Carros bem pequenos: 9 modelos ainda menores que Mobi, up! ou Kwid
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Quando se fala em carros pequenos, qual é o modelo que vem na sua mente? No meu caso, lembro imediatamente do trio Volkswagen up!, Fiat Mobi e Renault Kwid. Eles são, se fato, os menores carros disponíveis no nosso mercado de novos.
O menor deles é o Mobi, com apenas 3,57 m de comprimento, e poderia ser ainda menor, caso tivesse uma plataforma própria. Fosse um carro pensado para ter motores com no máximo 3 cilindros, como é o caso do up! e do Kwid, o cofre do motor seria menor e o desenho do carro seria até mais harmonioso.
De qualquer forma, o carro é pequeno, e eu sempre me interesso por projetos assim. Não deve ser nada fácil, principalmente com as cada vez mais rígidas exigências de segurança, projetar um modelo pequeno que transporte quatro ou cinco passageiros, mais bagagem.
E a Fiat sempre foi especialista nisso. Além do Mobi, outros dois carros bem pequenos vendidos aqui no Brasil foram o Uno - o original - e o 147, com 3,69 m e 3,63 m respectivamente.
Mas, conforme o título dessa coluna, quero falar de carros que conseguem ser ainda menores do que isso. Num primeiro momento, não parece ter tantos, mas consegui resgatar na minha memória pelo menos 10 modelos que tivemos no passado. Se o leitor se lembrar de mais algum, pode deixar nos comentários.
Kia Picanto - 3,49 m (1ª geração)
Ele tinha tudo para dar certo no Brasil, principalmente quando ganhou uma carroceria mais atraente na segunda geração. Mas, por ser importado, sempre oscilou de acordo com o momento da nossa economia.
Na primeira geração, foi oferecido inicialmente com motor 1.1, e depois com motor 1.0, sempre 4 cilindros. O carrinho foi bem equipado pela Kia, sendo mais completo que muitos carros maiores de sua época. Até transmissão automática ele teve, como opcional, algo que nenhum outro concorrente dessa categoria oferecia.
Hyundai Atos - 3,49 m
Com o mesmo comprimento do Picanto, o Hyundai Atos não durou muito por aqui. As linhas da sua carroceria não eram nada atraentes, o que faz imaginar que os poucos compradores viam nele qualidades além da parte estética.
Bom, sei que esse é um ponto pessoal, mas dê uma olhada nessa imagem e me diga se esse não é um dos carros mais estranhos de todos os tempos. Enfim, vendeu pouco e já saiu de linha há uns bons anos, o que faz dele um carro bem raro em nossas ruas.
Jeep Willys e Ford - 3,44 m
Um dos carros mais bem-sucedidos na história do automóvel, nasceu de um projeto que não tinha como ser mais simples. Não por acaso, acabou se tornando um veículo compacto, pelo menos no comprimento.
Na altura, nem tanto, mas com a possibilidade de remover a capota e "deitar" o para-brisa para frente, passava a ser mais baixo que qualquer outro. Conforto, desempenho e consumo nunca foram seu forte, mas sim suas aptidões fora-de-estrada que fizeram o Jeep conquistar o mundo.
Suzuki Samurai - 3,44 m
Com o mesmo comprimento do clássico Jeep, o jipinho da Suzuki também é guerreiro no fora-de-estrada, mas com muito mais conforto. É até covardia comparar um com o outro, pois são projetos com décadas de diferença.
Não vendeu tanto por aqui e hoje é bem raro ver um nas ruas. Seu sucessor, o Jimny, também é um jipinho pequeno, mas não entra nessa lista por ser 20 cm maior que o Samurai.
Daihatsu Cuore - 3,35 m
Raro de se ver por aqui, o pequeno Cuore é famoso por ser odiado por donos de postos de combustível - o carrinho é muito econômico e eficiente. Por dentro, o aproveitamento interno é surpreendente para o tamanho do carro.
O motor 0.8 seria algo impensável hoje em dia. Infelizmente essa submarca da Toyota ficou pouco tempo por aqui, deixando órfãos donos do modelo.
Gurgel BR-800 e Supermini - 3,19 m
A saudosa marca Gurgel, 100% nacional, teve uma riquíssima história, que infelizmente teve um final bem triste. Uma das obsessões do seu fundador era os carros pequenos.
Dois que tiveram certo sucesso foram o BR-800 e o Supermini, que hoje começam a despertar interesse em alguns colecionadores. O pequeno motor de apenas 800 cm³ era baseado no boxer do Fusca, porém com a metade dos cilindros e arrefecido a líquido.
Subaru Vivio - 3,19 m
A Subaru é famosa por seus carros com motores boxer e tração nas 4 rodas. Nos anos 1990, no entanto, ela trouxe o pequeno Vivio, sem essas características - com motor de 4 cilindros em linha e a tração apenas na dianteira.
Uma curiosidade é que o nome do carro remete à cilindrada do motor em algarismos romanos. VI = 6, VI = 6, O = 0, ou seja, 660 cm³. Esse tipo de carro é comum no Japão, que inclusive concede incentivos fiscais para eles.
Gurgel XEF - 3,12 m
Bem mais raro que o BR-800 e o Supermini, o XEF vendeu menos de 200 unidades, portanto é pouco conhecido do público, mas foi um dos carros mais originais que já tivemos. O banco do passageiro era mais largo, pensado para comportar duas pessoas.
Porém, mesmo nunca tendo entrado em um, fica claro que os passageiros precisavam ser bem amigos para não se incomodarem de ficar tão juntinhos. Como não tinha banco traseiro, o limite era desses 3 ocupantes, ou melhor, 2+1.
Smart Fortwo - 2,70 m
O campeão dessa lista não poderia ser outro carro. O Smart parece um carro de brinquedo e jamais passa despercebido. Desenvolvido pela gigante Mercedes-Benz, não faltou orçamento nem bom gosto para conseguir fazer um carro diferente de qualquer outra coisa que já tinha aparecido. Com apenas 2,70 m de comprimento e muito charme, esse pequenino é o que melhor atende a necessidade de muitas pessoas.
Fico imaginando se o trânsito não seria mais livre se tivéssemos mais Smarts nas ruas... Pesa contra ele o fato de ser muito caro, mesmo no mercado de usados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.