Range Rover Velar: descobrimos se SUV querido das celebridades vale a pena
O Range Rover Velar costuma ser uma das escolhas certas das celebridades. Entre as que já usaram (ou ainda usam) o modelo para ostentar estão Carlinhos Maia, Juliette, Kevinho, o cantor Príncipe, MC Maneirinho, entre outros. Não por acaso, até Cauã Reymond já foi o garoto-propaganda do Velar.
Só de olhar para o carro, os motivos ficam bem evidentes. Trata-se de um SUV grande, imponente e cheio de itens de luxo. Além disso, o grupo Jaguar-Land Rover como um todo se coloca no mercado como uma empresa que oferece produtos que vão além da categoria premium.
Ou seja, além dos carros serem mais caros do que a média do segmento (onde Audi, Volvo, Mercedes e BMW competem), o público das inglesas costuma prezar mais pela exclusividade. Naturalmente, o que é mais caro costuma ser mais seleto.
O ponto é que, dentro dessa diferenciação por preço (que leva à exclusividade), podemos observar que os carros em si também são um pouco diferentes. Não só no visual, como também na hora de dirigir, de conhecer suas funcionalidades e, inclusive, quando se está nos assentos dos passageiros.
Os motivos são diversos. O primeiro é que, ao contrário das grandes rivais alemãs, a forma de pensar dos projetistas (que, como já comentamos, são britânicos) é outra. Além disso, no caso da Land Rover, a marca se originou nas trilhas e na proposta utilitária - e fez dessa sua raiz aventureira uma base sólida para virar algo mais exótico e diferenciado.
Ainda que tudo isso possa explicar os motivos pelos quais modelos como o Velar podem ser associados a pessoas com mais personalidade, isso não só pode não ter nada a ver com se o carro é bom (ou não), como também abre precedentes para que a avaliação fique sugestionada. O Range Rover Velar vale os seus R$ 653.150 na versão testada R-Dynamic HSE P400e PHEV? É o que vamos descobrir.
Range Rover Velar
Pontos Positivos
- Design e presença de acabamentos extremamente requintados
- Consumo, desempenho e dirigibilidade
- Presença de diversos itens de comodidade
Pontos Negativos
- Espaço traseiro e de malas (em relação ao tamanho do carro)
- Central multimídia perde a visibilidade facilmente
- Teto solar abre pouco e fica bem quente sob o Sol
Veredito
O Range Rover Velar é praticamente imbatível em pontos de estilo. Por isso é mesmo a escolha certa entre as celebridades em todos os seus anos no mercado brasileiro - afinal de contas, é impossível passar em branco pelas câmeras. Agora na nova geração, combina dinâmica, desempenho, segurança e consumo que chegam até a desafiar as leis da física, dado seu peso e suas enormes dimensões. Além disso, o inglês roda suave como se fosse o Aladdin em seu tapete, se assim o motorista desejar. Entretanto, o seu espaço interno não é tão otimizado quanto poderia ser, devido às grandes áreas ocupadas pelos consoles, painel e acabamentos. Para aqueles que procuram um SUV de luxo espaçoso para a família, o Range Rover tradicional pode ser uma opção melhor, mas ele é bem mais caro, com preços acima de R$ 1 milhão.
Design
É característico por unir a robustez das origens aventureiras da marca com o seu tamanho avantajado, algo que é sempre muito valorizado dentro do universo dos carros de luxo.
Por fora, vemos uma linha de cintura que se prolonga por toda a lateral, molduras no capô e no pára-choque dianteiro pintadas de black piano, formas mais quadradas da grade dianteira e no conjunto óptico. Já a traseira já é mais "bicuda"
Chamam atenção suas rodas de 21 polegadas com desenho que reforça o aspecto mais arrojado do exterior.
Por dentro, tem enormes superfícies com revestimento de couro e couro alcântara, algumas mais anguladas, e outras menos.
Volante é grande e, através dele, é possível observar o painel, que pode mudar algumas de suas formas em função dos modos de pilotagem e de recursos de viagem.
Na extensão do largo console, por sua vez, vemos duas grandes telas centrais. Isso tudo cria uma atmosfera digna de uma nave.
Espaço interno, ergonomia e dirigibilidade
Percepção de tamanho é diferente quando comparamos os ocupantes da frente com os de trás. Na frente, tudo é amplo e a disponibilidade de recursos para interatividade serve para atiçar a curiosidade. Em contrapartida, para mexer nas telas, pode ser preciso avançar o tronco, caso contrário pode ficar difícil de alcançar.
Bancos contam com massagem, aquecimento e resfriamento. A acomodação pode ser comparada com a de uma poltrona, ou até mesmo com modelos ainda mais caros, como o Range Rover topo de gama.
Quando os bancos dianteiros são regulados para alguém de pouco mais de 1,70 m, o espaço que sobra atrás é ligeiramente superior ao de um SUV compacto.
Ainda que o interior seja completamente revestido com materiais de alta qualidade, o padrão de conforto não é homogêneo.
Seus 503 litros (seco) e 625 litros (molhado) de volume do porta-malas são bons, mas também não são tão grandes quanto o porte do carro dá a entender.
Na hora de dirigir, notamos que a empunhadura do volante é grande, o que é mais favorável a uma dirigibilidade confortável do que esportiva. Ainda assim, é fácil encontrar a posição ideal. Só que apesar de suas grandes dimensões, não é difícil realizar manobras, uma vez que as assistências com câmeras e sensores ajudam muito o motorista a ter noção dos limites da carroceria.
Consumo e desempenho
Tem autonomia de até 53 quilômetros (WLTP) no modo elétrico. Pode ser recarregado na tomada e alcançar sua carga completa em até três horas em carregadores de corrente alternada de 7kW. Caso contrário, chega até os 80% de carga em apenas 30 minutos, quando conectado a um ponto de carregamento rápido.
Novo motor híbrido plug-in de 2.0 litros e quatro cilindros entrega 404 cv de potência e 65,2 kgfm de torque combinados (300 cv apenas da unidade a combustão).
Aceleração de 0 até 100 km/h é feita em 5,4 segundos, apesar de seus 2233 kg. Trata-se do mesmo conjunto que equipa o Jaguar F-Pace P400e, que já pudemos testar anteriormente.
Apesar de sua suspensão a ar favorecer bastante o conforto, mantém super bem a estabilidade, seja durante as acelerações ou nas curvas. O sistema de tração nas quatro rodas com vetorização de torque é outro que conserva a previsibilidade das reações do carro.
Enquanto tiver energia chegando ao motor elétrico, é capaz de fazer incríveis 45 km/l. Quando elas acabam, o sistema trabalha para gerir o uso mais eficiente do SUV, o que engloba a regeneração das baterias.
Quando elas perdem a carga, o motor a combustão passa a cumprir função de gerador. Com isso, o consumo piora consideravelmente. Por isso que o segredo é sempre plugar o carro na tomada da noite para o dia.
Equipamentos e segurança
Traz teto solar panorâmico; detalhes em couro no painel; painel TFT de alta resolução; controle de cruzeiro adaptativo; head-up display; sistema PIVI Pro com acesso a recursos de infoentretenimento com respostas mais rápidas; conectividade com celulares por meio do Apple Carplay e Android Auto; sistema de som Meridian (com qualidade acústica sensacional e muita potência, diga-se de passagem); aquecimento e resfriamento dos bancos dianteiros; entre outros vários que podemos citar.
Tal como falamos no início da avaliação, os ingleses têm uma forma diferente de pensar. Isso se reflete na usabilidade das telas e dos comandos de forma geral. É preciso um pouco mais de tempo para memorizar como faz para interagir com todos os recursos, quando comparamos com os rivais.
Um dos pontos que realmente deixam um pouco a desejar é a visibilidade da central multimídia. Ainda que ela seja intuitiva de usar e tenha cores e formas elegantes, seu fundo é mais escuro e ela é voltada para cima. Assim acaba ficando mais difícil de enxergar a interface, especialmente quando há muita luz no interior.
Outro deles é que o teto solar é tão grande, permitindo tanta passagem de luz para o interior, mas só abre uma pequena porção. Em outros carros com teto solar panorâmico, o mecanismo abre mais ou menos até a metade (ao passo que, no Velar, vai até mais ou menos 1/3 do trajeto).
Motorização
Híbrida, com unidade a combustão 2.0 turbo
Combustível
Gasolina
Potência (cv)
404
Torque (kgf.m)
65,2
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
5,4
Velocidade máxima (km/h)
209
Consumo cidade (km/l)
8,6 (sem funcionar o motor elétrico)
Consumo estrada (km/l)
9,4 (sem funcionar o motor elétrico)
Câmbio
Automático de 8marchas
Tração
Integral
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Ar, braços sobrepostos
Suspensão Traseira
Ar, multibraço
Freios Dianteiros
Discos
Freios Traseiros
Discos
Pneus
245/45
Rodas
21 polegadas
Altura (mm)
1.683
Comprimento (mm)
4.797
Entre-eixos (mm)
2.874
Largura (mm)
2.147
Ocupantes
5
Peso (kg)
2233
Porta-malas (L)
625
Tanque (L)
69
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Airbags para joelho do motorista
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Bancos com ajustes elétricos
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Alerta de colisão
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
Bloqueio do diferencial
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