Commander supera desconfiança e ajuda Jeep a manter liderança nos SUVs

Lançado em agosto de 2021, o Jeep Commander chegou a gerar uma certa desconfiança de que seria apenas uma versão alongada do Compass, sucesso absoluto no mercado dos SUVs médios. Coisa que a marca tratou de contestar ao apresentar o seu primeiro modelo 100% desenvolvido no Brasil que, apesar da semelhança, como destaquei aqui na ocasião, tem características pensadas para outro perfil de público.

Isso vale para a oferta de sete lugares e também pela dose maior de refinamento, com um interior marcado pelo cuidado com a montagem das peças, acabamentos com superfícies emborrachadas, couro e até partes revestidas em suede.

Depois, graças aos seus 4,77 metros de comprimento e o generoso entre-eixos de 2 metros e 79 centímetros, disponibiliza dois bancos adicionais, um dos seus fortes atrativos também. Com a terceira fileira de bancos montada, o porta-malas sai perdendo, com apenas 233 litros, mas fica bem interessante na condição normal, com 661 litros de capacidade.

Tem conectividade de alto nível bem representado pela central multimídia com tela de 10,1 polegadas de alta resolução. O sistema traz o Adventure Intelligence, plataforma que disponibiliza a função Alexa - assistente pessoal da Amazon - que permite acionar diferentes comandos do carro e solicitar serviços, como encontrar uma farmácia ou restaurante próximos, sempre por comando de voz.

Na linha 2023, o Commander ganhou o reforço de uma nova entrada USB do tipo C para os passageiros de trás e o Jeep Hwalthy Cabin, tecnologia de desinfecção da cabine que utiliza um filtro de ar construído em N95, mesmo material das máscaras de proteção popularizadas durante a pandemia. Diferente do filtro convencional, tem três camadas e bioproteção para combater a proliferação bactérias, fungos e vírus.

Outra novidade para as versões Overland T270 e TD380 são os pneus Pirelli de 19 polegadas equipados com o SEAL INSIDE, tecnologia que permite andar com perfurações de até 5 mm na banda de rodagem do pneu (a fabricante diz ser possível manter até 85% da pressão). Ou seja, o suficiente para o condutor chegar até um local seguro e fazer o reparo.

Outro ponto forte já conhecido do Commander é a oferta de recursos de segurança e os dispositivos inteligentes de apoio à condução, como o controle de cruzeiro adaptativo com frenagem de emergência e detecção de pedestres, ciclistas ou motociclistas, alerta de mudança de faixa que corrige a trajetória, reconhecimento de placas, ajuste automático dos faróis, para dar bons exemplos.

O Commander segue oferecido em 04 versões e bem servidas de motores. Duas contam com o 1.3 turbo flex de 185 cavalos e 27,5 Kgfm de torque, acompanhado do câmbio automático de 06 marchas. As outras duas utilizam o motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos e 38,7 Kgfm de torque, mais a transmissão automática de nove velocidades e tração 4X4 com reduzida.

Reforço para Jeep segurar a liderança

Com essa receita bem elaborada, o Commander fechou 2022 - primeiro ano cheio de vendas - como líder do segmento e com razoável folga. Foram 22.331 unidades vendidas de janeiro a dezembro, enquanto o Caoa Chery Tiggo 8 - um concorrente direto e com presença mais ativa no mercado - fechou em segundo no ranking nacional (mas com um número bem inferior, 10.441 carros comercializados, menos da metade do alcançado pelo modelo Jeep).

Ou seja, se havia alguma desconfiança quanto ao desempenho do Commander no mercado nacional, ele mostrou o contrário e foi figura determinante para a Jeep conquistar, pelo sétimo ano consecutivo, a liderança de SUVs no mercado nacional. Em 2022, foram 137.444 veículos comercializados (vendas de Renegade, Compass e Commander), o que garantiu à marca 20% de participação no segmento de SUVs.

Preço Jeep Commander

Overland T270: R$ 278.253

Overland TD380 4x4: R$ 325.112,00

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