Depois de dois anos longe do Brasil, o Volkswagen Tiguan Allspace volta ao país com novo visual e novidades mecânicas e de equipamentos. Importado do México, como o modelo anterior, o SUV de sete lugares é vendido exclusivamente na versão R-Line, com preço sugerido de R$ 278.990 e equipada com motor 2.0 turbo a gasolina - o único opcional é o teto solar panorâmico, que acrescenta R$ 10 mil ao preço final.

A principal mudança está no capô: para atender as novas normas de emissões, o motor 2.0 foi recalibrado e sua potência diminuiu dos 220 cv anteriores para 186 cv. O torque, por sua vez, era de 35,7 kgfm e agora é de 30 kgfm.

A tração, que era integral, passou a ser apenas dianteira, enquanto o câmbio, que era de dupla embreagem com sete marchas, foi substituído pela transmissão automática convencional, com conversor de torque e oito velocidades.

O UOL Carros teve a chance de testar a nova geração do SUV da marca alemã e conta todos os detalhes abaixo.

Desvendando o VW Tiguan Allspace 2024

Design: A novidade mais perceptível está na dianteira, que exibe novos faróis full-LED que ganharam prolongamento nas extremidades e um avançado sistema que ajusta automaticamente a luz alta para não ofuscar motoristas no sentido contrário. Agora com barra iluminada, a grade dianteira também foi redesenhada, bem como o para-choque frontal. Adoção de mais itens cromados no acabamento externo passa uma impressão mais premium do novo Tiguan na comparação com seu antecessor.

Vida a bordo: SUV é bastante espaçoso, em especial na segunda fileira de bancos, e traz comodidades como ar-condicionado de três zonas e volante aquecido. Suspensões têm equilíbrio entre estabilidade e conforto, enquanto a segurança é reforçada com seis airbags, frenagem automática pós-colisão, frenagem de manobra, assistente de partida em rampa, controle de pressão dos pneus e bloqueio eletrônico de diferencial.

Desempenho: com a nova calibragem, não tem mais a dose extra de empolgação na hora de acelerar, mas está (muito) longe de ser um automóvel "amarrado" e sem fôlego. Pelo contrário: tem desempenho de sobra e chassi muito equilibrado, mantendo sua vocação mais esportiva. As suspensões independentes reforçam essa impressão de agilidade, bem como o competente câmbio automático de oito marchas com conversor de torque - que não é rápido quanto a transmissão de dupla embreagem do modelo anterior.

Consumo: graças à nova calibragem do motor e à adoção do câmbio automático com oito velocidades, além da retirada da tração integral, o consumo de combustível ficou mais baixo e o bolso agradece. As médias oficiais de 9 km/l na cidade e de 11,3 km/l na estrada são boas para um veículo que pesa quase 1,8 tonelada.

Itens de série: destacam-se itens como banco do motorista com ventilação, memória e ajustes elétricos, o painel digital de 10,25 polegadas, a central multimídia de oito polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, os assistentes à condução, como o sistema de manutenção de faixa e o controle de velocidade adaptativo com função para e anda, e o ar-condicionado digital com três zonas de temperatura.