Peugeot 2008 ganha tapa no visual, mas cativa pelo custo-benefício
Vitor Matsubara
Colaboração para o UOL, de São Paulo (SP)
19/07/2022 04h00
Resumo da notícia
- SUV está nas ruas desde 2015 e ganhou leves retoques no visual
- 2008 Griffe se destaca pelo bom desempenho do motor 1.6 THP
- Por R$ 124.990, modelo está entre as opções mais interessantes da categoria
Faz sete anos que o Peugeot 2008 está entre nós. Embora nunca tenha sido um sucesso estrondoso de vendas, o SUV compacto mais longevo da categoria estava com as vendas em baixa nos últimos anos, algo que durou até o "fim da era PSA".
Agora sob a tutela da Stellantis, a marca francesa fez algumas mudanças discretas no design do modelo. E mais importante: manteve os preços competitivos de olho em quem valoriza uma boa relação custo/benefício.
Na avaliação de UOL Carros, você confere as novidades do 2008 e, claro, se ele realmente é uma boa compra.
Peugeot 2008 Griffe THP
Preço
R$ 124.9904,0
5,0
4,0
5,0
3,0
4,0
4,0
Pontos Positivos
- Desempenho
- Custo-benefício
Pontos Negativos
- Espaço interno
- Design
Veredito
O 2008 é um veterano em meio a tantos lançamentos recentes. Por isso, a Peugeot foi inteligente ao fazer algumas discretas mudanças no design e, principalmente, reposicioná-lo como uma das opções mais acessíveis para quem procura um SUV compacto. Tudo isso faz com que fatores como a idade avançada do projeto e o espaço interno acanhado virem secundários, já que o carro se tornou uma boa escolha para fisgar quem coloca o bolso no topo da lista de prioridades.
Design e espaço interno
Lançado em 2015, o 2008 estreou em uma época "ingrata" no mercado brasileiro. Diante de concorrentes como Honda HR-V e Jeep Renegade, o Peugeot acabou ofuscado pelo sucesso dos rivais.
Isso fez com que muita gente não enxergasse as virtudes do modelo. O design era foi uma delas, uma vez que - na modesta opinião deste que vos escreve - o SUV sempre teve um visual agradável. Nesta última atualização, o 2008 mudou bem pouco: os faróis ganharam máscaras negras e a traseira traz uma seção pintada na cor preto brilhante - uma forma de aproximá-lo com o restante da gama, em especial modelos como o 3008. Foi uma boa tentativa, embora o carro já não consiga esconder mais as rugas.
Por dentro, o 2008 preserva o visual da antiga geração do 208. Algumas características denunciam a idade do projeto, como a linha de cintura mais baixa do que os modelos mais atuais e a ergonomia, especialmente para o motorista. Mesmo assim, a cabine não parece tão datada como acontece em um carro com sete anos de idade.
A posição de dirigir merece elogios. O conceito i-Cockpit, que consiste em um volante de diâmetro pequeno e o quadro de instrumentos em um lugar mais alto, agrada quem gosta de uma condução mais esportiva e privilegia motoristas de baixa estatura. Os bancos dianteiros ficam em uma posição bem alta, e isso é bem ruim para quem tem mais de 1,75 m.
O mesmo acontece quando pensamos no espaço interno, que nunca foi muito generoso. Quem viaja no banco de trás possui pouco espaço para os joelhos. Em compensação, o porta-malas de 402 litros é maior do que alguns pesos-pesados da categoria, como VW T-Cross (373 litros com o banco traseiro na posição normal) e Jeep Renegade (320 litros).
Desempenho e consumo
A linha 2008 é oferecida em duas motorizações. No caso das configurações Style e Griffe (esta segunda avaliada por UOL Carros), o SUV é movido pelo conhecido motor 1.6 turboflex, que entrega até 173 cv e 24,5 kgfm de torque máximo com etanol no tanque.
É ele a grande estrela do SUV. A impressão, inclusive, é de que o conjunto entrega até mais do que o 2008 precisaria. Seja como for, o utilitário esportivo está entre os carros mais empolgantes do país, sobretudo pelas respostas prontas e o comportamento ágil nas acelerações. O câmbio automático de seis marchas contribui para uma experiência mais prazerosa. Bem escalonada, a transmissão realiza as trocas de marcha sem atrasos, ainda que não da maneira mais suave.
Entretanto, tudo tem seu preço, e ele é sentido no consumo de combustível. As médias urbana e rodoviária são de 7,4 km/l e 9 km/l, respectivamente, com etanol no tanque. Os números sobem para 10,6 km/l e 13,1 km/l se o combustível for a gasolina.
Equipamentos
Se o 2008 já não encanta mais pela modernidade do projeto, ao menos ele agrada na lista de itens de série. Pela primeira vez, o modelo sai de fábrica com revestimento completo em couro sintético.
Além disso, a versão Griffe oferece equipamentos como ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, controle de cruzeiro com limitador de velocidade, central multimídia com tela tátil de 7 polegadas e suporte a Android Auto e Apple Car Play com fios, rodas de liga leve com acabamento diamantado e teto solar panorâmico fixo.
A configuração mais cara ainda vem com o Grip Control, um seletor com modos que atuam no controle de tração. Assim, o carro consegue se virar com um pouco mais de destreza em pisos escorregadios e/ou de baixa aderência, como terra e areia.
Manutenção e segurança
Mesmo sendo um dos modelos mais baratos da categoria, o 2008 agrada quando o assunto é segurança. Na versão Griffe, ele possui 6 airbags (dois frontais, dois laterais e outros dois para proteção das cabeças dos passageiros), controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas.
Nos custos de manutenção, o SUV da Peugeot também vai bem. O valor para realizar as seis primeiras revisões é de R$ 4.639 (em julho de 2022), enquanto o valor médio do seguro está em R$ 5 mil.
Concorrentes
Apesar de enfrentar as versões de entrada de alguns SUVs compactos mais vendidos, como Jeep Renegade Sport e Nissan Kicks Advance, o 2008 bate de frente com dois modelos de marcas francesas.
Um deles é o Renault Duster. Na versão Iconic, o modelo sai por R$ 124.790, mas com a motorização 1.6 aspirada de até 120 cv e 16,2 kgfm quando abastecido com etanol. Caso opte pelo moderno 1.3 TCe, que rende até 170 cv e 27,5 kgfm, o cliente precisa desembolsar bem mais: R$ 138.790. Seja qual for o motor, o Duster se destaca pelo generoso espaço interno.
O segundo concorrente é um velho conhecido do 2008. Trata-se do Citroën C4 Cactus, 'primo' da época de PSA. Na configuração Shine Pack, o modelo se equipara em muitos aspectos, incluindo porte e lista de equipamentos. Isso sem contar que o Cactus utiliza a mesma motorização 1.6 turbinada de 173 cv do 2008 Griffe. O representante da Citroën custa R$ 138.990, mas pode ser encontrado por volta de R$ 126 mil.
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Motorização
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1.6, 16V, 4 cil., turbo
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Combustível
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Etanol / Gasolina
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Potência (cv)
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173 cv / 165 cv
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Torque (kgf.m)
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24,5 kgfm
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
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8,1 s / 8,3 s
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Velocidade máxima (km/h)
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209 km/h / 206 km/h
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Consumo cidade (km/l)
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7,4 km/l / 9 km/l
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Consumo estrada (km/l)
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10,6 km/l / 13,1 km/l
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Câmbio
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Automático de 6 marchas
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Tração
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Dianteira
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Direção
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Elétrica
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Suspensão Dianteira
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McPherson
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Suspensão Traseira
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Eixo de torção
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Freios Dianteiros
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Discos ventilados
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Freios Traseiros
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Discos sólidos
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Pneus
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205/60 R16
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Rodas
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16 polegadas
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Altura (mm)
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1583 mm
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Comprimento (mm)
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4159 mm
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Entre-eixos (mm)
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2542 mm
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Largura (mm)
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1739 mm
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
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1246 kg
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Porta-malas (L)
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402 l
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Tanque (L)
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55 l
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10.000 km
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R$ 526,00
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20.000 km
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R$ 915,00
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30.000 km
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R$ 526,00
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40.000 km
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R$ 1.231,00
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50.000 km
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R$ 526,00
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60.000 km
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R$ 915,00
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Seguro
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R$ 5.025,00
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Airbags do tipo Cortina
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Piloto Automático
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Entrada Auxiliar
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Banco de Couro
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Desembaçador Traseiro
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Teto Solar
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Computador de Bordo
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Acendimento automático dos faróis
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Faróis de neblina
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