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Fernando Calmon

Tracker x Renegade x T-Cross: o que cada um desses SUVs tem de melhor

Colunista do UOL

25/03/2020 11h44

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Apesar de graves problemas da Covid-19, o mercado de veículos este ano vai voltar (ver abaixo, em Alta Roda, opinião semelhante da Fenabrave). Alguns economistas falam ainda no primeiro semestre, outros preveem só no segundo. Então, está na hora de refletir sobre os lançamentos mais recentes e como se dará a disputa pela liderança.

Um dos segmentos mais competitivos é o de SUVs compactos. Estreia do novo Tracker promete acirrar a briga pela preferência dos compradores. Liderança do Renegade (alcançada em 2019 pela primeira vez) está cada vez mais apertada pelo T-Cross.

Balanço da primeira quinzena deste mês mostra o produto da VW com apenas 72 unidades vendidas a mais que o da Jeep. Mas, no acumulado de 2020, este conseguiu liderar por 893 unidades, 7% à frente.

Apresento, então, um comparativo triplo das versões de maior preço e completas com as exclusividades de cada uma em relação ao produto mais novo, o Tracker. Neste caso, trata-se de um duelo de excelência para valorizar também o que está mais próximo dos padrões internacionais.

A começar pelo Chevrolet, que impôs algumas surpresas aos adversários. Veja seus itens exclusivos:

Conectividade de nível quatro (internet 4G e wi-fi a bordo, pareamento de dois celulares simultaneamente e até sete conexões por wi-fi, além de informação de trânsito em tempo real), sistema de concierge remoto (OnStar), frenagem autônoma de emergência (funciona de 8 a 80 km/h, mas não detecta pedestre, bicicleta e moto) com aviso anticolisão, alertas de ponto cego, carregamento de celular por indução (sem fio) e motor mais econômico.

O Jeep defende sua liderança por ser o único com motor Diesel e mais potente (170 cv), tração 4x4, câmbio automático de nove marchas, sete airbags, rodas de 19 pol. de diâmetro, freio de estacionamento eletromecânico (sem função de autoimobilização), ar-condicionado de duas zonas, faróis de neblina, freios traseiros a disco, monitor de pressão de pneus e tanque de combustível de 60 litros.

Já o SUV da VW reúne atributos mais numerosos entre série e opcional: motor turbo com injeção direta e o mais potente entre os flexíveis, frenagem automática (apenas em pós-colisão), freios a disco nas rodas traseiras, faróis de neblina, parafusos antifurto nas rodas, quadro de instrumentos digital, GPS, manual cognitivo, sistema de som premium, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro, borboletas para troca de marchas, rebatimento elétrico automático dos retrovisores, porta-luvas refrigerado, encosto rebatível do banco dianteiro do passageiro, iluminação ambiental em LED, banco do motorista com regulagem lombar e pintura bicolor.

A decisão de quem compra depende de outros vários fatores, individuais ou associados, como preço-benefício, tamanho do porta-malas, espaço interno, motor mais econômico ou potente, custo de manutenção e valor de revenda, só para citar alguns.

O Tracker surpreendeu também pelo preço muito competitivo. Porém, dependendo da versão, o T-Cross destaca-se por oferecer três primeiras revisões gratuitas e uma cesta de peças mais barata em colisões de baixa velocidade (padrão Cesvi).

Alta Roda

- Fechamento temporário das fábricas, em razão do coronavírus, levou ao adiamento da estreia de alguns modelos importantes previstos para este semestre. Picape Fiat Strada, hatch Peugeot 208 e SUV compacto VW Nivus terão outras datas, condicionadas ao fim da quarentena. Ranger Storm, contudo, chega em abril. Ainda há dúvida sobre data da Amarok mais potente.

- Em meio ao pessimismo geral sobre os efeitos da crise econômica, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., procura reverter o desânimos. Ele acredita que o ano de 2020, em termos de vendas de veículos (incluindo motocicletas), não será negativo. Ainda assim, o crescimento sobre 2019 ficará muito abaixo dos 9% previstos inicialmente.

- Várias marcas de produtos importados, entre elas Audi, BMW e Kia, decidiram flexibilizar os prazos e quilometragens de revisão preconizados, sem afetar a garantia do produto. Ocorrerá durante o período em que há recomendação para manter os carros parados ou utilizados apenas em deslocamentos curtos e de urgência. Seria ideal que todas tomassem a mesma iniciativa.

-Efeitos fortemente deflacionários começam a surgir. Locadoras baixaram os preços de aluguel de carros usados por motoristas de aplicativos. Ação deve se estender agora a seguradoras. Como há movimentação baixíssima no trânsito, a startup Thinkseg, que cobra tarifas por quilômetro rodado (sistema Pague pelo Uso), resolveu cortar os preços entre 30% e 40%.

- Recomendações da Nissan, no momento de higienização interna de veículos com alcoolgel ou produtos semelhantes, apontam para locais que eventualmente podem ser esquecidos: botões de regulagem dos espelhos retrovisores, tela do sistema multimídia, alças de teto e colunas (estas mais comuns em picapes), bancos e descança-braços nas portas e entre os bancos.