Descuidar do catalisador pode virar até crime ambiental; saiba como manter
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Desenvolvido na década de 70 nos Estados Unidos, o catalisador acompanhou a evolução dos automóveis e hoje é um componente muito eficiente quando o assunto é a conversão de gases tóxicos. Algo, aliás, que vem contribuindo para que os automóveis deixem de ser considerados os grandes vilões da poluição atmosférica.
Para se ter uma ideia, conforme explica o engenheiro Claudio Furlan, da Umicore, nos anos 70 o motor de um VW Fusca movido a gasolina emitia em média 50 g/Km de monóxido de carbono (CO). Hoje, com motores dotados de injeção eletrônica de combustível e equipados com catalisadores, esse número chega a praticamente zero, na faixa de de 0,3 g/Km. Lembrando que a legislação brasileira determina emissão máxima de 1,3 g/Km.
Mas é verdade que o catalisador ainda provoca o surgimento de alguns mitos, como o que diz que pode tirar a potência do motor. Outra confusão muito comum é achar que o catalisador é um filtro, coisa que definitivamente não é. Como explica Furlan, o catalisador é um reator químico capaz de converter gases poluentes originados da queima mal feita na câmara de combustão em substância não agressiva ao meio ambiente.
É formado basicamente por uma carcaça metálica que leva em seu interior um conjunto cerâmico em forma de colmeia que contém elementos nobres como platina, paládio e ródio. Nos automóveis atuais, é instalado na saída do coletor de escape, próximo ao cabeçote, diferente dos modelos mais antigos, que traziam o componente embaixo do assoalho.
Essa medida foi tomada para facilitar o aquecimento do catalisador, que precisa atingir uma determinada temperatura para executar a conversão correta dos gases. Mas foi uma saída também para proteger o componente das pancadas e evitar a quebra.
Precisa de manutenção?
O catalisador que vem instalado no carro novo é projetado superar os 80 mil km de uso, mas em condições normais acompanha a vida útil do motor. Então, o que importa é a atenção com a manutenção preventiva do motor, em especial do sistema de ignição. Ou seja, velas e cabo de velas, por exemplo, precisam estar em dia.
O catalisador só dá problema quando a queima não acontece de forma correta na câmara de combustão e o combustível acaba indo para dentro do conjunto. Como trabalha em alta temperatura, o combustível acaba sendo queimado no interior do catalisador, o que provoca o pior: o derretimento da cerâmica. Aí é preparar o bolso, pois a única saída é a troca do catalisador.
Cuidado com a escolha do produto
Nesse caso entra outro detalhe fundamental para não piorar a situação: é preciso escolher peças originais ou recomendadas pelo fabricante do seu carro e com o selo do Inmetro. Não se empolgue com uma peça brilhando por fora, porque não existe catalisador recondicionado ou coisa do gênero.
Como diz o engenheiro Claudio Furlan, "quem pensa em economizar com um catalisador usado ou mesmo abrir mão dele pensando só em desempenho, poderia até ser acusado por um crime ambiental, pois essa pessoa estaria transformando um veículo projetado para ter emissões próximas de zero em um automóvel poluidor."
Algo grave quando lembramos do tamanho da atual frota de automóveis circulante em nosso país. Quer evitar dor de cabeça com o catalisador do seu carro e ficar com a consciência tranquila em relação a emissão de poluentes?
Anote 05 dicas básicas para deixar o catalisador sempre em dia:
1. Faça a manutenção preventiva do motor e sistema de ignição
2. Nunca use combustível adulterado
3. Utilize óleo lubrificante recomendado para o seu carro
4. Nunca dê tranco para acionar o motor
5. Em caso de colisão, revise a peça o mais rápido possível
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.