VW T-Cross 1.4 ainda encanta pelo desempenho e melhora em equipamentos
A Volkswagen ainda em 2020, em meio ao primeiro ano da pandemia, colocou a linha 2021 do T-Cross no mercado. O modelo teve apenas atualizações de equipamentos nas versões, o que tornou o SUV que foi líder de segmento em 2020, mais equipado.
A versao Highline 250 TSI continua a ser a única equipada com o bom motor 1.4 turbo de até 150 cv e 25,5 mkgf. Com preço inicial de R$ 134.750, a versão também é a que tem o preço mais salgado, obviamente. Entre o lançamento, em agosto de 2020 e agora, o valor subiu R$ 14.150, era de R$ 120.600.
Com os opcionais extras da versão avaliada, que estava equipada com o teto solar panorâmico e o pacote Tech & Beats, o valor vai a R$ 147.240. Se optar por uma das cores metálicas, ou a pintura biton, o valor pode ter um extra de R$ 1.910.
Mas vamos falar sobre as novidades e o que continua a ser bom ou não no T-Cross Highline 250 TSI 2021.
VW T-Cross Highline 250 TSI 2021
Pontos Positivos
- Dirigibilidade
- Desempenho
Pontos Negativos
- Acabamento
- Porta-malas
Veredito
O T-Cross Highline ainda é um dos mais empolgantes SUVs compactos do mercado, mas cobra um preço alto por isso. Não deixa de ser bem equipado e confortável, mas é salgado e o valor já permite pular para a categoria dos médios em uma versão de entrada. Se dinheiro não for problema e você não for o maior fã de SUV do mundo, provavelmente é a opção mais acertada para se colocar na garagem.
Design e espaço interno
Em termos de design, o T-Cross 2021 não tem alterações, o que não necessariamente é bom. As linhas gerais foram mantidas, e como parte das reclamações recorrentes, é que ele tem linhas muito genéricas - problema que foi corrido no "irmão" Nivus e também no SUV médio que chega mês que vem, o Taos.
O visual tem seus detalhes, a versão Highline traz moldura cromada ao redor dos faróis de neblina, frisos cromados na parte inferior dos vidros laterais, acabamento diferenciado no rack de teto em prata anodizado, bancos com revestimento de couro e acabamento de alumínio nas pedaleiras.
Por dentro, é o que já conhecemos. O modelo tem a faixa colorida que adorna o painel e geralmente está na cor do carro. O acabamento como um todo deixa a desejar, mas a parte de tecnologia faz passar despercebido isso, bem como detalhes como a alavanca de câmbio com pomo em black piano, que dá um ar de requinte.
O espaço interno é bom. O T-Cross usa a mesma plataforma MQB do Virtus com entre-eixos de 2,65 metros. Na prática, isso garante mais espaço para até cinco ocupantes, com conforto quatro adultos. Especialmente para as pernas de quem vai atrás. Na frente o espaço é melhor, claro.
Claro, o espaço extra dentro cobra no porta-malas. Segundo a Volkswagen, são 373 litros de capacidade. Em termos práticos esse é o avesso do Nivus que tem mais espaço de porta-malas e menos espaço para quem vai atrás e que usa o entre-eixos do Polo: 2,56 m.
Consumo e desempenho
Em termos de desempenho, o T-Cross Highline é hoje um dos melhores do segmento de SUVs compactos - se não o melhor. O motor 1.4 turbo e flexível já saiu de linha na Europa, mas ainda é uma boa opção sim. São 150 cv e 25,5 mkgf seja com etanol ou com gasolina.
Associado ao câmbio automático de seis velocidades com opção de troca pela alavanca e também por aletas atrás do volante, fez um "bom casamento" e rende bem. O desempenho superior em relação à 1.0 turbo fica evidente, especialmente, em retomadas e ultrapassagens na estrada, onde o torque extra faz diferença.
Mesmo no uso urbano ele vai mais "liso" que as versões 1.0 turbo já que é preciso pisar menos para ter a entrega adequada parar tirar o carro da imobilidade. As trocas de marchas são sem trancos e não incomodam os ocupantes.
A suspensão tem ajuste muito bom entre conforto e esportividade, como é uma tradição dos Volkswagen há um bom tempo. Nas curvas, na estrada, ele consegue manter a carroceria no lugar, sem ficar balançando para evitar incômodos aos ocupantes, na cidade consegue lidar bem com o asfalto ruim e esburacado.
A direção também continua a ser um item a reforçado do T-Cross. O ajuste é o ideal para a cidade e tem uma calibragem que não deixa o volante leve demais em velocidade rodoviárias, como a 120 km/h. Então o condutor tem uma resposta boa e direta do volante para trocar de direção.
Ele tem ainda a opção de modos de condução: eco, normal e sport. O primeiro deixa as respostas mais lentas do acelerador e antecipa as trocas de marcha para gerar mais economia e a Sport atrasa as trocas, para usar o rendimento máximo do motor. As alterações no modo Eco são mais evidentes do que a Sport.
Equipamentos
O T-Cross Highline é bem equipado, mas dá espaço para novidades. A maior da linha 2021 foi a central multimídia, saiu a antiga e entra a "made in brazil" VW Play. Todo o conceito da nova central foi desenvolvida no Brasil e traz mais funções ao T-Cross, como atualização pela internet, aplicativos como Spotify e Waze, por exemplo, instalados diretamente na central.
O pênalti da nova central é que na era da conectividade, para qualquer desses apps que podem ser instalados nela precisam da internet do smartphone para funcionar. Apesar disso ela é boa em termos de usabilidade e rapidez na resposta aos comandos. Para alguns, o outro porém é a perda do GPS nativo que a antiga central oferecia.
No mais, o T-Cross Highline traz o painel virtual que pode ser personalizado com tela de 10,25 polegadas, ar-condicionado digital e automático, câmera de ré, sensores de estacionamento na frente e atrás e chave presencial com partida por botão.
O conjunto fica completo com sistema start&stop, que desliga o motor em pequenas paradas, como no semáforo, e pode ser desativado para quem não gosta da função, sensores de luz e chuva. O volante, que ainda é o antigo do Golf 7, não o do Nivus, tem ajuste de altura e distância. O banco do motorista tem ajuste de altura, mas manual.
Como opcionais e que estavam presentes na versão avaliada há o teto panorâmico (R$ 5.530) e o pacote Tech & Beats (R$ 6.960), que traz o sistema de som premium Beats, faróis Full-LEDs com regulagem automática de altura do facho e o Park Assist 3.0, que estaciona o carro sozinho em vagas paralelas ou perpendiculares.
Manutenção e segurança
O modelo é bem equipado em termos de segurança. Além dos controles de estabilidade e tração, traz seis airbags de série, mesma quantidade, por exemplo, que o rival Tracker oferece.
Há ainda o sensor de fadiga, que detecta se o motorista pode estar sonolento devido a movimentos do volante e dá um alerta visual e sonoro, indicando uma parada para despertar e então retomar a viagem.
O sistema Post Collision Brake é outro item associado à segurança. Após uma colisão, ele aciona os freios automaticamente evitando uma possível segurança colisão caso o motorista tenha perdido o controle ou continue com o pé no acelerador.
Em termos de manutenção, o T-Cross, como os demais carros da plataforma MQB, vai muito bem. Isso porque a VW oferece as três primeiras revisões gratuitas para esses modelos. Para fazer as de 40 mil km, 50 km mil e 60 mil km, o consumidor vai gastar R$ 2.487,90. Sendo R$ 1.241,24, R$ 551,83 e R$ 694,83, respectivamente.
Mercado
O T-Cross não foi líder em 2020 apenas por coincidência. O modelo como um todo é um ótimo carro, com boas qualidades, apesar de alguns poréns. Mesmo as versões de entrada com o motor 1.0 turbo e flex vão bem e são quem realmente sustentou a liderança do modelo.
O 1.4 Highline briga quase que sozinho em um patamar muito alto na categoria ao oferecer melhor desempenho. Seu rival direto é o Honda HR-V com o motor 1.5 turbo de 173 cv, mas que tem como ponto negativo ser oferecido apenas a gasolina ainda e serve também de vitrine para as versões de entrada com motor 1.8 flex.
Motorização
1.4, 4 cilindros, flexível, turbo
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
150 a 4.500 rpm
Torque (kgf.m)
25,5 a 1.500 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
8,7
Velocidade máxima (km/h)
198
Consumo cidade (km/l)
7,7 (etanol) / 11 (gasolina)
Consumo estrada (km/l)
9,3 (etanol) / 13,2 (gasolina)
Câmbio
Automático, 6 marchas
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente
Suspensão Traseira
Eixo de torção
Freios Dianteiros
Disco ventilado, 276 mm
Freios Traseiros
Disco sólido, 230 mm
Pneus
205/55 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1570
Comprimento (mm)
4199
Entre-eixos (mm)
2651
Largura (mm)
1977
Ocupantes
5
Peso (kg)
1292
Porta-malas (L)
373
Tanque (L)
52
10.000 km
Gratuita
20.000 km
Gratuita
30.000 km
Gratuita
40.000 km
R$ 1.241,24
50.000 km
R$ 551,83
60.000 km
R$ 694,83
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Sensor de pressão dos pneus
Alerta de colisão
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