Medidas preventivas no transporte público são insuficientes contra pandemia
A flexibilização do transporte público em todo Brasil tem levantado inúmeras reflexões sobre o aumento na taxa de transmissão pelo Covid-19. As opiniões se dividem entre os que acham que a reabertura aumenta o risco de contaminação e os que acreditam que a elevação das taxas de transmissibilidade não tem relação direta com o aumento de passageiros.
Aos poucos estamos voltando ao que se tem chamado de "novo normal", que seria a retomada das atividades rotineiras com a adoção de novos modos de prevenção, que inclui a utilização de máscaras nos ambientes públicos e privados, higienização de mãos, objetos e do espaço, evitar aglomeração e o contato com pessoas contaminadas - lembrando que ficar em casa ainda é a forma mais segura de não se contaminar.
No entanto, os modos de prevenção não devem ser somente aderidos pelas pessoas. Os comércio, instituições, transporte, a cidade em si deve se reconfigurar para atender às novas demandas, criando mecanismos que gerem segurança e possibilite a adequação do indivíduo aos novos modos de vida em sociedade, influenciando os mesmos a prevenir-se e colaborar na não disseminação do coronavírus
Nesta semana, o governo do estado na Bahia retomou a circulação dos transportes intermunicipais. A liberação dos ônibus virá junto com medidas como testagem periódicas dos funcionários, venda de 50% das passagens, comercialização de passagens antecipadas online e proibição da entrada de passageiro sem máscara nos terminais e nos veículos.
As novas regras aplicadas podem contribuir, mas parecem medidas insuficientes frente ao risco de contaminação que o vírus apresenta. Com um pouco mais, medidas eficazes poderiam ser adotadas, tais como instalação de sistema de ventilação mais adequado que contribuam na circulação do ar nos transporte coletivos, vias exclusivas para ônibus de maneira a reduzir o tempo de viagem e permanência do passageiro dentro do coletivo, aferição de temperatura ao entrar nos veículos.
Precisamos que políticas estruturais mais contundentes sejam criadas e viabilizadas na conscientização, no amparo e na segurança da população. A pandemia qual vivenciamos é uma questão de saúde pública e cabe fundamentalmente ao estado garantir nossos direitos que são constitucionais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.