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Caçador de carros: Toyota Corolla é o destaque no mercado de usados de 2018

Corolla é um dos carros mais vendidos do Brasil tanto no mercado de zero km como no de usados - Divulgação
Corolla é um dos carros mais vendidos do Brasil tanto no mercado de zero km como no de usados
Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, de São Paulo (SP)

29/12/2018 08h00

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Listamos nove motivos que fazem do Corolla o destaque de 2018 no mercado de novos e usados

Não tem para ninguém. O sedã médio da Toyota vai fechar o ano como o carro mais vendido do mundo. Já em um país não tão rico quanto o nosso, impossível um carro que parte de R$ 91 mil brigar com os líderes, modelos de entrada dos maiores fabricantes nacionais que custam metade disso.

O único carro médio que conseguiu essa proeza aqui no Brasil foi o Chevrolet Monza, que entre 1984 e 1986 vendeu mais que qualquer Gol, Fusca ou Uno.

Mas o Corolla nem faz questão de ser o grande líder por aqui. Na verdade, o ranking mostra que ele é um "intruso" entre os 10 carros mais vendidos, pois todos que estão acima e tantos outros que estão abaixo dele são bem mais baratos. Em sua categoria, ele ganha de lavada de outros competentes sedãs, como Honda Civic e Chevrolet Cruze.

E se ele vai bem no mercado de novos, no de usados ele simplesmente humilha a concorrência e vende mais que pãozinho quente na padaria. Esse desejo que todos têm pelo Corolla só tem uma explicação: ele é o melhor carro do mundo!

Mercado que diz

Não sou eu que estou afirmando, mas o mercado, que é soberano. Eu, na minha modesta opinião, prefiro e indico outros modelos com relação custo/benefício superior, mas pouco são convencidos disso.

Se surgisse uma lei mundial que somente um carro poderia ser fabricado, esse carro seria o Corolla, pois ele tem tudo que um automóvel precisa para atender qualquer público.

Quer saber os motivos?

1. Baixa desvalorização

Já faz anos que carro não é considerado investimento. A depreciação é sempre maior que a inflação. Mas o Corolla teima em quebrar essa lógica. Cansei de ouvir pessoas que revenderam o carro por valores próximos do que foi pago anos antes. Claro que isso não serve para o comprador de zero km, que inevitavelmente sofre mais com a desvalorização dos primeiros anos. Mas o comprador de usado que valoriza o dinheiro vai de Corolla sem pensar duas vezes. A tabela das gerações anteriores parece que estacionou e sofre poucas alterações, o que garante ao dono tranquilidade na revenda.

2. Liquidez

"Vendi meu Corolla no mesmo dia que anunciei" é outra frase que escuto com frequência. Quando procuro Corolla para algum cliente, a dificuldade é encontrar algum que ainda esteja disponível, pois ao ligar para os anúncios mais interessantes, é comum alguém ter chegado antes de mim. Sabendo disso, o comprador do Corolla sabe que, se por alguma razão precisar vender o carro com rapidez, conseguirá isso sem ter que dar altos descontos.

3. Atende todos os bolsos

Com muitos anos de mercado brasileiro, sendo mais de 20 com produção local, os Corolla anunciados atendem todos os bolsos. Quem tem algo em torno de R$ 15 mil ou R$ 20 mil encontra nos primeiros modelos nacionais uma excelente opção de carro robusto, confortável e bem equipado. Acima disso, tem Corolla em todas as faixas de preço, até chegar nos modelos novos. Mesmo aqueles abastados que podem de ter o carro que quiser na garagem, por vezes optam pela discrição do Corolla para o uso diário.

4. Atende todas as faixas etárias

O visual comportado do Corolla é o preferido das pessoas com mais idade. O apelido "vovôrolla" está na boca dos donos de outros sedãs médios, com visual mais esportivo. Mas nem por isso os mais novos deixam de querer ter um na garagem. Os números de vendas estão aí para provar que não estou mentindo, além da nítida percepção dos meus clientes, jovens em sua maioria, e completamente apaixonados pelo Corolla.

5. Atende todos os estados civis

O motorista solteiro que tem um Corolla vê no carro uma excelente opção, já que não é exageradamente grande e tem a clássica carroceria sedã. A partir do momento que a família aumenta, não é preciso se preocupar com a troca, pois o amplo espaço para bagagem e ocupantes faz do Corolla um ótimo veículo familiar.

6. Câmbio automático resistente

Não tenho dúvidas que o Corolla, junto com outros carros de origem japonesa, ajudou a difundir o câmbio automático no Brasil, que por anos foi preterido por receio do custo de manutenção, além de menor eficiência em relação ao câmbio manual. No caso do Corolla, você nunca escuta alguém dizer que o câmbio quebrou, tampouco reclamar que o carro gasta muito combustível e tem baixo desempenho por ser automático. Até mesmo as constantes reclamações de câmbios automáticos de 4 marchas parecem não atingir o Corolla, que só se livrou dele em 2015 e ninguém pega no pé por causa disso.

7. Baixa manutenção

Levando em conta que a maioria das pessoas não entende praticamente nada de mecânica, nada mais normal que optar por um modelo que tenha fama de inquebrável para minimizar essa preocupação. Nisso o Corolla é campeão: sua mecânica está em constante evolução tecnológica, mas sem perder a essência de simplicidade. Donos de Corolla basicamente trocam óleo do motor na grande maioria das vezes. Não gosto de dizer isso, mas até mesmo os com manutenção negligenciada rodam como se nada pudesse barrá-los.

8. Bom desempenho

Há quem reclame do atual motor, que por mais que seja atual, não tem a mesma pegada dos modernos turbos com injeção direta. De qualquer forma, o desempenho do Corolla está longe de ser inadequado para a proposta do modelo. É um legítimo estradeiro que faz bonito em qualquer viagem.

9. Bom para blindar

Blindar carros de luxo é algo comum na nossa atual realidade. Recentemente a Audi divulgou o Q5 Security, que vem com essa proteção de fábrica. Já quem não pode dispor de tanto dinheiro para comprar um carro de luxo, encontra no Corolla uma opção interessante. Seus 20 kgfm de torque são suficientes para encarar o peso extra da blindagem. E no mercado de usados, é um dos poucos que continuam interessantes mesmo com o passar dos anos.