'Mico' ou injustiçado? Avaliamos versão do T-Cross que quase ninguém compra
Resumo da notícia
- Versão 200 TSI custa R$ 94.590 e é a menos vendida da gama
- T-Cross é movido por motor 1.0 turbo de até 128 cv com etanol
- SUV empolga pelo desempenho, mas peca em acabamento simples
É 'chover no molhado' dizer que o Volkswagen T-Cross é um sucesso. Responsável pela entrada da marca alemã no segmento dos SUVs no Brasil, conquistou o consumidor e se tornou o líder de vendas entre os utilitários esportivos no país em 2020.
Há, porém, uma versão que passa longe do público na hora de escolher um SUV para levar para casa. Com o consumidor preferindo cada vez mais os modelos automáticos, o T-Cross 200 TSI, com câmbio manual, é o carro que quase ninguém compra.
Os números deixam isso bem claro. De acordo com dados da Jato Consultoria, a versão 200 TSI foi responsável por apenas 160 dos 47.130 emplacamentos do T-Cross entre janeiro e outubro de 2020.
Mas qual será o motivo principal disso? Ou melhor ainda: será que o consumidor não está sendo injusto com o T-Cross 200 TSI? Descubra as respostas a partir de agora na avaliação de UOL Carros.
VW T-Cross 200 TSI
Preço
R$ 94.5904,0
Bons números de consumo fazem o SUV ter autonomia mais do que suficiente no dia-a-dia
5,0
Se o motor 1.0 turbo agrada nas arrancadas e retomadas, o câmbio manual faz o conjunto ficar ainda melhor
4,0
O estilo perde parte do encanto com a grade frontal preta e as rodas menores, mas continua atraente
4,0
Pacote interessante inclui nova central VW Play e desliza apenas na quantidade de itens de segurança
5,0
A vida é boa para quem viaja no banco de trás, já que o espaço para pernas é muito generoso
5,0
Assim como as versões mais caras, o T-Cross isenta o comprador de pagar as três primeiras revisões
4,0
Fora os itens obrigatórios por lei, o T-Cross vem com airbags laterais e do tipo cortina, assistente de partida em rampas, ESP e controle de tração
Pontos Positivos
- Desempenho
- Consumo
Pontos Negativos
- Preço
- Acabamento interno
Veredito
O T-Cross 200 TSI é uma versão para um público muito específico: compradores de SUVs que não ligam para câmbio automático. Se você é um deles, vale a pena olhar com carinho para esta versão - até porque ela custa R$ 21.160 a menos que a automática mais em conta. De quebra você leva um carro muito esperto nas arrancadas e uma transmissão com engates extremamente suaves. Esteja ciente apenas de que o acabamento interno é bem simples, embora o amplo espaço interno compense essa falha.
Versões disponíveis
O design do T-Cross perde parte do seu encanto na versão 200 TSI.
Apesar de não parecer um carro "básico", uma vez que não traz calotas ou partes do carro sem pintura (como maçanetas e capas dos espelhos retrovisores), ele vem com uma grade frontal preta sem acabamento brilhante ou apliques cromados. Outro detalhe que entrega a "origem humilde" do SUV é as rodas de liga leve de 16 polegadas mais simples.
Mesmo assim, o SUV preserva o aspecto imponente que cativou tanta gente.
Por dentro, o acabamento peca pela simplicidade excessiva: além de não vir com os apliques na parte superior do painel, ele abusa do plástico duro por todos os lados. A impressão é de estar a bordo de um carro popular da Volkswagen, como um Gol.
Felizmente o espaço interno é bastante generoso, inclusive no banco de trás. Isso porque a distância entre eixos de 2,65 metros é a mesma do Virtus, com quem o T-Cross compartilha plataforma.
O bom motor 1.0 turbo dá conta do recado com sobras no T-Cross. Com 128 cv e 20,4 kgfm quando movido a etanol, o SUV entrega acelerações rápidas e retomadas ágeis.
Somente em baixa rotação é que o conjunto perde um pouco de fôlego, especialmente em situações como saídas de lombada e reduções em subidas mais íngrimes.
Mesmo assim, quem gosta de carro com câmbio manual não vai se queixar da caixa de seis velocidades, famosa pelos engates fáceis e curtos. A embreagem é um pouco pesada, podendo cansar o motorista em longos trechos de congestionamento.
A direção é bastante direta e tem uma calibragem mais pesada, seguindo o padrão dos demais modelos da Volkswagen. Nas curvas, o T-Cross agrada pelo comportamento bastante seguro e previsível. Pouco se nota a carroceria rolar, algo que costuma ocorrer nos SUVs por conta do centro de gravidade mais elevado.
Números de consumo informados pela fabricante são de 8,5 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada com etanol no tanque. Caso o combustível seja gasolina, as marcas são de 12,2 km/l e 14,5 km/l.
Apesar de ser a versão de entrada, o T-Cross 200 TSI entrega um bom pacote de itens de série.
O carro traz central multimídia VW Play com tela de 10,1 polegadas, bloqueio eletrônico do diferencial, sistema de frenagem autônoma pós-colisão, faróis de neblina com luzes de conversão estáticas, lanternas em LED, sensor crepuscular e rodas de liga leve de 16 polegadas.
Traz ainda sensores de estacionamento traseiros, vidros elétricos nas quatro portas, banco do motorista com regulagem de altura, duas tomadas 12V e sensor de pressão dos pneus.
Vale a pena encomendá-lo com o pacote opcional Interactive III (R$ 1.080), que acrescenta câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e sistema de som com 4 alto-falantes e 2 tweeters.
Assim como as demais versões, o T-Cross 200 TSI traz o programa de revisões gratuitas. Portanto, o proprietário está isento de pagar pelas três primeiras manutenções - algo que pode contar pontos preciosos na decisão de compra.
Quanto à segurança, sem contar os itens obrigatórios por lei, o modelo de entrada traz airbags laterais e do tipo cortina, controles de estabilidade e de tração, frenagem autônoma pós-colisão, bloqueio do diferencial e assistência de partida em rampas. Bem-vindas seriam as assistências de condução presentes no Nivus Highline - ao menos como opcional.
A baixa demanda por SUVs compactos com câmbio manual reduz também a oferta de concorrentes.
A Chevrolet oferece o Tracker 1.0 a partir de R$ 89.690. Além do valor mais atraente, o modelo sai de fábrica com 6 airbags (contra apenas dois do T-Cross), controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas. O motor 1.0 turbinado entrega até 116 cv.
Já o Hyundai Creta Attitude é ainda mais barato: R$ 76.990. Assim como o rival da VW, ele vem com rodas de 16 polegadas e airbag duplo.
Só que ele custa menos justamente por dispensar itens como sensores de estacionamento traseiros, acendimento automático dos faróis e até os controles de estabilidade e de tração. O motor é o conhecido 1.6 16V de até 130 cv.
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Motorização
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1.0, 12V, injeção direta, turbo
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Combustível
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Etanol / Gasolina
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Potência (cv)
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128 / 116
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Torque (kgf.m)
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20,4
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Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
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9,6 s / 10 s
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Velocidade máxima (km/h)
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189 km/h / 183 km/h
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Consumo cidade (km/l)
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8,5 km/l / 10,1 km/l
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Consumo estrada (km/l)
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12,2 km/l / 14,5 km/l
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Câmbio
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Manual de 6 marchas
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Tração
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Dianteira
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Direção
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Elétrica
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Suspensão Dianteira
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Independente, McPherson
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Suspensão Traseira
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Eixo de torção
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Freios Dianteiros
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Discos ventilados
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Freios Traseiros
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Discos
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Pneus
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205/60 R16
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Rodas
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16 polegadas
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Altura (mm)
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1.568
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Comprimento (mm)
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4.199
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Entre-eixos (mm)
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2.651
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Largura (mm)
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1760
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Ocupantes
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5
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Peso (kg)
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1.226 kg
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Porta-malas (L)
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373 l a 420 l
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Tanque (L)
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52 l
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10.000 km
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Gratuita
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20.000 km
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Gratuita
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30.000 km
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Gratuita
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40.000 km
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R$ 1.027,18
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50.000 km
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R$ 1.027,18
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60.000 km
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R$ 517,80
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Seguro
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R$ 2.100 (média)
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Garantia
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3 anos
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Airbags Motorista
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Airbags Passageiro
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Airbags Laterais
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Airbags do tipo Cortina
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Controle de Estabilidade
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Controle de Tração
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Freios ABS
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Distribuição Eletrônica de Frenagem
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Ar-Condicionado
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Travas Elétricas
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Ar Quente
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Volante com Regulagem de Altura
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Vidros Elétricos Dianteiros
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Vidros Elétricos Traseiros
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Central Multimídia
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Rádio FM/AM
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Entrada USB
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Banco do motorista com ajuste de altura
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Desembaçador Traseiro
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Computador de Bordo
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Acendimento automático dos faróis
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Faróis de neblina
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Sensor de pressão dos pneus
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Bloqueio do diferencial
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