Novo EcoSport chega até junho e terá motor Sigma 1.6 antes do Ecoboost
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O ano começou agitado e promete muitas atrações, entre elas pelo menos 25 modelos inteiramente novos -- nacionais e importados -- que se somarão a reestilizações, novas versões e motorizações, totalizando no mínimo 40 lançamentos. Inusitadamente, a Ford fez uma pré-apresentação em Brasília do novo EcoSport, em ação simultânea com a filial da Índia. Esta aproveitou o Salão do Automóvel de Nova Déli para revelar o novo produto, a ser vendido em 100 países, inclusive exportado do Brasil para América Latina. Além da Índia, Espanha e China estão no mapa de produção.
Bastante diferente do EcoSport atual, impõe linhas atraentes, modernas e ênfase aerodinâmica até nos racks de teto. Conserva o estepe fixado na porta do compartimento de bagagem, mas esteticamente talvez ficasse melhor sem ele. O Brasil será o primeiro país a comercializá-lo. A coluna aposta que chegará no segundo trimestre, em maio ou, no máximo, junho próximos. Até lá, a Ford terá campanhas agressivas de bônus para se contrapor ao Renault Duster, além de confiar na expectativa criada por essa prévia.
O novo modelo tem sua base criativa no centro de desenvolvimento de Camaçari (BA) e, portanto, o país não podia ficar de fora do evento, que se repetirá em abril no Salão de Xangai, China. O protótipo mostrado na capital federal nada revelava do interior e, externamente, alguns detalhes continuavam “escondidos”, como os faróis que utilizavam lâmpadas de LEDs para simular luzes diurnas de sinalização. A Ford se fechou em copas sobre a estrutura mecânica, mas se sabe que a arquitetura é a mesma do novo Fiesta, hoje importado do México e a ser fabricado igualmente na Bahia.
A empresa desconversou sobre motores, embora na Índia fosse informado que utilizará o Ecoboost de três cilindros, 1 litro, turbocompressor, injeção direta e 120 cv. Aqui, certamente, virá com o Sigma de 4 cilindros, 1,6 litro, 116 cv, que já equipa o novo Fiesta e o Focus, pois o Ecoboost baiano ainda vai demorar 18 meses (também será usado, assim como o de 2 litros).
COM DESCONTO
Quanto ao mercado interno em 2012, as boas perspectivas continuam especialmente quando se esperam preços promocionais se generalizando. Em 2011 houve recorde de vendas (3,63 milhões, mais 3,4%) e de produção (3,41 milhões, mais 0,7%), pouco abaixo da previsão de crescimento de 5%. Os estoques recuaram de 35 dias, em novembro, para 30 dias, em dezembro. A Anfavea acredita que as vendas este ano subirão entre 4% e 5%.
Para ter ideia da competição pelo comprador, a chinesa JAC já oferece bônus de R$ 1.000 para o J3 e o J5, além de não repassar ao preço, nos próximos meses, o aumento do IPI que incide, provisoriamente, sobre todos os importados. Por aí, dá para imaginar a substanciosa vantagem cambial existente no Brasil para importar qualquer bem de consumo, particularmente automóveis. A Hyundai-Caoa até tentou, mas não conseguiu que a Justiça anulasse a elevação desse imposto interno, mesmo sob alegação de tratados da Organização Mundial do Comércio.
Ao longo de 2012, o governo deve amenizar as exigências para fabricantes se instalarem no Brasil. Isso inclui mais tempo para atingir índices de nacionalização
Siga o colunista: www.twitter.com/fernandocalmon
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VIVA O NOVO
Estatíticas confirmam a avidez do mercado brasileiro por novidades, segundo o consultor Francisco Trivellato. Entre os 100 veículos mais vendidos nos últimos três meses, os lançamentos ou aqueles que tiveram grandes mudanças entre 2010 e 2011 representaram 20% do total das vendas. Isso ocorre também em outros países, porém aqui o fenômeno é bem mais sensível.
CHINÊS FLEX
Chery lança o S-18, subcompacto com a tradicional fórmula de carro completo, por R$ 31.990,00. O hatch é 9 cm mais curto que o Mille e se destaca pelo desenho atual criado por um estúdio italiano. Trata-se do primeiro modelo chinês com motor flexível de 1,3 litro e 91 cv (etanol). Aumento de IPI influenciará muito pouco no preço, bem negociado com a matriz.
RADARES
Contran, na verdade, republicou toda a regulamentação já existente de radares apenas para dispensar a placa que obrigava o aviso de fiscalização. Pode ocorrer a proliferação de navegadores GPS que informam a localização dos tipos fixo (em postes) e estático (colocados sobre tripés, provisoriamente). Em ambos os casos, aliás, não devem ficar escondidos.
FERRO-VELHO
Sucateamento de veículos no Brasil já superou 1,1 milhão de unidades por ano. Na maioria, continuam constando como frota registrada, o que dificulta qualquer planejamento. O pior, no entanto, é a falta de fiscalização no desmonte do veículo e de vários componentes recicláveis como vidros, plásticos, borrachas e outros. Há controle apenas sobre pneus.
LIÇÃO
Mobilidade, Design e Tecnologia é a identificação do novo curso de extensão universitária que a Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), de São Paulo (SP), inicia no próximo mês de março. Quando tanto se cobra inovação e tecnologia da indústria, deveria receber mais divulgação. Mais informações, clique aqui.
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