Um SUV com desempenho esportivo é o sonho de nove entre dez pais de família que curtem carros. É por isso que o Mercedes-AMG GLE 53 é tão desejado por quem almeja comprar um utilitário esportivo de luxo.

Além de um comportamento bastante ágil para um brutamontes de duas toneladas, o modelo combina o generoso espaço interno para até sete pessoas. Mas será que ele é um bom negócio? Descubra isso na avaliação de UOL Carros a seguir.

Mercedes-AMG GLE 53

Carros

4,6 /5

ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

Consumo

4,0

Desempenho

5,0

Design

4,0

Equipamentos

5,0

Espaço Interno

5,0

Manutenção

4,0

Segurança

5,0

Pontos Positivos

• Conforto
• Desempenho
• Espaço interno

Pontos Negativos

• Preço
• Design

Veredito

Lewis Hamilton é um dos poucos atletas que dispensa apresentações. Além de heptacampeão mundial de Fórmula 1, o inglês se destaca por ser uma figura importante na defesa de causas nobres, como o racismo e a igualdade de gêneros. Na vida pessoal, Hamilton ainda não se casou e tampouco tem filhos. Mas se ele mudar de ideia um dia, tenho certeza que ele escolheria o GLE 53 para passear com a família. Poucos SUVs da categoria combinam conforto e performance com tanta maestria como o modelo da Mercedes-Benz.

DESIGN E ESPAÇO INTERNO

É verdade que o GLE não é a última palavra em design na categoria. A atual geração estreou em 2019 e hoje encanta mais pelo porte exagerado do que pelas linhas modernas. Não é à toa: ele tem 4,92 metros de comrpimento e distância entre-eixos de 2,99 metros.

Entretanto, por ser uma versão preparada pela AMG, ele incorpora alguns elementos típicos da marca, como a grade dianteira com barras verticais cromadas. As bonitas rodas de liga leve de 20 polegadas possuem acabamento diamantado, enquanto os estribos laterais são de aço escovado.

A cabine esbanja sofisticação com um acabamento de primeira qualidade. Há materiais como alumínio, fibra de carbono e couro. O volante de base achatada tem ótima empunhadura e os bancos dianteiros possuem abas pronunciadas para segurar o corpo em curvas mais fechadas.

Sobra espaço para as pernas e cabeças dos ocupantes na segunda fileira de bancos, cuja distância pode ser regulada, bem como a inclinação dos encostos. Já os bancos extras são suficientes para deslocamentos curtos, embora não sejam tão apertados como em alguns rivais. O lado ruim é que, enquanto são utilizados, eles roubam a capacidade do porta-malas, que cai dos 630 litros habituais para meros 120 litros. Afinal de contas, não se pode ter tudo neste mundo.

DESEMPENHO E CONSUMO

Talvez você ache bastante estranho o fato de o GLE 53 ser um híbrido. Na verdade ele é um híbrido leve, pois combina um motor 3.0 de seis cilindros em linha movido a gasolina (de 435 cv e 53 kgfm) com um motor elétrico que se encarrega de alimentar alguns sistemas eletrônicos do veículo. A potência combinada é de 457 cv, enquanto o torque combinado é de 78,5 kgfm.

Um veículo híbrido leve como o GLE possui motor elétrico, mas ele não é capaz de tracionar o veículo. Mesmo assim, o SUV de 2.230 kg se mostra bastante ágil. São quatro modos de condução: Comfort, Sport, Sport+ e Individual. Cada um deles realiza alterações nas respostas do motor, câmbio, suspensão e direção. Mesmo na configuração voltada para o conforto, o modelo consegue empolgar quem está atrás do volante.

Mas é claro que a brincadeira fica ainda mais divertida nos modos Sport e Sport+. Segundo a Mercedes, o GLE 53 precisa de 5,3 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Já a velocidade máxima é limitada a 250 km/h por motivos de segurança. Entretanto, como nada é perfeito, o conforto é sacrificado em nome da esportividade.

Os números de consumo são razoáveis para um grandalhão com mais de 400 cv e que leva sete pessoas. As médias são de 7 km/l na cidade e pouco mais de 10 km/l na estrada.

ITENS DE SÉRIE

É claro que um bom Mercedes-Benz conta com uma generosa lista de equipamentos. O SUV traz sete airbags, câmera com visão em 360 graus, bancos com regulagens elétricas, faróis e lanternas em LED, central multimídia com tela tátil de 10,25 polegadas, assistente pessoal acionada por comandos de voz, saídas de ar-condicionado para as três fileiras de bancos, head up display, entradas USB do tipo C e painel digital com tela de 10,25 polegadas.

Traz ainda bancos dianteiros com aquecimento, rodas de liga-leve de 21 polegadas, frisos das soleiras com emblema "AMG" iluminado, banco traseiro com regulagens elétricas de distância e inclinação, sistema de escape AMG Performance, teto solar panorâmico e suspensão adaptativa.

SEGURANÇA E MANUTENÇÃO

A lista de equipamentos de segurança inclui alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo, sensor de pressão dos pneus, assistente de permanência em faixa de rolagem, alerta de tráfego cruzado e sensor de pontos cegos.

Os custos de manutenção, evidentemente, são condizentes para um veículo que custa quase R$ 900 mil. Até porque quem tem toda essa grana para levar um GLE 53 para casa não deve (ou não deveria) se preocupar com o preço de uma revisão, por exemplo.

CONCORRENTES

O GLE 53 encara alguns nomes de peso no mercado brasileiro. Os conterrâneos Audi Q7 e BMW X6 são os rivais mais próximos, ainda que não tenham a mesma pegada do representante assinado pela AMG.

O Q7 Performance Black entrega 340 cv e 59 kgfm de um motor 3.0 de seis cilindros em linha. Apesar disso, os números de desempenho não ficam tão atrás: 5,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h e velocidade máxima de 210 km/h.

Já o X6 xDrive40i M Sport sai por R$ 744.950, mas leva "apenas" cinco passageiros. O motor também é um 3.0 de seis cilindros, resultando em 340 cv e 45,9 kgfm. São necessários 5,5 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e a velocidade final é de 250 km/h, como no GLE.