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Com Rampage, Ram disputará papel principal entre as picapes médias
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As picapes da Ram são cobiçadas no segmento de luxo, prova disso são as vendas da marcas crescendo ano a ano. No entanto, em volume de vendas, elas eram figurantes. Com a chegada da Rampage sua primeira picape nacional, a marca do carneiro irá disputar com personagens consagrados como a Toyota Hilux e Chevrolet S10, o papel principal entre as mais vendidas do mercado.
Em setembro de 2022, quando a Ram lançou a Classic com preços bem agressivos, a coluna já apontava que o então modelo de entrada da marca chegava para pavimentar o terreno para o lançamento da picape nacional da marca.
Os preços entre R$ 239.990,00 e R$ 269.990,00 da Rampage chegam para popularizar o nome da marca entre os compradores de picapes. Se antes era produto de nicho, o sonho de ter uma Ram na garagem ficou mais próximo. Confira abaixo os preços de cada versão:
Rebel Turbo Diesel - R$ 239.990,00
Rebel Turbo Gasolina - R$ 239.990,00
Laramie Turbo Diesel - R$ 249.990,00
Laramie Turbo Gasolina - R$ 259.990,00
RT Turbo Gasolina - R$ 269.990,00
Se a Classic já fez o consumidor ir ao showroom da Ram, o modelo nacional tem atributos para que mais clientes visitem as lojas da marca. Chamariz não falta, a versão mais cara da Rampage tem valor sugerido próximo ao das versões de entrada de Chevrolet S10 e Toyota Hilux.
A marca fez sua parte e disponibilizou sua picape nacional com duas opções de motorização e três de acabamento. Para o comprador tradicional que não abre mão do diesel, a picape tem duas versões de acabamento equipadas com o motor 2.0 Turbo Diesel de 170 cv e 38 kgfm de torque.
A outra opção é o motor 2.0 Turbo Gasolina Hurricane 4 com 272 cv de potência e torque de 40,8 kgfm. A Ram tem tradição na venda de picapes a gasolina no mercado americano. E no Brasil atual, onde nenhuma das médias oferece mais o motor Flex, o motor a gasolina em tempos de diesel mais caro pode ser o pulo do gato. O fato de beber só um combustível no segmento não deve ser um fator que irá tirar vendas. No entanto, a marca prepara uma versão flex do motor para os próximos anos.
Não importando qual o motor, o câmbio automático de nove marchas e a tração 4x4 com reduzida é comum aos dois.
Já andei em pista on-road e off-road com as Rampage RT e Rebel equipadas com o motor 2.0 Turbo a gasolina.
No off-road, a versão Rebel com lastro de 500 quilos na caçamba mostrou bastante desenvoltura na pista de testes do centro de desenvolvimento da Stellatins em Curvelo (MG).
O bom vão livre em relação ao solo aliado aos bons ângulos de entrada de saída ajudam bastante a picape em uso no fora de estrada. A suspensão bem calibrada privilegia o conforto dos ocupantes.
Nas situações mais extremas, o motor 2.0 a gasolina mostrou força para romper os obstáculos. A Rampage subiu até uma escada na pista off-road.
Já na pista on-road, andei na versão RT que é a mais rápida da linha e faz de 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos. A velocidade máxima é de 220 km/h.
A Rampage RT é boa em aceleração e também em retomada. O câmbio tem trocas de marchas bem rápidas.
Mesmo em curvas de alta, a picape mantém sua trajetória e parece estar grudada no chão. A suspensão faz seu trabalho e quase não se percebe a rolagem da carroceria.
A picape tem rodar suave e bom isolamento acústico contribui para o conforto sonoro a bordo.
Cerca de 30 centímetros menor que seus principais concorrentes, a Rampage tem porte de média e os designers da Stellantis conseguiram deixá-la mais imponente que a Fiat Toro. Não importando qual versão, as linhas da picape agradam, seja nos cromados da Laramie ou nos acabamentos em preto nas versões Rebel e RT.
No entanto, se por fora, a Rampage consegue se impor como uma picape média. Por dentro, a situação muda de figura, o espaço interno é idêntico ao da Fiat Toro. Não é que seja ruim, há bom espaço tanto na frente, quanto atrás, mas ao comparar com as médias como S10 e Hilux, fica evidente como o habitáculo é menor.
Mas a Rampage sobressai sobre as demais picapes do mercado pelo acabamento bem cuidado e luxuoso. O painel com material sensível ao toque não está presente em nenhum modelo da categoria, dependendo da versão, uma faixa em material sintético ou Suede numa faixa central completa o acabamento. Nas concorrentes, a desculpa sempre foi que as picapes eram carros de trabalho, mas hoje com a faixa média de preços na casa dos R$ 300 mil, elas são modelos de luxo e o valor cobrado não condiz com o que é oferecido.
Desde a versão de entrada, a picape nacional da Ram tem bancos revestidos em material sintético, forrações de porta tem material sensível ao toque na dianteira, mas são em plástico rígido na traseira, os apoios de braço são revestidos em material sintético ou Suede na versão RT.
O banco do motorista da Rampage tem ajuste de 12 vias, o do passageiro é opcional atrelado a outros itens como som da Harman Kardon. Para os passageiros do banco traseiro há saídas ar-condicionado e quatro portas USB, sendo duas USB-C.
A lista de itens de série da Rampage é farta desde a versão de entrada ela vem equipada com ar-condicionado digital, direção elétrica, sete airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, assistente de descida em rampa, central multimídia com tela de 12,3 polegadas, quadro de instrumentos digital com tela de 10,3", monitoramento de pontos cegos, entre outros itens.
Em relação a segurança, a Rampage ainda tem pacote ADAS com controle de velocidade adaptativo, sistema de permanência na faixa de rodagem e alerta de colisão frontal com frenagem autônoma e detecção de pedestres e ciclistas.
Os preços bem competitivos e a farta lista de equipamentos colocam a Rampage como modelo a ser considerado para quem procura uma picape.
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