VW Virtus GTS: sedã tem estilo atraente, bom desempenho e preço salgado
Resumo da notícia
- Versão esportiva do Virtus tem bom desempenho, mas custa caro
- Carro sai por R$ 107.990 e passa de R$ 111 mil com todos os opcionais
- Sedã tem motor 1.4 turbo de 150 cv e suspensão com ajuste exclusivo
Os fãs de esportivos nacionais entraram em polvorosa quando a Volkswagen anunciou a volta da sigla GTS. E foi logo em dose dupla: Polo e Virtus ganharam versões esportivas no começo deste ano.
É verdade que uma parcela dos entusiastas se decepcionou com algumas decisões da marca, como a de não oferecer câmbio manual nem uma suspensão mais rebaixada, características tão apreciadas por quem realmente é apaixonado por carros de alto desempenho.
Mesmo assim, a decisão de trazer uma versão esportiva nacional, sobretudo no segmento de sedãs compactos, causou surpresa. A gente já sabe que o Polo GTS anda bem, mas como será que o Virtus se comporta? Se você também tem essa dúvida, descubra com a gente.
Volswagen Virtus GTS
Preço
R$ 107.990Pontos Positivos
- Design
- Desempenho
Pontos Negativos
- Segurança
- Acabamento interno
Veredito
O Virtus GTS é feito para um público específico e é por isso que vende pouco. Mas existe outro motivo para que o sedã não seja tão fácil de ser visto nas ruas: o preço. Por R$ 108 mil é possível levar um sedã médio, como o próprio Jetta, que pode ser encontrado com desconto nas concessionárias. Além disso, quem compra um carro esportivo costuma preferir hatches como o Polo, fazendo do Virtus um modelo ainda mais de nicho. Mesmo assim, se você está disposto a pagar caro por ele, não vai se arrepender. Até porque diversão ele entrega de sobra.
Lançado em 2018, o Virtus traz linhas modernas que ficaram bem atraentes com a roupagem esportiva da linha GTS. Além dos belos faróis full led com filetes vermelhos (idênticos aos do Polo GTI), o carro traz grade frontal exclusiva, para-choques mais agressivos e um charmoso detalhe acima do para-lama frontal com o logotipo da versão.
As rodas de 17 polegadas lembram as do Golf GTI e devem ganhar a companhia de um conjunto de 18 polegadas, idêntico ao que equipava os conceitos exibidos no último Salão do Automóvel de SP.
Internamente, as exclusividades estão no volante de três raios com base achatada e logotipo GTS e nos confortáveis bancos do tipo concha, que trazem encostos de cabeça incorporados ao assento e um revestimento inspirado no antigo Gol GT.
Há ainda costuras aparentes na cor vermelha no volante e na coifa do câmbio. Assim como outros modelos da VW (inclusive mais caros), o Virtus peca pelo uso excessivo de plástico duro, especialmente nas portas.
Por conta da boa distância entre eixos de 2,65 metros, o Virtus oferece bom espaço traseiro para pernas e joelhos. A curvatura do teto não chega a atrapalhar pessoas mais altas e o porta-malas de 521 litros está entre os maiores da categoria.
Não pense que a VW apenas "transplantou" motor e câmbio do T-Cross para o Virtus GTS. A empresa afirma que central eletrônica do motor e transmissão receberam calibragens exclusivas.
A suspensão também foi recalibrada, embora sua altura tenha sido preservada para não prejudicar o conforto. Parece estranho (e realmente é) ver um esportivo tão alto, mas na prática a diferença é nula. Com a vantagem de ser um esportivo perfeitamente utilizável na buraqueira do dia-a-dia.
Isso porque várias partes do carro, como molas, amortecedores, barra estabilizadora e eixo de torção traseiro, receberam ajustes específicos para tornar a condução mais responsiva e prazerosa.
No fim das contas, a receita se mostra acertada. O motor 1.4 TSI rende até 150 cv e 25,5 kgfm quando abastecido com etanol. Entrega respostas ágeis e consegue emocionar o motorista. A caixa de seis marchas trabalha de forma entrosada com o motor e entende rapidamente o que deve fazer - mais do que nas versões com motor 1.0 TSI.
Até mesmo o modo de emulador de ronco (que é realizado por meio de uma membrana posicionada entre a parede corta-fogo e o painel) que acompanha as rotações do motor cumpre bem seu papel. O comportamento dinâmico honra o bom histórico da VW: a carroceria rola muito pouco e o carro contorna as curvas com competência.
É bom também recorrer ao seletor de modos de condução, inclusive no modo Sport, em que a direção fica sensivelmente mais pesada. Entretanto, mesmo se a escolha for pelo modo Eco, o Virtus GTS diverte quem está ao volante.
O consumo agrada bastante - pelo menos quando movido a gasolina. Durante nossa avaliação, que incluiu trechos urbanos e uma rápida viagem de quase 100 quilômetros até o interior de São Paulo, conseguimos média de 14 km/l.
Por custar R$ 107.990, o Virtus GTS traz tudo que há de melhor na gama.
Por isso leia-se assistente de partida em rampas, bloqueio do diferencial traseiro, faróis full LED, controles de estabilidade e de tração, painel digital com grafismos na cor vermelha, seletor de modos de condução, central multimídia com tela de oito polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay, sistema de navegação por satélite (GPS), sensor de fadiga, ar-condicionado digital, direção elétrica, volante multifuncional com paddle shifts, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão e piloto automático.
Opcionalmente, o Virtus GTS pode vir com pintura metálica (R$ 1.585) e sistema de som Beats (R$ 2.200), que elevam a conta para R$ 111.775.
Apesar de bem equipado, Polo e Virtus cometem um erro grave na segurança ao não trazerem airbags do tipo cortina. Atualmente, até modelos mais baratos (como o Chevrolet Onix) já oferecem seis bolsas infláveis de fábrica em todas as versões. Pelo menos as versões GTS são vendidas com o sensor de fadiga, que recomenda uma pausa quando identifica que o motorista está cansado.
De resto, o esportivo oferece o "pacote essencial" para um modelo deste valor, incluindo controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampas.
Ponto positivo é que, assim como outros modelos da marca, o Virtus GTS traz as primeiras três revisões grátis. Quanto ao custo do seguro, vale a pena pesquisar bem, uma vez que as apólices de esportivos costumam ser mais caras.
Sem concorrentes diretos no segmento, a versão esportiva do Virtus acaba dividindo atenção com modelos de outras categorias.
Dentro da VW, o Jetta 250 TSI (R$ 99.990) surge como alternativa maior, mais barata e com o mesmo conjunto motor/câmbio, porém menos equipada. Outro sedã médio e com motorização turbo é o Chevrolet Cruze LT (R$ 105.290).
E é sempre bom lembrar de Toyota Corolla GLi (R$ 107.990) e Honda Civic LX (R$ 102.200), ambos mais baratos do que o Virtus GTS.
Motorização
1.4, 16V, 4 cilindros em linha, flex
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
150
Torque (kgf.m)
25,5
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
8,7
Velocidade máxima (km/h)
210
Consumo cidade (km/l)
7,5 / 11
Consumo estrada (km/l)
9,6 / 13,7
Câmbio
automático de 6 marchas
Tração
dianteira
Direção
elétrica
Suspensão Dianteira
independente, McPherson
Suspensão Traseira
eixo de torção
Freios Dianteiros
discos ventilados
Freios Traseiros
discos sólidos
Pneus
205/50 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1476
Comprimento (mm)
4492
Entre-eixos (mm)
2649
Largura (mm)
1751
Ocupantes
5
Peso (kg)
1255
Porta-malas (L)
521
Tanque (L)
52
10.000 km
grátis
20.000 km
grátis
30.000 km
grátis
40.000 km
R$ 1.064,10
50.000 km
R$ 500,80
60.000 km
R$ 639,60
Seguro
R$ 3.200 (média)
Garantia
3 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Abertura elétrica do porta-malas
Bloqueio do diferencial
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