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Benê Gomes

Com preço de Fiat Strada, nova Chevrolet Montana mira muito além da Toro

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Colunista do UOL

12/02/2023 04h00

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A nova Chevrolet Montana finalmente foi liberada para que os jornalistas fizessem um bom test-drive.

O cenário foi a região da Serra da Graciosa, partindo de Curitiba (PR) em direção à cidade de Antonina. Antes de comentar sobre desempenho, vale uma repassada na proposta geral.[

Mesmo seguindo o padrão do segmento, a Montana tem um desenho com bastante personalidade.

A dianteira lembra a concorrente Fiat Toro sim, mas essa é a identidade dos novos modelos da Chevrolet. No entanto, ela ficou diferente porque tem lateral mais harmoniosa, com linhas quadradas e não tão ascendentes, as molduras de rodas são discretas e a traseira equilibrada, bonita.

Montana - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Aliás, é na caçamba que a marca aposta pesado e espera que seja encarada como um grande porta-malas com espaço de 874 litros.

O para-choque é dividido em duas peças e funciona como um degrau, a tampa tem abertura elétrica e amortecimento na abertura. Tudo bem amarrado com o Multiflex, sistema que reúne acessórios como prateleiras e uma prancha que permitem criar diferentes compartimentos para receber volumes de vários tamanhos.

Coisa para gente que gosta de muita organização mesmo. Tem ainda a capota marítima com um exclusivo sistema de vedação para evitar a entrada de até 90% da água de chuva, segundo a marca. As rodas podem ser de 16 ou 17 polegadas e são de alumínio a partir da versão LT.

Montana - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Dentro, a Montana traz itens conhecidos, como volante do Tracker e painel de instrumentos do Onix.

Porém, diferencia-se com a bonita central multimídia de oito polegadas em posição elevada com moldura em preto brilhante, que envolve também o conjunto de instrumentos.

Traz os recursos de conectividade, inclusive espelhamento de smartphone sem fio e internet própria. O acabamento geral carrega muito plástico, mas, para ser justo, tudo é bem montado e com uma superfície macia ao toque, como um tipo de emborrachado, na parte frontal do painel.

Espaço traseiro sem surpresas

Montana - Divulgação - Divulgação
Chevrolet Montana 2023
Imagem: Divulgação

Uma das promessas da marca era entregar espaço diferenciado atrás, com o ajuda do bom entre-eixos de 2,80 metros e o teto mais alto e quadrado.

Na prática, ela recebe bem dois adultos e com conforto para as pernas, desde que essas pessoas não tenham mais de 1,80 m de altura.

Não existe mágica para uma picape desse porte. Agora, é inegável a tranquilidade para quem senta atrás, porque a janela é ampla, o campo visual é bom e afasta sim, para quem se incomoda com isso, a desconfortável sensação de claustrofobia.

Motor e câmbio do Tracker

Montana - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

A Montana, recebeu o mesmo conjunto de motor e câmbio do Tracker: o 1.2 turbo flex de 133 cv e 21,4 kgfm de torque, e transmissão automática de 6 velocidades.

A receita caiu bem na Montana, mesmo sendo um pouco mais pesada. Tem agilidade nas arrancadas, e trocas tranquilas e bem aproveitadas pela transmissão.

Prova disso, é o bom zero a 100 km/h para um carro com essa proposta, alcançado em 10,1 segundos.

Mas é uma picape para uso como carro de passeio, sem expectativas de esportividade ou de trabalho pesado. Merece atenção pelos números de consumo, com médias oficiais de 11,1 km/l na cidade, e 13,3 km/l na estrada (na versão automática e com gasolina).

No mais, merece elogio ainda pela boa posição para o motorista, o painel parece ser mais baixo em relação ao Tracker, o campo de visão dianteiro é amplo, você consegue visualizar bem até a ponta do capô e os retrovisores externos são grandes e ajudam nas manobras.

O acerto de suspensão agrada, a picape anda firme e confortável, com comportamento muito próximo ao de um SUV, como queria a marca também.

Andei sozinho e sem carga, e mesmo passando por lombadas e depressões típicas das nossas ruas, a Montana não provocou o pula pula clássico das picapes.

Resultado do projeto que envolve pneus exclusivos - 215/60 R16 ou 215/55 R17 - com bastante atenção no eixo traseiro, que tem sistema de duplo batente de rigidez variável. Aliás, outro positivo é o bom isolamento acústico, detalhe que complementa um conjunto bastante agradável.

Segura, mas sem recurso semiautônomos

A Montana é bem segura, tem seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, e recursos valiosos nas versões mais equipadas.

Mas não tem, nem como opcionais, recursos de condução semiautônoma. Os freios traseiros são a tambor, mas dimensionados para segurar bem a picape. Para compensar, além dos freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, tem sistema que monitora e evita o superaquecimento das pastilhas.

A Montana chega bem e com quatro versões: 1.2T manual, mais LT, LTZ e Premier - essas três com câmbio automático.

A expectativa é de concorrer diretamente com a Fiat Toro e até com as versões mais caras da Strada.

Mas, como não terá versão com cabine simples e nem tem a pretensão de ser uma picape para o trabalho, a Montana tem tudo para preencher um novo espaço no mercado e, como o Chevrolet espera, vender muito bem.

Preços da Chevolet Montana

  • 1.2T Manual: R$ 116.890
  • LT 1.2T Manual: R$ 121.990
  • LTZ 1.2T Automática: R$134.490
  • Premier 1.2T Automática: R$ 140.490

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