Tracker Premier 1.0 é boa opção ao trocar desempenho por carro 'completão'
Vitor Matsubara
Do UOL, em São Paulo (SP)
11/11/2020 04h00
Resumo da notícia
- Versão topo de linha ganha motor 1.0 turbo de até 116 cv
- Por R$ 114.590, SUV encara versões intermediárias de T-Cross e Renegade
- Diferença para versão LTZ com mesma motorização é de R$ 9.100
Parece que faz mais tempo, mas o novo Tracker só está entre nós há alguns meses. Apesar disso, a Chevrolet já fez importantes mudanças em sua gama.
Foi assim que a versão Premier ganhou o motor 1.0 turbo de 115 cv e criou uma opção mais barata à 1.2 Premier, que permanece em linha.
Por trás da novidade está uma estratégia aparentemente bem pensada da Chevrolet. Com isso, o SUV de R$ 114.590 preenche a lacuna que existia entre as versões LTZ 1.0 Turbo (R$ 105.490) e Premier 1.2 Turbo (R$ 121.290).
Vale a pena comprar o Tracker Premier com motor de 1-litro? Ou será que o motor 1.2 justifica a diferença de quase R$ 7 mil? Descubra as respostas na avaliação de UOL Carros.
Chevrolet Tracker Premier 1.0 Turbo
Preço
R$ 114.5904,0
Médias aferidas pelo Inmetro indicam que Tracker não é beberrão, mas poderia ser mais econômico - sobretudo com etanol
4,0
O motor 1.0 turbo de 116 cv dá conta do recado com sobras e é uma boa pedida no SUV
5,0
Estilo elegante e moderno ainda chama atenção nas ruas, mesmo depois de quatro meses
5,0
O Tracker Premier 1.0 traz a mesma lista de equipamentos da versão 1.2, só que custando menos
4,0
Quatro adultos viajam sem aperto dentro do SUV, que tem um bom porta-malas de 393 litros
4,0
Custos de manutenção estão entre os mais baixos da categoria - o que é sempre bom
5,0
6 airbags e controles de estabilidade e de tração são oferecidos de fábrica em todas as versões
Veredito
A Chevrolet acertou ao oferecer o motor 1.0 turbo no Tracker Premier. Pena que esperou alguns meses para fazê-lo. De toda maneira, o SUV é uma opção interessante para quem quer um carro mais completo e não faz questão de tanto desempenho. Vale, porém, uma ressalva: a grande diferença de R$ 9.100 em relação à versão LTZ pode desanimar o investimento na versão mais luxuosa. Dinheiro não é problema? Então vale pensar na versão Premier 1.2 por R$ 6.700 a mais.
Alguns meses depois de sua chegada, o Tracker ainda chama atenção nas ruas. Faz sentido: o SUV tem linhas muito bonitas e equilibradas, que, se não apostam na ousadia de um VW Nivus, também não são conservadoras como no Hyundai Creta.
Ponto positivo para o design de linhas elegantes, que não apela para elementos que reforçam o visual parrudo e assume a vocação urbana do modelo.
Externamente, a versão Premier traz poucas diferenças para a LTZ. Apenas as molduras das janelas em acabamento cromado e os faróis e lanternas em LED distinguem a opção mais luxuosa do SUV.
Por dentro, o Tracker possui o mesmo painel do Onix, o que pode decepcionar quem procura mais exclusividade. Dele também vieram os plásticos de boa qualidade, que parecem um pouco "apagados" por conta do estilo mais sóbrio da cabine.
A posição de dirigir é boa e o volante de menor diâmetro tem boa empunhadura. Já o banco inteiriço é bastante confortável e anatômico, como na linha Onix. Atrás, o espaço para joelhos e cabeça dos passageiros é bom, embora não seja grande o suficiente para que três adultos viajem com folga. O porta-malas acomoda 393 litros.
Quem já dirigiu o Tracker 1.2 vai notar uma diferença quando assumir o volante do 1.0. Entretanto, ela não é tão gritante assim. O conjunto que entrega até 116 cv e 16,8 kgfm não decepciona na maioria das situações, mesmo com lotação máxima.
Existe, porém, um comportamento ligeiramente mais pacato nas acelerações e retomadas, situações nas quais o Tracker 1.0 demora um pouco para arrancar.
Pode botar a "culpa" na conta do câmbio de seis marchas, que, apesar de trabalhar de forma adequada na maior parte do tempo, padece de suavidade e agilidade nas trocas. Isso porque o motorista percebe nitidamente quando a caixa realiza algumas reduções.
Leve nas manobras, a direção não tem peso suficiente para transmitir a sensação de segurança em velocidade mais altas. Na estrada, o carro parece suscetível a ventos laterais mais fortes. Isso, porém, não é exclusividade das versões com motor 1.0, já que todo Tracker parece se comportar assim.
Embora não seja referência em economia, o Tracker está longe de decepcionar diante de outros modelos turbinados.
Dados do Inmetro indicam 8,2 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada com etanol, números que sobem para 11,9 km/l no ciclo urbano e 13,7 km/l no rodoviário se a escolha for pela gasolina.
Não existe Tracker mais completo do que a versão Premier.
Entretanto, a opção com motor 1.0 se diferencia da mais cara pela ausência do teto solar panorâmico. De resto, tudo é igual nas duas versões.
Além de itens presentes desde a configuração de entrada, como os 6 airbags e os controles de estabilidade e de tração, o SUV vem com sistema de estacionamento semiautônomo, ar-condicionado digital, carregador de celular por indução, maçanetas internas cromadas, entrada USB para o banco traseiro, sensores de estacionamento traseiros, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, central multimídia MyLink 3 com tela de 8 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay e internet 4G com Wi-Fi, entre outros.
Assim como nas linhas Onix e Onix Plus, o Tracker marca um gol de placa ao trazer seis airbags, controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas como itens de série em todas as versões.
No caso da versão Premier 1.0, ela ainda vem com sensor de pontos cegos, alerta de colisão e frenagem autônoma de emergência. São itens extremamente importantes e (infelizmente) ainda raros no mercado nacional.
Estabilidade também é um ponto forte do Tracker, que traz uma dirigibilidade muito mais próxima a de um automóvel convencional do que um utilitário esportivo, cujo centro de gravidade costuma ser naturalmente mais alto. A carroceria pouco inclina nas curvas.
Outro ponto importante é que os valores sugeridos das revisões também estão entre os mais baixos da categoria. E o valor médio do seguro também não é proibitivo.
Por R$ 114.590, o Tracker Premier está bem posicionado no mercado.
O principal alvo é o VW T-Cross Comfortline (R$ 115.750), até por se tratar do único SUV com motorização turbo entre os mais vendidos. Vale lembrar que o T-Cross é o líder da categoria no ano, mas o Tracker foi o mais vendido do segmento nos dois últimos meses.
Porém, a novidade também encara nomes como Jeep Renegade Longitude Flex (R$ 111.190), Nissan Kicks SL Pack Tech (R$ 116.090) e Honda HR-V EX (R$ 117.400).
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Motorização
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1.0, 12V, 3 cilindros, flex
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Combustível
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Etanol / Gasolina
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Potência (cv)
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116
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Torque (kgf.m)
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16,8 / 16,3
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
-
10,9
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Velocidade máxima (km/h)
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177
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Consumo cidade (km/l)
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8,2 / 9,6
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Consumo estrada (km/l)
-
11,9 / 13,7
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Câmbio
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automático de 6 marchas
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Tração
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dianteira
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Direção
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elétrica
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Suspensão Dianteira
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independente, McPherson
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Suspensão Traseira
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eixo de torção
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Freios Dianteiros
-
discos ventilados
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Freios Traseiros
-
tambor
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Pneus
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215/55 R17
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Rodas
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17 polegadas
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Altura (mm)
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1624
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Comprimento (mm)
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4270
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Entre-eixos (mm)
-
2570
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Largura (mm)
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1791
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
-
1228
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Porta-malas (L)
-
393
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Tanque (L)
-
44
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10.000 km
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R$ 320,00
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20.000 km
-
R$ 616.00
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30.000 km
-
R$ 516,00
-
40.000 km
-
R$ 684,00
-
50.000 km
-
R$ 496,00
-
60.000 km
-
R$ 616,00
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Seguro
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R$ 2.700 (média)
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Airbags do tipo Cortina
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Piloto Automático
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Entrada Auxiliar
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Banco de Couro
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Desembaçador Traseiro
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Computador de Bordo
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Acendimento automático dos faróis
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Faróis de neblina
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Frenagem autônoma de emergência
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Sensor de pressão dos pneus
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Sensor de pontos cegos
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Alerta de colisão
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Abertura elétrica do porta-malas
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Faróis com regulagem de altura
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Sistema de estacionamento autônomo
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