Não se pode abrir mão de radares, porém montar "armadilhas" não faz sentido
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Assunto que chamou muita atenção e provocou inúmeros comentários pelas redes sociais ao longo de todo o último fim de semana foi a decisão de recolher, provisoriamente, os radares móveis e portáteis usados pela Polícia Rodoviária Federal, em todo Brasil. O presidente Jair Bolsonaro cumpriu o que havia prometido durante sua campanha à Presidência.
Primeiramente, é preciso explicar que a iniciativa atinge apenas rodovias federais e existem, ainda, 1.087 aparelhos fixos em operação. Há outro tipo de radar, chamado estático e montado sobre tripés. Estes podem ser deslocados para diferentes pontos da estrada e, em geral, ficam em locais de difícil ou nenhuma visibilidade para os motoristas.
Fiscalização de velocidade existe em todo o mundo e, claro, tem reflexo na segurança do trânsito. Obviamente, não se pode prescindir dos radares, mas o problema é certo desvirtuamento e proliferação no seu uso. Os exageros são condenáveis, embora nunca sejam reconhecidos por quem fiscaliza. Montar "armadilhas", de fato, é algo sem sentido, mas elas existem.
Na maior parte das infrações, excede-se o limite por pequenas margens. Basta examinar as estatísticas. O motorista ficar desviando a atenção, seguidamente, da estrada para o velocímetro indica que algo está errado e pouco ou nada colabora por uma direção segura. Outro equívoco é estabelecer velocidades fora da realidade, muito abaixo do razoável para se trafegar em segurança.
É necessário ter discernimento ao definir limites nas estradas e também no perímetro urbano. Há vários casos de redução súbita, sem razão aparente e mal sinalizada. Nem sempre é respaldada em estudos estatísticos. Aliás, "excesso de velocidade" é apontado com frequência como maior causa de acidentes. Porém, uma análise técnica pode apontar outros erros que colaboraram ou foram mais decisivos para a ocorrência.
Margens de tolerância para aplicação de multas pelos radares também são irreais: 7 km/h até o limite de 100 km/h e 7% acima de 100 km/h. Desconsideram por completo a evolução mecânica e o avanço da segurança passiva e ativa dos veículos. Tanto que, apesar de 50% de aumento da frota circulante, as mortes em estradas e cidades em nível nacional caíram cerca de 30% nos últimos dez anos. Não se venha argumentar que se deveu apenas aos radares.
Em toda essa discussão o bom senso tem de prevalecer. Tomara.
Alta Roda
+ Projeções da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Governo Federal, reveladas em Simpósio da SAE Brasil, apontam que frota e comercialização de veículos elétricos e híbridos até 2030 crescerão de forma bastante lenta. EPE espera venda anual de apenas 180 mil unidades (cerca de metade, híbridos), que representarão quase simbólicos 3,5% do mercado total. Preço é maior barreira.
+ Procura por elétricos vem crescendo no Hemisfério Norte, porém abaixo do esperado. Recente campanha de marketing nos EUA tenta diminuir apatia dos compradores, lembrando como parecia estranha a internet nos primórdios e, hoje, todos se acostumaram. Abordagem parece fraca. Este ano, apenas 2% dos veículos vendidos no mundo terão algum grau de eletrificação.
+ Volkswagen confirmou produção em São Bernardo (SP) de um CUV (entre hatch e SUV) baseado no Polo, projetado aqui e a ser fabricado também na Europa. Mais seis lançamentos até 2021 previstos pela Coluna: Polo/Virtus GTS (simultâneos); Golf GTE (híbrido importado), SUV Polo (Taubaté), SUV Atlas Cross Sport (importado), Tarek (Argentina) e picape Tarok (Argentina).
+ Equilíbrio de linhas destaca o Audi Q8, SUV de estilo cupê. Arquitetura é uma evolução do Q7. Dispõe de bom espaço interno para cinco pessoas (inclusive no banco traseiro), acabamento de alto nível, porta-malas de 605 litros e motor V6 turbo de 340 cv a gasolina, além da sempre eficiente tração quattro. Ótimo comportamento em curvas. Preços: R$ 494.990 a 531.990.
+ Novo Land Rover Range Rover Evoque chega, de início, apenas na versão de topo R-Dynamic por R$ 322,3 mil. De estilo inspirado no Velar, teve distância entre-eixos aumentada para maior conforto e interior renovado com três telas, além do inédito recurso "capô transparente". Desempenho muito bom graças ao 4-cilindros turbo (300 cv), inclusive fora de estrada.
+ Estudo feito pela Abeifa, que reúne importadores de veículos, mostra queda média nos preços de quase 20%, em dólares, desde janeiro de 2017, como reflexo da alta concorrência e da recuperação lenta deste setor. Até em reais o aumento foi inferior aos 25% de desvalorização frente ao dólar. É provável que os preços, a partir de agora, aumentem para recompor margens.
+ Ford Edge ST segue escalada de potência atual dos SUV maiores. Os 335 cv (51 cv além da versão anterior) conferem grande agilidade no dia a dia, facilitada por rápida troca de marchas do câmbio automático. Em estrada permite ultrapassagens sem susto. Tração 4x4 transfere até 50% de potência ao eixo traseiro. Sendo o mais largo deste segmento, exige atenção extra.
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