Tracker Premier 1.0 é boa opção ao trocar desempenho por carro 'completão'
Resumo da notícia
- Versão topo de linha ganha motor 1.0 turbo de até 116 cv
- Por R$ 114.590, SUV encara versões intermediárias de T-Cross e Renegade
- Diferença para versão LTZ com mesma motorização é de R$ 9.100
Parece que faz mais tempo, mas o novo Tracker só está entre nós há alguns meses. Apesar disso, a Chevrolet já fez importantes mudanças em sua gama.
Foi assim que a versão Premier ganhou o motor 1.0 turbo de 115 cv e criou uma opção mais barata à 1.2 Premier, que permanece em linha.
Por trás da novidade está uma estratégia aparentemente bem pensada da Chevrolet. Com isso, o SUV de R$ 114.590 preenche a lacuna que existia entre as versões LTZ 1.0 Turbo (R$ 105.490) e Premier 1.2 Turbo (R$ 121.290).
Vale a pena comprar o Tracker Premier com motor de 1-litro? Ou será que o motor 1.2 justifica a diferença de quase R$ 7 mil? Descubra as respostas na avaliação de UOL Carros.
Chevrolet Tracker Premier 1.0 Turbo
Preço
R$ 114.590Veredito
A Chevrolet acertou ao oferecer o motor 1.0 turbo no Tracker Premier. Pena que esperou alguns meses para fazê-lo. De toda maneira, o SUV é uma opção interessante para quem quer um carro mais completo e não faz questão de tanto desempenho. Vale, porém, uma ressalva: a grande diferença de R$ 9.100 em relação à versão LTZ pode desanimar o investimento na versão mais luxuosa. Dinheiro não é problema? Então vale pensar na versão Premier 1.2 por R$ 6.700 a mais.
Alguns meses depois de sua chegada, o Tracker ainda chama atenção nas ruas. Faz sentido: o SUV tem linhas muito bonitas e equilibradas, que, se não apostam na ousadia de um VW Nivus, também não são conservadoras como no Hyundai Creta.
Ponto positivo para o design de linhas elegantes, que não apela para elementos que reforçam o visual parrudo e assume a vocação urbana do modelo.
Externamente, a versão Premier traz poucas diferenças para a LTZ. Apenas as molduras das janelas em acabamento cromado e os faróis e lanternas em LED distinguem a opção mais luxuosa do SUV.
Por dentro, o Tracker possui o mesmo painel do Onix, o que pode decepcionar quem procura mais exclusividade. Dele também vieram os plásticos de boa qualidade, que parecem um pouco "apagados" por conta do estilo mais sóbrio da cabine.
A posição de dirigir é boa e o volante de menor diâmetro tem boa empunhadura. Já o banco inteiriço é bastante confortável e anatômico, como na linha Onix. Atrás, o espaço para joelhos e cabeça dos passageiros é bom, embora não seja grande o suficiente para que três adultos viajem com folga. O porta-malas acomoda 393 litros.
Quem já dirigiu o Tracker 1.2 vai notar uma diferença quando assumir o volante do 1.0. Entretanto, ela não é tão gritante assim. O conjunto que entrega até 116 cv e 16,8 kgfm não decepciona na maioria das situações, mesmo com lotação máxima.
Existe, porém, um comportamento ligeiramente mais pacato nas acelerações e retomadas, situações nas quais o Tracker 1.0 demora um pouco para arrancar.
Pode botar a "culpa" na conta do câmbio de seis marchas, que, apesar de trabalhar de forma adequada na maior parte do tempo, padece de suavidade e agilidade nas trocas. Isso porque o motorista percebe nitidamente quando a caixa realiza algumas reduções.
Leve nas manobras, a direção não tem peso suficiente para transmitir a sensação de segurança em velocidade mais altas. Na estrada, o carro parece suscetível a ventos laterais mais fortes. Isso, porém, não é exclusividade das versões com motor 1.0, já que todo Tracker parece se comportar assim.
Embora não seja referência em economia, o Tracker está longe de decepcionar diante de outros modelos turbinados.
Dados do Inmetro indicam 8,2 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada com etanol, números que sobem para 11,9 km/l no ciclo urbano e 13,7 km/l no rodoviário se a escolha for pela gasolina.
Não existe Tracker mais completo do que a versão Premier.
Entretanto, a opção com motor 1.0 se diferencia da mais cara pela ausência do teto solar panorâmico. De resto, tudo é igual nas duas versões.
Além de itens presentes desde a configuração de entrada, como os 6 airbags e os controles de estabilidade e de tração, o SUV vem com sistema de estacionamento semiautônomo, ar-condicionado digital, carregador de celular por indução, maçanetas internas cromadas, entrada USB para o banco traseiro, sensores de estacionamento traseiros, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão, central multimídia MyLink 3 com tela de 8 polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay e internet 4G com Wi-Fi, entre outros.
Assim como nas linhas Onix e Onix Plus, o Tracker marca um gol de placa ao trazer seis airbags, controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas como itens de série em todas as versões.
No caso da versão Premier 1.0, ela ainda vem com sensor de pontos cegos, alerta de colisão e frenagem autônoma de emergência. São itens extremamente importantes e (infelizmente) ainda raros no mercado nacional.
Estabilidade também é um ponto forte do Tracker, que traz uma dirigibilidade muito mais próxima a de um automóvel convencional do que um utilitário esportivo, cujo centro de gravidade costuma ser naturalmente mais alto. A carroceria pouco inclina nas curvas.
Outro ponto importante é que os valores sugeridos das revisões também estão entre os mais baixos da categoria. E o valor médio do seguro também não é proibitivo.
Por R$ 114.590, o Tracker Premier está bem posicionado no mercado.
O principal alvo é o VW T-Cross Comfortline (R$ 115.750), até por se tratar do único SUV com motorização turbo entre os mais vendidos. Vale lembrar que o T-Cross é o líder da categoria no ano, mas o Tracker foi o mais vendido do segmento nos dois últimos meses.
Porém, a novidade também encara nomes como Jeep Renegade Longitude Flex (R$ 111.190), Nissan Kicks SL Pack Tech (R$ 116.090) e Honda HR-V EX (R$ 117.400).
Motorização
1.0, 12V, 3 cilindros, flex
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
116
Torque (kgf.m)
16,8 / 16,3
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
10,9
Velocidade máxima (km/h)
177
Consumo cidade (km/l)
8,2 / 9,6
Consumo estrada (km/l)
11,9 / 13,7
Câmbio
automático de 6 marchas
Tração
dianteira
Direção
elétrica
Suspensão Dianteira
independente, McPherson
Suspensão Traseira
eixo de torção
Freios Dianteiros
discos ventilados
Freios Traseiros
tambor
Pneus
215/55 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1624
Comprimento (mm)
4270
Entre-eixos (mm)
2570
Largura (mm)
1791
Ocupantes
5
Peso (kg)
1228
Porta-malas (L)
393
Tanque (L)
44
10.000 km
R$ 320,00
20.000 km
R$ 616.00
30.000 km
R$ 516,00
40.000 km
R$ 684,00
50.000 km
R$ 496,00
60.000 km
R$ 616,00
Seguro
R$ 2.700 (média)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Alerta de colisão
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
Sistema de estacionamento autônomo
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