VW T-Cross 2025: Volkswagen mexe (pouco) em time que está ganhando
Alessandro Reis
Do UOL, em São Paulo
15/07/2024 04h00
SUV mais vendido do Brasil, o T-Cross é um dos maiores acertos da Volkswagen e, no acumulado de janeiro a junho deste ano, acumula pouco mais do que 31,5 mil emplacamentos.
Esse número faz do utilitário esportivo compacto o sexto carro em volume geral de vendas no período, independentemente do tipo de carroceria,
Agora, o modelo da marca alemã acaba de receber uma série de atualizações, sobretudo visuais, para manter o ritmo e a preferência dos consumidores, na maior atualização desde o seu lançamento, há cerca de cinco anos.
Muitos esperavam e alguns previam que essa reestilização deixaria o T-Cross fabricado em São José dos Pinhais idêntico ao modelo europeu, que tem melhor acabamento interno e parte superior do painel emborrachada.
Não foi bem o que aconteceu, mas várias das novidades foram trazidas, de fato, do carro comercializado na Europa.
Enquanto isso, a VW não mexeu na parte mecânica, mantendo inalterados os eficientes e espertos motores 1.0 e 1.4 turbo flex, sempre conectados à transmissão automática de seis velocidades.
Confira a seguir a avaliação de UOL Carros da versão topo de linha Highline, equipada com todos os opcionais e que, nessa configuração, já ultrapassa a barreira dos R$ 190 mil e fica em uma faixa ocupada por SUVs maiores.
Saiba se as mudanças promovidas pela Volks serão suficientes para manter o T-Cross como um sucesso de vendas.
Desvendando o VW T-Cross Highline 2025
Design: a reestilização do T-Cross não mexeu muito no visual externo, embora tenha sido suficiente para dar uma renovada no SUV lançado em 2019. Os faróis full-LED são novos, bem como a grade dianteira e os para-choques frontal e traseiro.
Os faróis, agora, contam com luzes de condução diurna e setas integradas, enquanto as extremidades do para-choque dianteiro ganharam apliques que imitam entradas de ar com formato triangular. A alteração ajuda a diferenciar bastante do modelo "antigo", embora a grade não tenha o filete central iluminado como no T-Cross europeu e também no Taos e no Tiguan vendidos aqui.
A traseira não recebeu alteração no formato das lanternas (iluminadas por LEDs), mas o arranjo interno das luzes é novo. Embora não seja tão sofisticado quando do T-Cross vendido na Europa, ficou muito bom.
Mas o que realmente chama a atenção na linha 2025 do SUV compacto é a barra que une as lanternas de trás, que, finalmente, passou a ser iluminada. Esse diferencial deixou a aparência consideravelmente mais sofisticada.
Quanto às mudanças internas, confira mais abaixo o item "Vida a bordo".
Espaço interno: com os mesmos 2,65 m de distância entre-eixos do sedã Virtus, o T-Cross é referência em sua categoria no que se refere no espaço para as pernas no banco de trás.
Até ocupantes mais altos conseguem esticar bem as pernas ali, embora a carroceria com 1,76 m de largura não proporcione tanta amplidão para acomodar os ombros, caso três adultos viajem no assento traseiro.
Quanto ao espaço para as bagagens, o porta-malas de 373 litros não é dos mais espaçosos e fica atrás dos 415 litros do VW Nivus - contudo, o T-Cross tem um sistema que permite deixar o encosto mais reto, o que permite ampliar a capacidade do bagageiro para razoáveis 420 litros.
Vida a bordo: o VW T-Cross Highline traz acabamento interno com peças bem encaixadas e sem rebarbas, ainda que mantenha o plástico rígido na maior parte dos respectivos revestimentos.
Na linha 2025, teve a parte central do painel redesenhada, que, na versão de topo e também na intermediária Comfortline, ganhou um tecido que traz costuras aparentes, enquanto as portas também passaram a trazer material parecido.
Na configuração Highline, esse revestimento do painel imita fibra de carbono - pessoalmente, preferia o plástico brilhante e colorido do modelo anterior, por dar ao SUV um aspecto mais jovial. Questão de gosto.
A central multimídia agora fica em uma moldura que se projeta acima do painel, o que deu uma rejuvenescida no modelo, enquanto a posição de dirigir e os comandos estão bem posicionados - pena que, como anteriormente, a maior parte deles fique concentrada na tela de 10,1 polegadas tátil da VW Play.
Pelo menos, o ar-condicionado manteve ajustes físicos e independentes da multimídia e os controles mais usados permanecem fixos nas duas extremidades laterais da respectiva tela.
Também agrada a saída do ar-condicionado dedicada aos ocupantes do banco traseiro, que também contam com duas portas USB-C para recarga de dispositivos móveis.
Segurança: o T-Cross se destaca nesse quesito e foi avaliado com nota máxima em teste de colisão do instituto de segurança viária Latin NCAP.
Em todas as versões, sai da fábrica com seis airbags, além de freios a disco nas quatro rodas e assistente de partida em rampas.
A partir da configuração 200 TSI (R$ 142.990), a mais acessível da linha 2025 e posicionada acima da Sense, que ainda está na linha 2024, acrescenta ao pacote de itens de segurança alerta de colisão com frenagem automática de emergência, frenagem autônoma pós-colisão, faróis full-LED e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo.
Na versão de topo avaliada, é possível adicionar alerta de ponto cego, assistente ativo de manutenção de faixa, monitoramento "multivisão" por câmeras e assistente traseiro de saída de vaga em pacote opcional por R$ 3.490.
Desempenho: esse é um ponto alto do T-Cross, que não sofreu alterações na linha 2025. O motor 1.4 turbo flex, com seus 150 cv e 25,5 kgfm a partir de 1.500 rpm, tem respostas ágeis mesmo em baixas rotações e traz bom gerenciamento do câmbio automático de seis marchas. É um dos melhores conjuntos mecânicos, senão o melhor, da sua categoria.
O motor esperto, combinado com suspensões bem ajustadas, com equilíbrio entre conforto e estabilidade, e posição de dirigir mais baixa fácil de ajustar, fazem do SUV da Volkswagen um carro prazeroso e confiável de se dirigir.
Além de tudo isso, especialmente com gasolina, tem baixo consumo de combustível: com o derivado do petróleo no tanque, é possível obter médias superiores a 14 km/l na estrada - na cidade, dá para rodar mais de 11 km/l.
Equipamentos: vem de série com volante ajustável em altura e profundidade, banco do motorista com ajuste de altura, painel digital de 10,1 polegadas, central multimídia de 10,25 polegadas, alerta de colisão com frenagem automática de emergência e detecção de pedestres, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, chave presencial, sistema de som com seis alto-falantes, ar-condicionado digital com saídas traseiras, rodas de liga leve de 17 polegadas, carregamento de celular por indução, banco traseiro bipartido com encosto reclinável, apoio de braço dianteiro, start-stop, sensores de estacionamento dianteiro, sensores de chuva e crepuscular, seletor de modos de condução, retrovisor eletrocrômico e faróis de LED.
Dá para incrementar ainda mais o T-Cross Highline com teto solar panorâmico (R$ 7.630), pacote adicional de equipamentos de assistência à condução (R$ 3.490), pacote de acabamento escurecido (R$ 2.6 mil) e pintura especial, que elevam o preço final a R$ 191.190 e deixam o SUV compacto mais caro do que o utilitário esportivo médio VW Taos na versão Comfortline, que tem preço sugerido a partir de R$ 186.990.
A título de comparação, o Hundai Creta Ultimate completo. com teto solar e motor 2.0 aspirado, sai por R$ 187.890.
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Volkswagen T-Cross Highline 2025
Preço
R$ 175.990 (inicial)4,0
4,0
4,0
4,0
5,0
Pontos Positivos
- Equipamentos e segurança
- Espaço interno
- Posição de dirigir
- Chassi bem acertado
Pontos Negativos
- Preço
Veredito
Na linha 2025, o Volkswagen T-Cross continua sendo o melhor SUV compacto na sua faixa de preço, ao lado do Hyundai Creta. Não por acaso, a dupla é a mais vendida da respectiva categoria. Na primeira reestilização desde o seu lançamento, em 2019, ficou mais equipado e melhorou (um pouco) aspectos em que deveria melhorar, como o acabamento interno. Mesmo assim, ainda fica atrás nesse e em alguns outros quesitos em relação ao modelo vendido na Europa. Ainda é caro, mas não fica muito distante das versões correspondentes do Creta, e mantém as qualidades que o tornaram um sucesso: chassi equilibrado entre conforto e estabilidade, boa posição de dirigir e desempenho melhor ainda. Na configuração Highline, traz pacote generoso de equipamentos e é um dos modelos mais seguros do segmento.
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Motorização
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1.4, 4 cilindros, turbo, injeção direta
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Combustível
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Gasolina e etanol
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Potência (cv)
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150 cv a 5.00 rpm
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Torque (kgf.m)
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25,5 kgfm a 1.500 rpm
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
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8,6 segundos
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Velocidade máxima (km/h)
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202 km/h
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Consumo cidade (km/l)
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8,1 km/l (etanol) / 11,6 km/l (gasolina)
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Consumo estrada (km/l)
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10,1 km/l (etanol) / 14,3 km/l (gasolina)
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Câmbio
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Automático, 6 marchas
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Tração
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Dianteira
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Direção
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Elétrica
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Suspensão Dianteira
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Independente, McPherson
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Suspensão Traseira
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Eixo de torção
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Freios Dianteiros
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Discos ventilados
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Freios Traseiros
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Discos
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Pneus
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205/55 R17
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Rodas
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17 polegadas
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Altura (mm)
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1.575 mm
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Comprimento (mm)
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4.218 mm
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Entre-eixos (mm)
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2.651 mm
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Largura (mm)
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1.760 mm
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
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1.305 kg em ordem de marcha
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Porta-malas (L)
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373 a 420 litros
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Tanque (L)
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49 litros
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10.000 km
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R$ 0
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20.000 km
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R$ 0
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30.000 km
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R$ 0
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40.000 km
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R$ 1727,43
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50.000 km
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R$ 767,42
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60.000 km
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R$ 862,22
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Airbags do tipo Cortina
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Piloto Automático
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Banco de Couro
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Desembaçador Traseiro
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Teto Solar
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Computador de Bordo
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Acendimento automático dos faróis
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Faróis de neblina
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Alerta de permanência em faixa
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Sensor de pressão dos pneus
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Sensor de pontos cegos
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Alerta de colisão
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Faróis com regulagem de altura
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Bloqueio do diferencial
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Sistema de estacionamento autônomo
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