Mesmo nas marcas de luxo, a opulência tem diferentes níveis, tamanhos e preço.

No caso da Mercedes-Benz, seus modelos maiores e mais sofisticados são identificados com a letra S.

Entre os sedãs, os topo de linha são da Classe S - quando o assunto é SUV, cabe à gama GLS o topo da linha da marca alemã.

Comercializado no Brasil em versão única, a 450 4Matic, pelo preço sugerido de R$ 979.900, o utilitário esportivo da Mercedes-Benz traz motor 3.0 turbo com seis cilindros em linha e propulsão híbrida leve - que o isenta do rodízio de veículos na cidade de São Paulo.

No fim do ano passado, o modelo ganhou uma reestilização no mercado brasileiro, mantendo a suspensão a ar que filtra a maior parte das imperfeições do piso.

Confira a seguir a avaliação do gigante com 5,20 m de comprimento e sete lugares.

Desvendando o Mercedes-Benz GLS 450 4Matic

Design: o GLS passou por uma reestilização, que chegou ao mercado brasileiro no fim do ano passado e trouxe mudanças visuais por dentro e por fora que o deixaram mais sofisticado.

Na dianteira, o destaque fica para a grade com quatro barras metálicas galvanizadas e a enorme estrela de três pontas ao centro e a base do para-choque com aplique também de metal. Ficou bem imponente.

Na traseira, as lanternas também foram redesenhadas, mantendo o formato horizontal e a barra cromada unindo as duas peças, mas com novo arranjo interno das luzes de LED.

Visualmente, o GLS tem um design bem típico de SUVs, com carroceria bem retangular e alta - lembra bastante o utilitário esportivo pequeno GLB, mas com dimensões imensamente maiores.

Vida a bordo e segurança: o Mercedes-Benz GLS, com seus 5,20 m de comprimento, 3,13 m de distância entre-eixos e 2,16 m de largura, é quase um apartamento no que se refere ao espaço interno.

Todos os sete assentos trazem revestimento de couro de alta qualidade e são muito confortáveis - obviamente, o conforto na terceira fileira, que traz bancos com rebatimento e levantamento elétricos, é mais adequado para crianças, mas adultos podem viajar sem tanto aperto ali.

As suspensões pneumáticas adaptativas só ampliam a sensação de conforto a bordo, reforçada por mimos como o ar-condicionado com quatro zonas de temperatura, com seis saídas de ar na primeira fileira de bancos, três na segunda (uma em cada coluna e outra no console central) e saídas no teto para a terceira.

O SUV também conta com teto solar panorâmico e persianas nas janelas da segunda fileira para proteger seus ocupantes dos raios solares - e trazer mais privacidade, se assim desejarem. Traz, ainda, fechamento das portas servo assistido - basta encostá-las que o veículo se encarrega de fechá-las totalmente.

Mesmo com a terceira fileira levantada, o espaço no porta-malas é de razoáveis 355 litros.

Quanto à segurança, o utilitário esportivo mais sofisticado da Mercedes-Benz traz controle de velocidade adaptativo com centralização de faixa, frenagem autônoma, alerta de ponto cego, alerta de tráfego lateral e traseiro e vários outros recursos para a proteção dos respectivos ocupantes e também de terceiros.

Desempenho: hoje, o GLS não tem opção de motor V8 no Brasil - nos Estados Unidos, onde é produzido, pode ser adquirido nas versões 580 ou AMG 63 - ambas equipadas com propulsor 4.0 biturbo de oito cilindros, com potências de 517 cv e 611 cv, respectivamente.

Nem por isso, a versão 450 comercializada aqui é fraca: está bem longe disso.

Com 2.525 kg em ordem de marcha e 5,20 m de comprimento, o GLS 450 4Matic anda muito bem, considerando seu peso avantajado e o porte gigantesco.

Seu motor 3.0 turbo com seis cilindros em linha e tecnologia híbrida leve produz 381 cv de potência e 51 kgfm de torque, disponíveis a apenas 1.800 rpm.

Equipado com tração integral e câmbio automático de nove marchas, o utilitário esportivo acelera de zero a 100 km/h em 6,1 segundos.

A velocidade máxima é limitada a 250 km/h e, graças à suspensão a ar adaptativa e aos pneus de perfil relativamente alto (com 21 polegadas e medidas 275/45 na dianteira e 315/40 na traseira), roda muito confortavelmente e "ignora" a maior parte dos buracos e das irregularidades do piso.

Também sabe ser ágil, especialmente ao ativar o modo de condução mais esportivo, que deixa a suspensão mais rígida e as respostas ao pedal do acelerador mais prontas.

As mudanças de trajetória são rápidas para um carro com mais de 5 metros de comprimento e poderiam ser ainda mais ligeiras, caso houvesse esterçamento do eixo dianteiro - disponível no EQS à venda no Brasil, variante 100% elétrica do GLS.

Consumo: o GLS não tem opção de motor V8 como o rival BMW X7, mas compensa ao proporcionar consumo razoável para um automóvel com mais de 2,5 toneladas.

Com o auxílio da tecnologia híbrida leve, que traz motor elétrico auxiliar que também tem a função dar a partida no propulsor de seis cilindros, além de combinar as funções start-stop e de alternador, o gasto de combustível é otimizado.

Conectado a uma pequena bateria de 48 V, o sistema híbrido auxilia o motor a gasolina nas arrancadas e nas acelerações e permite que o propulsor a combustão seja desligado em velocidade de cruzeiro e nas desacelerações para poupar combustível - também cumpre essa função ao alimentar outros sistemas elétricos do veículo.

Conforme o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o consumo médio na cidade é de 7.1 km/l e sobe a 8,8 km/l na estrada. No meu uso, consegui cerca de 6 km/l no ciclo urbano e cheguei a 10 km/l no rodoviário.

Itens de série: destacam-se teto solar panorâmico, painel e central multimídia com tela de 12,3 polegadas cada em uma única peça, duas telas de 11,6 polegadas na segunda fileira de assentos, suspensão pneumática com ajuste da altura da suspensão sistema de som da Burmester com efeito surround, 13 alto-falantes e 590 W de potência, ar-condicionado digital com quatro zonas de temperatura, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória, head-up display, navegação GPS nativa com realidade aumentada, rebatimento e levantamento elétricos da terceira fileira de assentos, pacote de tecnologias automatizadas de direção e sistema "soft close", que fecha as portas automaticamente (basta encostá-las que o carro faz o restante sozinho).

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