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Funções ocultas: 6 itens que seu carro tem e você nunca percebeu
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Nossos carros estão recheados de soluções que, muitas vezes, nem fazemos ideia. Algumas são bem práticas, outras nem tanto, mas jamais inúteis. Uma coisa é certa: o time de "redução de custos" está sempre em alerta, e quando algo é identificado como inútil, tem grandes chances de ser cortado na linha de produção.
Na minha profissão como Caçador de Carros, foram várias as situações em que estava avaliando o carro usado de alguém e, durante o processo da vistoria, comentei sobre alguma solução interessante, e o dono do carro ficou surpreso por nunca ter reparado naquilo, mesmo tendo convivido com o veículo por um bom tempo.
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Listei algumas dessas soluções "ocultas", que na verdade nem posso considerar como secretas, mas que tenho certeza que passam despercebidas pela maioria das pessoas.
Ressonador de ar
Como o leitor deve saber, o motor a combustão de um carro precisa de ar para poder funcionar, e não é por acaso que uma das manutenções mais simples e corriqueiras é a substituição do filtro de ar.
Para esse ar chegar até o interior do motor, ele passa por um caminho que até parece simples, mas tem se mostrado cada vez mais complexo nos carros mais modernos. Pensando na melhor eficiência possível, os engenheiros projetam esse trajeto de maneira que o ar chegue na melhor quantidade e temperatura possíveis para cada tipo de condição. Como se não bastasse isso, ainda tem a preocupação com ruídos desagradáveis dessa captação de ar, e é aqui que entra o ressonador de ar.
É muito fácil o leitor identificar se o carro tem ou não o ressonador de ar, basta observar o espaço entre a captação de ar e o filtro. Se notar a presença de algo como uma caixa oca, pode ter certeza que se trata dele. Quando o ar captado passa por ali, as ondas sonoras são "quebradas", e aquele ruído desagradável de ar sendo sugado é praticamente eliminado.
Divisão de som
Tenho uma filha adolescente e, como é de se imaginar, nossos gostos musicais não são sempre os mesmos. Aqui nem cabe julgamento do que é bom ou ruim, apenas uma constatação de algo comum de se acontecer. Enquanto os ouvidos dela são mais toleráveis para descobrir novas bandas e ritmos, os meus tendem a ser mais conservadores e preferem escutar as mesmas coisas de sempre. Sendo assim, não faltam discussões para escolher a música que vai tocar quando estamos dentro do carro.
Em boa parte das vezes, ela opta por usar fones de ouvido e escutar as músicas do celular, enquanto eu fico com o sistema de som do carro. Aqui entra um recurso antigo, que praticamente todos os aparelhos de som automotivo têm, mas que quase ninguém sabe usar, que é o controle que direciona o som para frente ou para trás da cabine.
Em alguns aparelhos aparece como "fader", em outros apenas como "fade", mas a função é mesma. No exemplo citado acima, mesmo quando minha filha está com os fones de ouvido, o som que está tocando no carro pode vazar para os ouvidos dela, e para que isso não aconteça, basta direcionar todo o áudio para os alto-falantes dianteiros e fazer a alegria de todos presentes dentro do carro.
Porta-cabide
Em algumas fases da minha vida, usei camisas sociais, ternos e blazers com frequência. Hoje, felizmente é algo raro, mas vez ou outra a ocasião pede mais formalidade, e lá vão essas peças de roupa para dentro do carro. Para evitar que amassem, as alças de teto podem e devem ser utilizadas para pendurar cabides.
Até aí, tudo bem, o que nem todos percebem é que existe o local certo de pendurar o cabide para que ele não fique acompanhando as acelerações e frenagens do carro, indo para frente e para trás. É para isso que serve as pequenas linguetas que são adicionadas em algumas dessas alças e que permitem que o cabide fique sempre na mesma posição.
Suporte para tampa do tanque de combustível
Diferentemente do que acontece em outros países, aqui no Brasil nós utilizamos o serviço de frentistas para abastecer nossos carros. Sendo assim, é mais do que comum que o dono de um carro jamais tenha visto aberta a tampa que dá acesso ao tanque.
Caso o leitor tenha curiosidade, vá até o carro, abra a tampa externa e verifique se existe algum espaço para que a tampa interna seja colocada de maneira segura. São grandes as chances de ter algo projetado para isso, que nem mesmo os frentistas se atentam.
Nos postos de combustíveis, eu observo que na maioria das vezes, o frentista apoia a tampa em algum lugar da carroceria, dando chances do combustível presente ali, possa danificar a pintura do carro. Em outros casos, o frentista apoia a tampa interna na bomba de combustível e corre o risco de recolocá-la no lugar antes de liberar o carro.
Lugar para prender os cintos de segurança
Rebater o banco de um carro é das tarefas mais simples, ou pelo menos deveria ser. O que percebo é que algumas pessoas apanham dos cintos de segurança, que podem atrapalhar se não forem devidamente colocados em algum local previsto pelo fabricante do carro.
Pensando nos carros atuais, que contam com cintos de três pontos para todos os ocupantes, é preciso de um pouco de atenção com eles.
O cinto central, certamente foi previsto para ser retraído de alguma maneira, e o manual do proprietário te ajudará caso não seja visualmente tão simples de entender como deve ser feito. Quanto aos laterais, geralmente existem nichos ou fivelas para que sejam fixados, e liberem espaço para o encosto do banco deitar.
Mais importante que isso, no momento de voltar o encosto para a trás, se os cintos não estiverem fixados nas laterais, é grande o risco deles ficarem atrás do encosto e serem "mordidos" pelas travas, podendo danificar seriamente o material do cinto de segurança.
Botões dos vidros elétricos "seguros"
Pode reparar que praticamente todos os carros atuais, dos mais simples até os mais luxuosos, utilizam botões dos vidros elétricos do mesmo tipo, que mais parecem alavancas que precisam ser empurradas para baixo, ou puxadas para cima.
Se voltarmos um pouco no tempo, vamos encontrar outras soluções que foram abandonadas, e existe um motivo bem simples para isso. Imagine uma criança com a cabeça para fora da janela do carro, algo que teoricamente nem deveria acontecer, mas na prática pode. Caso ela encoste alguma parte do corpo de maneira involuntária num botão comum, o vidro pode subir e machucar seriamente seu pescoço, para não dizer coisa pior.
Nessa mesma situação, mas considerando esses botões atuais, caso alguma parte do corpo encoste nele, só existe a possibilidade do vidro descer. A partir do momento que esse tipo de botão foi apresentado pela primeira vez, foi natural que todos os fabricantes passassem a adotá-lo em seus modelos, visto a segurança que eles passam.
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