancos de tecido escuro são confortáveis e bonitos.
Ainda em relação aos equipamentos, a versão Sport traz ar-condicionado simples, enquanto nas demais o item é automático e tem dois ajustes independentes de temperatura.
Também é a única configuração a trazer painel de instrumentos analógico, igual ao anterior - as demais agora têm 'cluster" digital de sete polegadas.
Não senti tanta falta desses itens quanto dos sensores de estacionamento traseiros, embora o carro compense a ausência com câmera de ré - cuja imagem é de boa qualidade, inclusive à noite.
O porta-malas iluminado desde a configuração mais simples é outro detalhe que reforça a sensação de qualidade esperada em um veículo premium.
Por falar no compartimento de bagagens, ele é pequeno e deixa a desejar: apesar de a Jeep informar que a capacidade subiu de 320 litros na linha 2021 para 385 litros na 2022, só mudou o método de medição.
Com 2,57 m de distância entre-eixos, o Renegade não é a melhor opção em sua categoria no que se refere a espaço para os ocupantes do banco traseiro - pessoas com mais de 1,80 m têm dificuldade para acomodar as pernas ali.
DESEMPENHO E CONSUMO
Quem já dirigiu o Renegade com o antigo motor 1.8 flex sabe que o desempenho era o calcanhar de Aquiles do SUV bom de vendas.
Ao trocar o motor aspirado de 139 cv pelo novo 1.3 turbo flex de 185 cv e 27,5 kgfm a apenas 1.750 rpm, o modelo ganhou outra personalidade e virou referência quanto à performance.
O vigor nas acelerações e nas retomadas está garantido e existem potência e torque de sobra: basta pisar mais fundo no acelerador que o Renegade esbanja fôlego.
Nunca é demais lembrar que esse mesmo propulsor equipa veículos maiores e muito mais pesados, como Jeep Compass e Commander, além da Fiat Toro.
A diferença de desempenho em relação a outros SUVs compactos é tamanha que eu não me surpreenderei se no futuro a Jeep lançar pelo menos uma configuração do Renegade com o mesmo motor 1.0 turbo flex de 130 cv e 20,4 kgfm do Fiat Pulse.
Quando ao câmbio automático de seis velocidades, ele tem trocas suaves e explora bem o farto torque disponível, embora em algumas (raras) situações demore um pouco a engrenar a marcha mais alta, mesmo quando você alivia a pressão no pedal do acelerador.
Se o salto no desempenho foi enorme, o consumo não melhorou na mesma proporção: com etanol no tanque, obtive consumo médio um pouco acima de 6 km/l na cidade e em torno de 10 km/l na estrada
Com esse combustível, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) informa médias de 7,7 km/l em vias urbanas e de 9,1 km/l em rodovias.
Com gasolina, os números sobem para, respectivamente, 11 km/l e 12,8 km/l na medição do instituto.
Em relação à dirigibildiade, o Renegade turbo flex tem ajuste que prioriza o conforto, que fica maior na versão Sport, que traz rodas de liga leve aro 17 e pneus de perfil mais alto como padrão.
Vale destacar que o Jeep é um dos poucos SUVs compactos a trazer suspensão traseira independente, que eleva o conforto e a estabilidade.
DESIGN
Desde seu lançamento em 2015, o Jeep Renegade ganhou duas reestilizações, que representaram uma evolução, mas não alteraram a essência do design original.
Contudo, a mais recente atualização visual do SUV compacto foi a mais profunda e cumpriu com bastante competência a missão de atualizar um produto de sucesso.
Na dianteira, os novos faróis full-LED, de série desde a versão mais simples, mantiveram o formato arredondado, mas ganharam sofisticação ao incorporar os piscas de LEDs, que se acendem no mesmo anel onde estão as luzes de condução diurna.
Já a grade dianteira ficou menor e suas sete aberturas verticais, marca registrada da Jeep, são alinhadas com sete pequenos recortes na junção com o para-choque. Ficou bom.
As rodas de liga leve, que sempre foram destaque na gama do Renegade, ganharam novo desenho e ficaram ainda mais bonitas na linha 2022 - inclusive as unidades de 17 polegadas da versão Sport.
O novo visual das lanternas traseiras, que exibem um 'X' minimalista e estilizado, ajuda a identificar a reestilização do SUV compacto.
Uma coisa que não mudou no modelo são os retrovisores grandes, que lembram os de picapes, e o para-brisa mais reto e próximo do motorista, uma referência ao primeiro Jeep que enche o Renegade de personalidade.
As maçanetas e os retrovisores pretos, exclusivos da configuração Sport, são outro detalhe que ajuda a compor a aparência mais robusta.
Por dentro, pouco mudou no utilitário esportivo e isso é uma boa notícia: continua o bom acabamento interno, trazendo parte superior do painel e revestimento interno das portas dianteiras com superfície emborrachada.
Nenhum outro SUV compacto na mesma faixa de preço do Jeep é assim.
SEGURANÇA
Nesse quesito, o Renegade manda bem desde a versão mais simples.
Todas as configurações do SUV compacto vêm de fábrica com freios a disco nas quatro rodas; controles de tração e estabilidade com assistente de partida em rampa; monitoramento da pressão dos pneus; repetidor de seta nos retrovisores; e câmera de ré.
O utilitário esportivo também se alinha com rivais ao trazer, desde a verão mais básica, seis airbags: os frontais obrigatórios, mais dois laterais e outros dois de cortina.
Não bastassem esses equipamentos, a versão Sport vai mais longe e também conta com assistentes à condução.
Por meio de uma câmera instalada na altura do retrovisor interno e voltada para a frente, o SUV tem alerta de colisão com frenagem automática de emergência.
A mesma câmera possibilita agregar o assistente de manutenção de faixa, que não se limita a alertar o motorista, como também corrige o volante
Para completar, o carro também traz detector de fadiga.
MERCADO
É verdade que o Renegade Sport acaba de ficar mais caro, encostando nos R$ 130 mil, mas isso não é exclusividade do SUV da Jeep.
Mesmo ficando mais caro, nessa faixa de preço hoje você não encontra utilitário esportivo com a mesma performance - Renault Duster e Captur, também equipados com motor 1.3 turbo flex, têm desempenho parecido, mas seu câmbio é CVT, menos empolgante, e já se aproximam ou ultrapassam os R$ 140 mil.
Dentro da gama do Renegade, a configuração de entrada é a que traz o melhor custo-benefício, trazendo boa parte itens de tecnologia, segurança e conforto mais desejados em um moderno utilitário esportivo compacto.
Seu único opcional é o pacote de R$ 5.379, que agrega rodas de liga leve de 18 polegadas e bancos de couro, mas já não deixa o preço final tão interessante assim.
Apesar de o Renegade Sport ser o mais acessível, sem abrir mão de uma generosa lista de itens de série, não é a versão mais vendida.
Esse posto é da configuração Longitude, que custa a partir de R$ 145.490 e tem motor e transmissão idênticos.
Por R$ 15,5 mil extras, você acrescenta aletas para trocas de marcha no volante; rodas de liga leve de 18 polegadas; painel de instrumentos digital de sete polegadas; bancos de couro; faróis de neblina; multimídia de 8,4 polegadas; recarga sem fio de celular; sensores de estacionamento traseiros; e ar-condicionado automático de duas zonas.
Eu prefiro economizar esse dinheiro e levar o Renegade Sport, que já traz (quase) tudo o que realmente interessa.
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Motorização
1.3, 4 cil., turbo
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
180 cv (gasolina)/ 185 cv (etanol) a 5.750 rpm
Torque (kgf.m)
27,5 kgfm (270 Nm) a 1.750 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
8,8 s (gasolina)/ 8,7 s (etanol)
Velocidade máxima (km/h)
208 km/h (gasolina)/ 210 km/h (etanol)
Consumo cidade (km/l)
11 km/l (gasolina)/ 7,7 km/l (etanol)
Consumo estrada (km/l)
12,8 km/l (gasolina)/ 9,1 km/l (etanol)
Câmbio
Automático, 6 marchas
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Suspensão Traseira
Independente, McPherson
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Discos sólidos
Pneus
215/60 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1.696
Comprimento (mm)
4.268
Entre-eixos (mm)
2.570
Largura (mm)
1.805
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.468
Porta-malas (L)
385
Tanque (L)
55
10.000 km
R$ 669 (12 mil km ou 12 meses)
20.000 km
R$ 768 (12 mil km ou 12 meses)
30.000 km
R$ 857 (12 mil km ou 12 meses)
40.000 km
R$ 795 (12 mil km ou 12 meses)
50.000 km
R$ 1.297 (12 mil km ou 12 meses)
60.000 km
R$ 983 (12 mil km ou 12 meses)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Alerta de colisão
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