Ford faz programa de demissão voluntária na fábrica de Ka e EcoSport
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A Ford do Brasil segue fazendo ajustes em seu quadro de trabalho, mesmo após o fechamento da fábrica de caminhões e do compacto Fiesta, que levou ao desligamento de 3 mil operários. Agora, a fabricante promove PDV (Programa de Demissão Voluntária) para a fábrica de carros de Camaçari (BA), que produz Ka e EcoSport.
Principal fábrica da marca na América do Sul, após o fechamento de São Bernardo do Campo, Camaçari emprega quase 8 mil empregados diretos, além de 77 mil indiretos, segundo a Ford. Não foi informada a expectativa de vagas a serem eliminadas com o PDV. A capacidade de produção da unidade é de 250 mil unidades anuais.
Segundo comunicado interno enviado pela Ford do Brasil nesta segunda-feira, ao qual UOL Carros teve acesso, o PDV vale até o dia 26 de abril para os chamados "empregados mensalistas operacionais ativos", termo relativo ao contingente de operários de chão de fábrica, envolvidos diretamente com a produção dos veículos -- também conhecidos como "horistas".
Objetivo é "adequar, de forma definitiva, o excedente de mão de obra gerado devido ao rebalanceamento da linha de produção, consequência da atual demanda de mercado", aponta o comunicado.
Nova realidade de mercado
Segundo as regras do PDV, o empregado que aceitar os temos receberá as verbas legais de rescisão, incluindo multa de 40% do FGTS, além de indenização adicional com limite de R$ 35 mil. O plano médico será mantido até o final do mês de desligamento.
Historicamente a quarta grande fabricante do país, a Ford teve participação nos últimos anos girando em torno do 9% de mercado de carros de passeio e comerciais leves. A líder General Motors, por exemplo, teve 17,5%.
Em 2019, porém, no consolidado do primeiro trimestre, a marca reduziu sua fatia para 8,3%, perdendo a quarta colocação para a Renault e com chances de ser ultrapassada também pela Toyota.
Embora não confirme isso por seus executivos, fontes ouvidas por UOL Carros apontam que a Ford do Brasil vai seguir, com pequenas adequações, o plano da matriz, focando sua ação mais em SUVs e picapes, tendo o Ka como exceção.
Jim Hackett, CEO global da Ford, planeja reestruturação focada mudança da linha de atuação, mas também corte de até US$ 25,5 bilhões em custos até 2022. Além disso, ordem é ampliar margem de lucro a 8%.
No Brasil, além do compacto Fiesta, o médio Focus já teve sua aposentadoria anunciada, sendo que o Fusion deve ter o mesmo destino em mais alguns anos. A Ford sonda o mercado nacional para a adoção de linha de SUVs médio-compacto (o Escape 2020 é forte candidato) para ocupar o lugar do Focus. (Com colaboração de Eugênio Augusto Brito, do UOL, em São Paulo)
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