VW T-Cross 2025: Volkswagen mexe (pouco) em time que está ganhando
SUV mais vendido do Brasil, o T-Cross é um dos maiores acertos da Volkswagen e, no acumulado de janeiro a junho deste ano, acumula pouco mais do que 31,5 mil emplacamentos.
Esse número faz do utilitário esportivo compacto o sexto carro em volume geral de vendas no período, independentemente do tipo de carroceria,
Agora, o modelo da marca alemã acaba de receber uma série de atualizações, sobretudo visuais, para manter o ritmo e a preferência dos consumidores, na maior atualização desde o seu lançamento, há cerca de cinco anos.
Muitos esperavam e alguns previam que essa reestilização deixaria o T-Cross fabricado em São José dos Pinhais idêntico ao modelo europeu, que tem melhor acabamento interno e parte superior do painel emborrachada.
Não foi bem o que aconteceu, mas várias das novidades foram trazidas, de fato, do carro comercializado na Europa.
Enquanto isso, a VW não mexeu na parte mecânica, mantendo inalterados os eficientes e espertos motores 1.0 e 1.4 turbo flex, sempre conectados à transmissão automática de seis velocidades.
Confira a seguir a avaliação de UOL Carros da versão topo de linha Highline, equipada com todos os opcionais e que, nessa configuração, já ultrapassa a barreira dos R$ 190 mil e fica em uma faixa ocupada por SUVs maiores.
Saiba se as mudanças promovidas pela Volks serão suficientes para manter o T-Cross como um sucesso de vendas.
Desvendando o VW T-Cross Highline 2025
Design: a reestilização do T-Cross não mexeu muito no visual externo, embora tenha sido suficiente para dar uma renovada no SUV lançado em 2019. Os faróis full-LED são novos, bem como a grade dianteira e os para-choques frontal e traseiro.
Os faróis, agora, contam com luzes de condução diurna e setas integradas, enquanto as extremidades do para-choque dianteiro ganharam apliques que imitam entradas de ar com formato triangular. A alteração ajuda a diferenciar bastante do modelo "antigo", embora a grade não tenha o filete central iluminado como no T-Cross europeu e também no Taos e no Tiguan vendidos aqui.
A traseira não recebeu alteração no formato das lanternas (iluminadas por LEDs), mas o arranjo interno das luzes é novo. Embora não seja tão sofisticado quando do T-Cross vendido na Europa, ficou muito bom.
Mas o que realmente chama a atenção na linha 2025 do SUV compacto é a barra que une as lanternas de trás, que, finalmente, passou a ser iluminada. Esse diferencial deixou a aparência consideravelmente mais sofisticada.
Quanto às mudanças internas, confira mais abaixo o item "Vida a bordo".
Espaço interno: com os mesmos 2,65 m de distância entre-eixos do sedã Virtus, o T-Cross é referência em sua categoria no que se refere no espaço para as pernas no banco de trás.
Até ocupantes mais altos conseguem esticar bem as pernas ali, embora a carroceria com 1,76 m de largura não proporcione tanta amplidão para acomodar os ombros, caso três adultos viajem no assento traseiro.
Quanto ao espaço para as bagagens, o porta-malas de 373 litros não é dos mais espaçosos e fica atrás dos 415 litros do VW Nivus - contudo, o T-Cross tem um sistema que permite deixar o encosto mais reto, o que permite ampliar a capacidade do bagageiro para razoáveis 420 litros.
Vida a bordo: o VW T-Cross Highline traz acabamento interno com peças bem encaixadas e sem rebarbas, ainda que mantenha o plástico rígido na maior parte dos respectivos revestimentos.
Na linha 2025, teve a parte central do painel redesenhada, que, na versão de topo e também na intermediária Comfortline, ganhou um tecido que traz costuras aparentes, enquanto as portas também passaram a trazer material parecido.
Na configuração Highline, esse revestimento do painel imita fibra de carbono - pessoalmente, preferia o plástico brilhante e colorido do modelo anterior, por dar ao SUV um aspecto mais jovial. Questão de gosto.
A central multimídia agora fica em uma moldura que se projeta acima do painel, o que deu uma rejuvenescida no modelo, enquanto a posição de dirigir e os comandos estão bem posicionados - pena que, como anteriormente, a maior parte deles fique concentrada na tela de 10,1 polegadas tátil da VW Play.
Pelo menos, o ar-condicionado manteve ajustes físicos e independentes da multimídia e os controles mais usados permanecem fixos nas duas extremidades laterais da respectiva tela.
Também agrada a saída do ar-condicionado dedicada aos ocupantes do banco traseiro, que também contam com duas portas USB-C para recarga de dispositivos móveis.
Segurança: o T-Cross se destaca nesse quesito e foi avaliado com nota máxima em teste de colisão do instituto de segurança viária Latin NCAP.
Em todas as versões, sai da fábrica com seis airbags, além de freios a disco nas quatro rodas e assistente de partida em rampas.
A partir da configuração 200 TSI (R$ 142.990), a mais acessível da linha 2025 e posicionada acima da Sense, que ainda está na linha 2024, acrescenta ao pacote de itens de segurança alerta de colisão com frenagem automática de emergência, frenagem autônoma pós-colisão, faróis full-LED e controle de velocidade de cruzeiro adaptativo.
Na versão de topo avaliada, é possível adicionar alerta de ponto cego, assistente ativo de manutenção de faixa, monitoramento "multivisão" por câmeras e assistente traseiro de saída de vaga em pacote opcional por R$ 3.490.
Desempenho: esse é um ponto alto do T-Cross, que não sofreu alterações na linha 2025. O motor 1.4 turbo flex, com seus 150 cv e 25,5 kgfm a partir de 1.500 rpm, tem respostas ágeis mesmo em baixas rotações e traz bom gerenciamento do câmbio automático de seis marchas. É um dos melhores conjuntos mecânicos, senão o melhor, da sua categoria.
O motor esperto, combinado com suspensões bem ajustadas, com equilíbrio entre conforto e estabilidade, e posição de dirigir mais baixa fácil de ajustar, fazem do SUV da Volkswagen um carro prazeroso e confiável de se dirigir.
Além de tudo isso, especialmente com gasolina, tem baixo consumo de combustível: com o derivado do petróleo no tanque, é possível obter médias superiores a 14 km/l na estrada - na cidade, dá para rodar mais de 11 km/l.
Equipamentos: vem de série com volante ajustável em altura e profundidade, banco do motorista com ajuste de altura, painel digital de 10,1 polegadas, central multimídia de 10,25 polegadas, alerta de colisão com frenagem automática de emergência e detecção de pedestres, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, chave presencial, sistema de som com seis alto-falantes, ar-condicionado digital com saídas traseiras, rodas de liga leve de 17 polegadas, carregamento de celular por indução, banco traseiro bipartido com encosto reclinável, apoio de braço dianteiro, start-stop, sensores de estacionamento dianteiro, sensores de chuva e crepuscular, seletor de modos de condução, retrovisor eletrocrômico e faróis de LED.
Dá para incrementar ainda mais o T-Cross Highline com teto solar panorâmico (R$ 7.630), pacote adicional de equipamentos de assistência à condução (R$ 3.490), pacote de acabamento escurecido (R$ 2.6 mil) e pintura especial, que elevam o preço final a R$ 191.190 e deixam o SUV compacto mais caro do que o utilitário esportivo médio VW Taos na versão Comfortline, que tem preço sugerido a partir de R$ 186.990.
A título de comparação, o Hundai Creta Ultimate completo. com teto solar e motor 2.0 aspirado, sai por R$ 187.890.
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Volkswagen T-Cross Highline 2025
Preço
R$ 175.990 (inicial)Pontos Positivos
- Equipamentos e segurança
- Espaço interno
- Posição de dirigir
- Chassi bem acertado
Pontos Negativos
- Preço
Veredito
Na linha 2025, o Volkswagen T-Cross continua sendo o melhor SUV compacto na sua faixa de preço, ao lado do Hyundai Creta. Não por acaso, a dupla é a mais vendida da respectiva categoria. Na primeira reestilização desde o seu lançamento, em 2019, ficou mais equipado e melhorou (um pouco) aspectos em que deveria melhorar, como o acabamento interno. Mesmo assim, ainda fica atrás nesse e em alguns outros quesitos em relação ao modelo vendido na Europa. Ainda é caro, mas não fica muito distante das versões correspondentes do Creta, e mantém as qualidades que o tornaram um sucesso: chassi equilibrado entre conforto e estabilidade, boa posição de dirigir e desempenho melhor ainda. Na configuração Highline, traz pacote generoso de equipamentos e é um dos modelos mais seguros do segmento.
Motorização
1.4, 4 cilindros, turbo, injeção direta
Combustível
Gasolina e etanol
Potência (cv)
150 cv a 5.00 rpm
Torque (kgf.m)
25,5 kgfm a 1.500 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
8,6 segundos
Velocidade máxima (km/h)
202 km/h
Consumo cidade (km/l)
8,1 km/l (etanol) / 11,6 km/l (gasolina)
Consumo estrada (km/l)
10,1 km/l (etanol) / 14,3 km/l (gasolina)
Câmbio
Automático, 6 marchas
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Suspensão Traseira
Eixo de torção
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Discos
Pneus
205/55 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1.575 mm
Comprimento (mm)
4.218 mm
Entre-eixos (mm)
2.651 mm
Largura (mm)
1.760 mm
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.305 kg em ordem de marcha
Porta-malas (L)
373 a 420 litros
Tanque (L)
49 litros
10.000 km
R$ 0
20.000 km
R$ 0
30.000 km
R$ 0
40.000 km
R$ 1727,43
50.000 km
R$ 767,42
60.000 km
R$ 862,22
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Alerta de colisão
Faróis com regulagem de altura
Bloqueio do diferencial
Sistema de estacionamento autônomo
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