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Anúncios automáticos em sites de fake news põem montadoras em saias-justas

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Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

29/05/2020 10h32

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"A Mercedes-Benz tem como conduta não fazer e nem apoiar comentários políticos, partidários ou ideológicos. Quanto aos sites em questão, a gente não os escolheu para aparecer a propaganda de nossa Marca. Mas como explicamos anteriormente, o Google ADS define onde as nossas informações aparecerão de acordo com estratégia de remarketing e seleção de perfil de nossos clientes.

De qualquer forma, a nossa agência de Marketing está fazendo uma reavaliação das páginas em que as nossas informações estão sendo expostas. Obrigado pela preocupação com a nossa Marca!"

Este posicionamento da Mercedes-Benz, extraído de três posts sequenciais em seu Twitter, é a resposta oficial da marca ao Sleeping Giants BR, um perfil que vem informando diversas empresas que seus anúncios estão sendo veiculados em sites que comprovadamente disseminam fake news.

O problema é que um tweet no meio da conversa com o Sleeping Giants viralizou - e acabou colocando a Mercedes-Benz em uma saia-justa digital. A informação tirada do contexto e que contaminou a mídia social ficou assim:

"Provavelmente você verá informações sobre a nossa Marca nas suas mídias sociais e em outros canais de notícias, por exemplo. A nossa empresa não tem controle sobre em quais canais o Google vai mostrar determinado anúncio".

Imediatamente diversos usuários reclamaram da Mercedes-Benz acusando a companhia de não se preocupar em apoiar com anúncios os sites que divulgam notícias falsas. AutoData procurou o departamento de comunicação da empresa, que respondeu com o seguinte posicionamento:

"A Mercedes-Benz acionou todas as agências de Marketing e Publicidade que atuam em todas as unidades de negócios da marca para a retirada imediata das informações em sites de mídias programáveis. A marca não apoia este tipo de site e está tomando as medidas necessárias."

O Sleeping Giants também denunciou outras montadoras: Fiat, Ford, Jeep e Nissan responderam que reavaliariam junto ao Google o anúncio em sites de fake news. A Renault também foi acionada, mas em um anúncio de uma concessionária de Teresina, PI, a ViaParis - que prometeu retirar os anúncios.

É uma atitude positiva do setor automotivo condenar aqueles que produzem conteúdo falso, seja qual for. Vez ou outra a indústria escorrega - como em insistir em valorizar alguns blogueiros e youtubers, que acabam jogando a claque contra as práticas saudáveis no mundo do automóvel. Temos a dizer que, no geral, o relacionamento com a imprensa profissional sempre foi respeitoso e positivo.

Renault mais forte. Na reorganização da Aliança Renault Nissan Mitsubishi ficou definido que, na América do Sul, a protagonista será a marca Renault. Caberá ao time da empresa francesa liderar o desenvolvimento de novos modelos na região para todas as marcas.

CMF-B. Sobre a plataforma que hoje produz, na Europa, o Renault Clio, Captur e o Nissan Juke, dentre outros, sairão os modelos da região. A CMF-B será a plataforma para sete modelos feitos aqui, dentre hatches, sedãs e SUVs.

Mudança de endereço. A maior novidade dessa reorganização da Aliança na região é que uma das fábricas locais será responsável por produzir hatches e derivados das duas marcas, Renault e Nissan. E outra unidade ficará com a produção dos SUVs.

Duas no Brasil. No Brasil a Renault possui uma fábrica em São José dos Pinhais, PR, e a Nissan em Resende, RJ. Há ainda produção conjunta em Córdoba, na Argentina, e uma fábrica Renault na Colômbia.

O Nivus vem aí. Pré-venda do cupê urbano da Volkswagen começará nos próximos dias. E será toda em ambiente digital.

100 mil a menos. Dos 532,5 mil automóveis e comerciais leves vendidos no mercado brasileiro até março 96,5 mil foram de três clientes: Localiza, Movida e Unidas, as três maiores locadoras do País. As três já anunciaram que estão fora do mercado no segundo trimestre.