Peugeot 208 é hatch de classe superior em tecnologia, refinamento e preço
Resumo da notícia
- Nova geração do hatch tem plataforma moderna e design sedutor
- Motor é o mesmo 1.6 16V flex do antigo 208
- Carro tem alerta de colisão e frenagem autônoma de emergência
Fazer carros bonitos é a especialidade da Peugeot. Alguns vão lembrar do 406 Coupé desenhado por Pininfarina, enquanto outros podem citar o 307 ou até a geração mais recente do 3008.
Fato é que o design novamente será o chamariz do 208. Mas ele não será o único: o carro traz muitas outras virtudes para seduzir quem está acostumado a olhar tanto para compactos mais baratos quanto para os modelos um pouco mais refinados.
A tecnologia está entre as qualidades do hatch. Na versão topo de linha Griffe, o 208 traz um bom pacote de assistências de condução. Há alerta de colisão frontal, assistente de permanência em faixa de rolagem e frenagem autônoma de emergência.
Tudo isso, porém, tem um preço, e infelizmente ele não é barato. Pela configuração mais completa a Peugeot pede R$ 94.990. Vale a pena assinar o cheque? É isso que você vai saber a partir de agora.
Peugeot 208 Griffe 2021
Preço
R$ 94.990Pontos Positivos
- Itens de segurança
- Design
Pontos Negativos
- Preço
- Desempenho
Veredito
O novo 208 é mais do que um rostinho bonito na multidão. Feito sobre uma inédita e moderna plataforma modular, o hatch tem um rodar suave e refinado como nunca se viu nos compactos da marca por aqui. Além disso, ele incorpora tecnologias de ponta, como frenagem autônoma de emergência, alerta de colisão frontal e alerta de permanência em faixa de rolagem. Só que tudo isso tem um preço, e no caso da versão Griffe ele é bem alto: R$ 94.990. Outro problema está no motor 1.6 16V flex, que não é ruim, mas poderia ser melhor. Se para você as virtudes falam mais alto que as deficiências, pode ficar com o 208. Ele é uma das melhores opções à venda no mercado nacional.
Vai ser difícil achar quem não se encante pelas linhas do 208.
O hatch combina traços esportivos com toques de sofisticação. Na frente, os faróis com LEDs que se esticam até a parte inferior do para-choque dão personalidade ao carro. Nas laterais, as linhas mais arredondadas seguem o padrão dos compactos da marca. Atrás, os três refletores horizontais inspirados nas garras de um leão e a faixa preta interligando as lanternas são claras referências ao 3008.
Por dentro, o estilo futurista de seu antecessor foi aprimorado. Destaque para o painel digital com efeito 3D, obtido graças a uma segunda tela que reflete as informações do quadro de instrumentos. Causa um pouco de estranheza no começo, mas depois você se acostuma - e logo estará encantado com a mais útil das inutilidades que se pode ter no carro.
O volante de diâmetro reduzido repete o conceito i-Cockpit do antigo 208. A posição de dirigir continua boa como na geração anterior, assim como a ergonomia. O estilo do console central também parece com o do 3008 e na versão Griffe existe um bonito aplique imitando fibra de carbono que invade os painéis das portas.
Embora tenha crescido pouco mais de 8 cm no comprimento e 4 cm na largura, o novo 208 não parece tão maior do que seu antecessor. O espaço interno continua acanhado no banco de trás e o acesso é dificultado pelo tamanho das portas traseiras. Pequenas demais, elas também possuem um formato curvado, e isso dificulta muito o "entra e sai" de pessoas de alta estatura.
Debaixo do capô está um dos maiores alvos de críticas do novo 208. O motor 1.6 16V flex é o mesmo do antigo 208, entregando 118 cv / 115 cv e torque máximo de 15,2 kgfm. Todas as versões vêm com câmbio automático de seis marchas.
É bom ressaltar, porém, que os haters de plantão questionam o motivo de não haver motorização 1.2 turbo - como acontecerá na Argentina, de onde vem os veículos vendidos no Brasil. O motivo é simples: a PSA preferiu esperar a fusão com a FCA para aproveitar a linha de motores Firefly turbo, que serão trazidos para cá pelo grupo ítalo-americano em 2021.
Além disso, a PSA se defende dizendo que pesquisas mostraram que o consumidor do 208 não se incomoda com o motor 1.6 aspirado. De qualquer maneira, o conjunto não decepciona como alguns poderiam imaginar.
Entretanto, as respostas poderiam ser mais ágeis, principalmente nas acelerações. Falta um pouco de fôlego em baixas rotações, algo que não acontece em motorizações turbinadas. Pelo menos a transmissão de seis marchas foi recalibrada para entregar um comportamento mais suave.
A dirigibilidade, aliás, é bastante refinada, fazendo com que o 208 pareça ser um veículo de categoria superior. Méritos vão para a moderna plataforma modular CMP, que servirá a outros modelos da PSA.
Pela primeira vez o hatch parece totalmente adaptado às terríveis condições das estradas brasileiras: além da suspensão com calibragem mais firme do que o antigo 208, o carro dificilmente raspa a frente em valetas e buracos - algo que donos de Peugeot se acostumaram a sofrer.
Os números de consumo são apenas regulares: 7,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com etanol e 11 km/l em perímetro urbano e 13,2 km/l em rodovias com gasolina no tanque.
Desde a versão de entrada o hatch oferece 4 airbags, controles de estabilidade e de tração, central multimídia com tela de 7 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital, direção elétrica e luzes diurnas em LED.
A lista de itens de série da configuração Griffe inclui 6 airbags, teto solar panorâmico, painel digital com efeito 3D, bancos revestidos em Alcantara, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, câmera com visão traseira em 180 graus, sensor de chuva, faróis full LED, sensor crepuscular e carregador de celular por indução, entre outros equipamentos.
O 208 vem também com seis airbags e um pacote de assistências de condução. Falaremos dele a seguir.
Segurança é um dos pontos fortes do 208.
Desde a versão de entrada Active ele vem com 4 airbags e controles de estabilidade e de tração. A configuração Griffe ainda traz airbags do tipo cortina e um pacote de assistências de condução.
Chamado de Peugeot Driver Assist, ele inclui assistente de permanência em faixa de rolagem, alerta de colisão frontal, leitura de placas de trânsito, farol alto automático e câmera com visão traseira em 180 graus.
A Peugeot investirá pesado nos custos de pós-venda. Destaque para o plano de compra do veículo "Just Drive It".
No caso da versão Griffe, a marca propõe uma entrada de R$ 33.385,80 com financiamento em 30 parcelas fixas de R$ 1.235,10 e o valor residual em 12 parcelas de R$ 2.040,50. Ao final deste período, a Peugeot promete pagar 100% do valor do carro de acordo com a tabela Fipe.
Será possível diluir no financiamento o pagamento das três primeiras revisões, serviço de despachante (inclusive o IPVA), seguro e plano de estética automotiva, com direito a reparos de pequenos amassados (funilaria de até 20 cm) e danos superficiais (pintura de até 50 cm)
Os valores das revisões ainda não foram divulgados pela montadora.
A Peugeot aponta três modelos como principais rivais do 208: Toyota Yaris, Honda Fit e Volkswagen Polo.
O Yaris XLS sai por R$ 89.990 e vem com o motor 1.5 de 110 cv / 105 cv e torque máximo de 14,9 kgfm / 14,3 kgfm. A transmissão é do tipo CVT simulando sete marchas.
O Fit EXL custa R$ 88.200 e é movido por um motor 1.5 que entrega 116 cv / 115 cv e 15,3 kgfm / 15,2 kgfm. Assim como o rival Yaris, o câmbio é do tipo CVT.
Já o Polo Highline é mais caro do que Fit e Yaris (R$ 90.690). É o único deles a vir com motorização turbo - no caso um 1.0 que entrega 128 cv / 116 cv e 20,4 kgfm de torque máximo. A transmissão é automática de seis velocidades.
É importante considerar ainda outros modelos compactos como rivais diretos nas versões mais baratas do 208. Chevrolet Onix Premier (R$ 77.090) e Hyundai HB20 Diamond Plus (R$ 77.790) surgem como fortes concorrentes da versão de entrada Active, que custa R$ 74.990.
Motorização
1.6, 16V, 4 cilindros em linha, flex
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
118 cv / 115 cv a 5.750 rpm
Torque (kgf.m)
15,2 kgfm a 4.000 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
12 s
Velocidade máxima (km/h)
190 km/h
Consumo cidade (km/l)
7,7 km/l (etanol) / 9,3 km/l (gas.)
Consumo estrada (km/l)
9,3 km/l (etanol) / 13,2 km/l (gas.)
Câmbio
automático de 6 marchas
Tração
dianteira
Direção
elétrica
Suspensão Dianteira
independente, McPherson
Suspensão Traseira
eixo de torção
Freios Dianteiros
discos ventilados
Freios Traseiros
tambor
Pneus
195/55 R16
Rodas
16 polegadas
Altura (mm)
1453 mm
Comprimento (mm)
4055 mm
Entre-eixos (mm)
2538 mm
Largura (mm)
1738 mm
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.178 kg
Porta-malas (L)
265 l
Tanque (L)
47 l
10.000 km
n/d
20.000 km
n/d
30.000 km
n/d
40.000 km
n/d
50.000 km
n/d
60.000 km
n/d
Seguro
R$ 2.600 (média)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Alerta de colisão
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.