Com preço de Fiat Strada, nova Chevrolet Montana mira muito além da Toro
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A nova Chevrolet Montana finalmente foi liberada para que os jornalistas fizessem um bom test-drive.
O cenário foi a região da Serra da Graciosa, partindo de Curitiba (PR) em direção à cidade de Antonina. Antes de comentar sobre desempenho, vale uma repassada na proposta geral.[
Mesmo seguindo o padrão do segmento, a Montana tem um desenho com bastante personalidade.
A dianteira lembra a concorrente Fiat Toro sim, mas essa é a identidade dos novos modelos da Chevrolet. No entanto, ela ficou diferente porque tem lateral mais harmoniosa, com linhas quadradas e não tão ascendentes, as molduras de rodas são discretas e a traseira equilibrada, bonita.
Aliás, é na caçamba que a marca aposta pesado e espera que seja encarada como um grande porta-malas com espaço de 874 litros.
O para-choque é dividido em duas peças e funciona como um degrau, a tampa tem abertura elétrica e amortecimento na abertura. Tudo bem amarrado com o Multiflex, sistema que reúne acessórios como prateleiras e uma prancha que permitem criar diferentes compartimentos para receber volumes de vários tamanhos.
Coisa para gente que gosta de muita organização mesmo. Tem ainda a capota marítima com um exclusivo sistema de vedação para evitar a entrada de até 90% da água de chuva, segundo a marca. As rodas podem ser de 16 ou 17 polegadas e são de alumínio a partir da versão LT.
Dentro, a Montana traz itens conhecidos, como volante do Tracker e painel de instrumentos do Onix.
Porém, diferencia-se com a bonita central multimídia de oito polegadas em posição elevada com moldura em preto brilhante, que envolve também o conjunto de instrumentos.
Traz os recursos de conectividade, inclusive espelhamento de smartphone sem fio e internet própria. O acabamento geral carrega muito plástico, mas, para ser justo, tudo é bem montado e com uma superfície macia ao toque, como um tipo de emborrachado, na parte frontal do painel.
Espaço traseiro sem surpresas
Uma das promessas da marca era entregar espaço diferenciado atrás, com o ajuda do bom entre-eixos de 2,80 metros e o teto mais alto e quadrado.
Na prática, ela recebe bem dois adultos e com conforto para as pernas, desde que essas pessoas não tenham mais de 1,80 m de altura.
Não existe mágica para uma picape desse porte. Agora, é inegável a tranquilidade para quem senta atrás, porque a janela é ampla, o campo visual é bom e afasta sim, para quem se incomoda com isso, a desconfortável sensação de claustrofobia.
Motor e câmbio do Tracker
A Montana, recebeu o mesmo conjunto de motor e câmbio do Tracker: o 1.2 turbo flex de 133 cv e 21,4 kgfm de torque, e transmissão automática de 6 velocidades.
A receita caiu bem na Montana, mesmo sendo um pouco mais pesada. Tem agilidade nas arrancadas, e trocas tranquilas e bem aproveitadas pela transmissão.
Prova disso, é o bom zero a 100 km/h para um carro com essa proposta, alcançado em 10,1 segundos.
Mas é uma picape para uso como carro de passeio, sem expectativas de esportividade ou de trabalho pesado. Merece atenção pelos números de consumo, com médias oficiais de 11,1 km/l na cidade, e 13,3 km/l na estrada (na versão automática e com gasolina).
No mais, merece elogio ainda pela boa posição para o motorista, o painel parece ser mais baixo em relação ao Tracker, o campo de visão dianteiro é amplo, você consegue visualizar bem até a ponta do capô e os retrovisores externos são grandes e ajudam nas manobras.
O acerto de suspensão agrada, a picape anda firme e confortável, com comportamento muito próximo ao de um SUV, como queria a marca também.
Andei sozinho e sem carga, e mesmo passando por lombadas e depressões típicas das nossas ruas, a Montana não provocou o pula pula clássico das picapes.
Resultado do projeto que envolve pneus exclusivos - 215/60 R16 ou 215/55 R17 - com bastante atenção no eixo traseiro, que tem sistema de duplo batente de rigidez variável. Aliás, outro positivo é o bom isolamento acústico, detalhe que complementa um conjunto bastante agradável.
Segura, mas sem recurso semiautônomos
A Montana é bem segura, tem seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, e recursos valiosos nas versões mais equipadas.
Mas não tem, nem como opcionais, recursos de condução semiautônoma. Os freios traseiros são a tambor, mas dimensionados para segurar bem a picape. Para compensar, além dos freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, tem sistema que monitora e evita o superaquecimento das pastilhas.
A Montana chega bem e com quatro versões: 1.2T manual, mais LT, LTZ e Premier - essas três com câmbio automático.
A expectativa é de concorrer diretamente com a Fiat Toro e até com as versões mais caras da Strada.
Mas, como não terá versão com cabine simples e nem tem a pretensão de ser uma picape para o trabalho, a Montana tem tudo para preencher um novo espaço no mercado e, como o Chevrolet espera, vender muito bem.
Preços da Chevolet Montana
- 1.2T Manual: R$ 116.890
- LT 1.2T Manual: R$ 121.990
- LTZ 1.2T Automática: R$134.490
- Premier 1.2T Automática: R$ 140.490
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