Peugeot 308 CC: como é andar no carrão conversível do barraco do Leblon
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Se você esteve no Brasil nos últimos dias, provavelmente acompanhou um episódio constrangedor que aconteceu no Leblon, bairro do Rio de Janeiro. Nele, um carro conversível desfilou com algumas mulheres de biquini e protagonizou uma confusão com pessoas que estavam em um bar.
Mas não estou aqui para escrever sobre o caso em si. Também não pretendo entrar no mérito das possíveis irregularidades cometidas pelo motorista, algo que já foi abordado aqui no UOL Carros.
Vou me limitar a escrever sobre o personagem menos culpado de toda essa história, que foi o belo e raro Peugeot 308 CC branco, carro que eu tive a oportunidade de avaliar.
Aqui cabe um parêntese, que para mim foi muito curioso. Não tinha passado pela minha cabeça citar o que aconteceu no Leblon, não tem nada a ver comigo. Mas recebi algumas mensagens no vídeo do 308 CC avaliado por mim (publicado em outubro do ano passado no meu canal do YouTube), de pessoas que chegaram lá por conta do "barraco no Leblon".
Com isso, fui checar as estatísticas do vídeo e ele já estava com crescimento de 200% nos últimos sete dias. Estava claro que, por mais que o 308 CC tenha sido um coadjuvante nessa história, o interesse pelo carro aumentou consideravelmente nos últimos dias.
Então vamos lá, deixar toda a polêmica de lado e finalmente focar nesse conversível francês. Aliás, ele é mais do que um conversível. Para quem não sabe, "CC" significa "Coupé Cabriolet", já que sua capota é rígida e, quando fechada, faz do carro um legítimo cupê.
Apesar de raro em nossas ruas, os conversíveis são charmosos e despertam interesse até mesmo em quem não se importa muito com os carros. No caso do 308 CC, o modelo foi importado somente por alguns anos, mas a Peugeot é uma das marcas que mais insistiu nesse mercado no Brasil, oferecendo modelos desde os anos 90.
Com desenho próprio, o 308 CC até compartilha várias peças com o 308 hatch, bem mais comum nas ruas. Mas basta um olhar mais atento para notar várias diferenças. De lado, o para-brisa mais inclinado e o fato de ter apenas duas portas deixam o carro com um visual mais esportivo. Na traseira, tudo diferente, inclusive as lanternas, que por sinal não de LED.
Por dentro, os mais atentos vão reparar nas laterais de portas exclusivas, nos bancos envolventes e no sistema de som da JBL, alguns dos diferenciais dessa versão. Ele também tem dois botões ao lado do freio de mão, que você não vai encontrar em nenhum outro Peugeot 308. Um deles, serve para abrir ou fechar os 4 vidros, de uma única vez. O outro é para abrir ou fechar a capota, que tem funcionamento elétrico.
O carro tem boas dimensões externas, mas o espaço para quem vai no banco traseiro é muito limitado, assim como em quase todos os carros conversíveis. Não podemos esquecer que boa parte da traseira do carro está reservada para receber a capota quando aberta, ou seja, não tem como fazer milagres com o espaço interno.
Quanto à estrutura, ela foi revista pelo fabricante, que precisou colocar travessas na parte inferior do carro para aumentar a rigidez da carroceria, já que não existe estrutura no teto, como em qualquer outro carro normal.
Já o motor é o conhecido THP, presente até hoje nos principais modelos do grupo PSA. Trata-se de um moderno 4 cilindros, com 16 válvulas, turbo e injeção direta de combustível. Por ser um carro importado e de um período anterior ao THP flex, o 308 CC só aceita gasolina em seu tanque de combustível.
Isso não seria problema para o típico comprador desse tipo de carro, alguém despreocupado com os possíveis trocados que poderia economizar na escolha do combustível mais eficiente para o carro. Porém, é sabido que o THP flex recebeu diversas melhorias, que fez seus componentes serem mais robustos e deixarem de ser tão criticados por seus donos, como acontecia no caso dos THP a gasolina.
A transmissão também é a mesma utilizada até hoje pelos modelos da PSA, ou seja, automática de 6 marchas, com opções de trocas manuais.
Sobre mercado, uma rápida consulta no principal classificado do Brasil mostra que apenas 11 modelos estão disponíveis para a venda, em todo o território nacional. Seus preços variam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil, mas certamente dá para pechinchar bem por um carro como esse.
Não é barato, mas a boa notícia é que conversíveis conseguem segurar bem seus preços. Mesmo sendo um carro exclusivo, com poucos interessados, os donos sabem que podem revendê-los no futuro por valores bem próximos do que pagou.
Se você se entusiasmou com esse tipo de carro, mas se assustou com o preço, outra boa notícia. A mesma Peugeot também importou alguns 206 CC. Bem mais antigos, mas também mais baratos, começam nos R$ 25 mil e são relativamente simples de manter, pois usam o motor 1.6 aspirado - praticamente o mesmo do mais recente lançamento da marca, o 208. Ou seja, graças à Peugeot, tem conversíveis para todos os bolsos no Brasil.
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