Carros eletrificados já vendem mais do que movidos só a gasolina no Brasil

A diferença foi marginal. Se fosse uma corrida de cavalos pode-se dizer que foi no fotocharter. Mas os números não mentem. Em 2022 venderam mais automóveis e comerciais leves eletrificados do que veículos movidos somente a gasolina no Brasil. É a primeira vez que isto acontece.

De janeiro a dezembro foram comercializados 49,3 mil veículos híbridos, híbridos plug-in ou elétricos puros no País, enquanto a venda de modelos com motor a combustão interna movido a gasolina chegou a 48,8 mil unidades. Uma diferença de quinhentas unidades.

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Segundo os números da Anfavea a participação dos veículos eletrificados nas vendas totais do ano passado foi de 2,5% e o crescimento sobre as 35 mil unidades comercializadas em 2021 chegou a 40,8%.

Ainda é muito pouco para comemorar qualquer evolução na qualidade do ar e uma suposta redução de CO2 com mais carros eletrificados nas ruas. Mas a Anfavea aposta que este é o primeiro bom resultado de uma série que levará o mix de vendas brasileiro a 22% de veículos eletrificados em oito anos. Esta é a expectativa da entidade para 2030.

É preciso considerar que a diminuição de veículos a gasolina faz parte de plano de eletrificação das empresas produtoras de veículos, pois estes modelos geralmente são importados. Muitas marcas premium, por exemplo, estão rapidamente fazendo a transição do seu portfólio para modelos híbridos e elétricos, reduzindo a oferta dos veículos com motorzão a gasolina.

Mas também há iniciativas locais na transição para a eletrificação que merecem algum destaque. Um a cada cinco modelos da Caoa Chery vendidos no ano passado foram eletrificados. Ou seja, das 35 mil unidades comercializadas quase 7 mil possuíam alguma tecnologia híbrida leve, híbrida ou elétrica pura.

Para a temporada automotiva de 2023 há a expectativa sobre duas tendências: a chegada de novas picapes, com alguns lançamentos já programados, e a maior participação dos veículos híbridos no portfólio das principais marcas no País.

Mesmo assim é bom lembrar: de todos os veículos vendidos no ano passado 83,3% foram de automóveis e comerciais leves flex fuel, que utilizam tanto gasolina quanto álcool. Com esses modelos a combustão quem desejar dar uma grande contribuição ao meio ambiente, assim como os veículos eletrificados dizem que fazem, basta abastecer somente com etanol, que produz menos CO2.

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