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Onix, Kwid e Corolla líderes: veja quem se deu bem nas vendas do semestre

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

18/07/2018 10h20

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Colunista aponta quem vendeu mais em seu levantamento de 16 segmentos

O balanço de vendas por modelos do primeiro semestre traz novidades. O mercado brasileiro demonstra rápida mutação e assim a coluna reviu alguns critérios, embora mantendo 16 segmentos. Pela baixa procura as peruas foram desconsideradas nessa classificação.

Hatches médio-compactos também: os três principais modelos juntos só encontraram menos de 10.000 compradores nos primeiros seis meses de 2018.

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Já os sedãs vêm se diversificando no segmento de compactos, ainda de longe o mais importante com 52% das vendas totais. Distância entre-eixos, principal critério em nosso ranking técnico, tem levado vários sedãs compactos a se afastarem dos hatches de mesma arquitetura. Então, criou-se segmentação especial para aqueles, tanto para compactos quanto médio-compactos.

SUVs compactos continuam a avançar. Representam agora 13% do mercado brasileiro, sem incluir hatches convencionais “aventureiros” travestidos de utilitários esporte. Todos os segmentos de SUVs já respondem por 20% das vendas totais e, tudo indica, continuarão a avançar nos próximos anos graças aos lançamentos. Seguem tendência do que acontece até mesmo na Europa.

No período considerado, há novos vencedores. Conforme previsão da coluna em janeiro último, Kwid assumiu a liderança entre subcompactos. Mustang arrebatou facilmente a posição entre esportivos (usam componentes de modelos de alta produção), enquanto os Porsche 718 Boxster/Cayman voltaram a liderar entre os carros esporte verdadeiros. Mercedes Classe E superou BMW Série 5 por apenas 3 unidades (1 p.p. à frente).

Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.

+Subcompacto: Renault Kwid, 45%; Fiat Mobi, 38%; Volkswagen up!, 15%. Como previsto, Kwid.

+Hatch compacto: Chevrolet Onix, 24%; Hyundai HB20, 14%; Ford Ka, 13%; Volkswagen Polo, 9,3%; Volkswagen Gol, 8,9%; Fiat Argo, 8%; Renault Sandero, 7%; Volkswagen Fox, 5%; Toyota Etios, 3%; Ford Fiesta, 2,4%; Nissan March, 2%; Fiat Uno, 1,3%; Peugeot 208, 1%. Líder inconteste.

+Sedã compacto: Chevrolet Prisma, 19%; Ford Ka, 11%; Volkswagen Virtus, 10%; Hyundai HB20S, 9,2%; Volkswagen Voyage, 9,1%; Nissan Versa, 7,7%; Toyota Etios, 7,1%; Fiat Cronos, 6,6%; Renault Logan, 6%; Fiat Grand Siena, 5%; Chevrolet Cobalt, 4,9%; Honda City, 4%. Prisma com folga.

+Sedã médio-compacto: Toyota Corolla, 43%; Honda Civic, 20%; Chevrolet Cruze 15%; Ford Focus Fastback, 3,6%; Volkswagen Jetta, 3,5%; Citroën C4  Lounge, 3%; Nissan Sentra, 2,7%; Kia Cerato, 2,4%. Sem ameaças.

+Sedã médio-grande: Mercedes-Benz Classe C, 29%; Ford Fusion, 26%; BMW Séries 3/4, 21%. Classe C confirma.

+Sedã grande: Mercedes-Benz Classe E/CLS, 37%; BMW Série 5/6, 36%; Porsche Panamera, 16%. Reação do Classe E.

+Sedã de topo: Mercedes-Benz Classe S, 69%; BMW Série 7, 15%; Audi A8, Jaguar XJ e Lexus  LS500h, 4% cada. Empate triplo: 3º lugar.

+Esportivo: Ford Mustang, 79%; Audi TT, 12%; Mercedes-Benz SLC, 6%. Mustang vira rei.

+Esporte: Porsche 718 Boxster/Cayman, 46%; Porsche 911, 35%; Mercedes-AMG  GT, 5%. Domínio Porsche.

+SUV compacto: Honda HR-V, 16%; Nissan Kicks, 15%; Jeep Renegade, 14,8%. HR-V balança.

+SUV médio-compacto: Jeep Compass, 52%; Hyundai ix35/Tucson, 13%; Kia Sportage, 5%. Liderança consolidada.

+SUV médio-grande: Toyota SW4, 42%; Chevrolet Equinox, 16%; Land Rover Discovery Sport, 12%. SW4 tranquilo.

+SUV grande: Chevrolet Trailblazer, 28%; Mercedes-Benz GLC, 12%; Volvo XC90, 8%. Folga do líder diminuiu.

+Monovolume pequeno: Honda Fit/WR-V, 62%; Chevrolet Spin, 28%; Citroën C3  Aircross, 8%. Fit ainda avançou.

+Picape pequena: Fiat Strada, 49%; Volkswagen Saveiro, 33%; Renault Duster Oroch, 10%. Strada, dona do pedaço.

+Picape média: Fiat Toro, 31%; Toyota Hilux, 21%; Chevrolet S10, 18%. Toro viu e venceu.

Alta Roda

+Valorização do dólar trará impactos agora e nos próximos meses. Custos internos de produção subiram (há componentes importados em todos os modelos nacionais), diminuirão os descontos e, em seguida, aumentos superiores à inflação nos preços sugeridos. Por outro lado, fornecedores aqui instalados serão beneficiados na procura por maior índice de localização de peças.

+Greve de caminhoneiros de maio último expôs a concentração do modal rodoviário no Brasil. Mas é bom lembrar que 11 dias de bloqueio de estradas e saídas de refinarias trariam o caos em qualquer país, mesmo onde ferrovias e hidrovias tenham papel relevante. Nenhuma multa aplicada, por ordem judicial, será cobrada. Isso é bem mais grave que o rodoviarismo em si.

+Honda CR-V, importado dos EUA, perdeu competitividade em preço, mas apresenta conjunto bem superior à geração anterior. Destaques: motor turbo de 190 cv, espaço interno (inclusive atrás, pelo assoalho plano), suspensão robusta, direção precisa e o essencial: freio de imobilização elétrico (evita avanço lento em Drive). Câmbio automático CVT não empolga mesmo.

+Dica para dias de inverno. Para alcançar rapidamente temperaturas confortáveis no interior do veículo deve-se deixar o ar-condicionado desligado e acionar apenas o aquecedor. Em três ou quatro minutos o motor atinge os 90 graus e melhora o ambiente no habitáculo. Se houver embaçamento dos vidros, aí sim se aciona o ar-condicionado: menos de um minuto basta.