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Carros em extinção: 6 últimas opções realmente legais com câmbio manual

Tudo indica que carros com câmbio manual deixarão de existir em um futuro próximo. As caixas automáticas evoluíram tanto que definitivamente caíram no gosto dos motoristas em todo o mundo.

Aqui no nosso país, os poucos carros manuais que sobraram estão restritos aos modelos de entrada, por motivos de custo. Porém, se opcionais que eram caros do passado hoje são padrões até mesmo nos automóveis mais simples e baratos, é provável que o mesmo aconteça com o câmbio automático em futuro próximo.

Entretanto, conduzir um bom carro manual ainda arranca sorrisos de alguns apaixonados por carros. Foi exatamente o que aconteceu comigo nessa semana e motivou o tema dessa coluna.

Tive a oportunidade de guiar um Chevrolet Cruze manual, configuração que até tinha esquecido que existia. Trata-se da primeira geração do modelo, que vinha com motor 1.8 de aspiração natural que casou perfeitamente bem com o câmbio manual de seis marchas. Embreagem macia e engates precisos da curta alavanca, posicionada em console alto, foram suficientes para resgatar em mim o prazer adormecido de guiar carros manuais.

Diante desse cenário, resolvi procurar os últimos carros realmente legais que tiveram versões com câmbio manual. Nesse caso, são os da categoria dos médios, assim como o Cruze. Por estar em um degrau acima, são sempre mais caprichados em equipamentos de conforto e segurança, além de sempre terem motores mais potentes que carros menores.

Chevrolet Cruze LT 2016

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Imagem: Murilo Góes/UOL

Começado pelo modelo que inspirou a coluna, o Cruze teve opção de câmbio manual de seis marchas até o modelo 2016, tanto na carroceria sedã, como na hatch, sempre na versão LT. Foi o último ano da primeira geração, ou seja, a segunda decretou o fim da caixa manual nos sedãs médios da Chevrolet.

Essa versão, mesmo sendo a mais simples, já vinha muito bem equipada com quatro airbags, controles de estabilidade e tração, direção elétrica e ar-condicionado digital.

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Mas quem quer ainda mais pode descer dois anos e procurar pelo raro Cruze LTZ manual, na carroceria hatch, disponível até 2014 e que vinha com vários outros mimos, inclusive teto solar. No mercado de usados, esses últimos modelos manuais beiram os R$ 70 mil.

Nissan Sentra S 2016

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Imagem: Murilo Góes/UOL

Também em 2016, foi o último ano do Sentra equipado com câmbio manual de seis marchas, disponível apenas na versão S, a de entrada. Perde vários equipamentos das versões mais completas, mas continua sendo um carro muito interessante, principalmente no preço, em torno de R$ 56 mil.

Equipado com o ótimo motor 2.0, com muito torque desde baixas rotações, também vinha com direção elétrica, bancos aveludados, controles de estabilidade e tração.

Citroën C4 Lounge Origine 2017

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Imagem: Divulgação
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Aqui uma joia que poucos sabem de sua existência. Para o modelo 2017, a Citroën disponibilizou a inusitada configuração de motor 1.6 turbo com 173 cv e câmbio manual de seis marchas no C4 Lounge.

É a melhor definição de lobo em pele de cordeiro. A versão Origine, única com esse câmbio, é bem simples no acabamento, mas entrega tudo o que se espera de um sedã médio, inclusive com direção elétrica, controles de estabilidade e tração e até saída de ventilação para o banco traseiro.

Seu preço gira em torno de R$ 62 mil, mas já adianto que é difícil de encontrar de tão poucos que foram vendidos.

Volkswagen Jetta Trendline 2017

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Imagem: Divulgação

Outro que também sobreviveu somente até 2017 com câmbio manual foi o Jetta na sua versão mais simples Trendline, com motor 1.4 turbo. Menos potente que o C4 Lounge, mas com um pouco mais de torque, é outra grata surpresa para os amantes do câmbio manual, aqui com seis marchas.

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Seu maior problema é o preço, que gira em torno de R$ 83 mil - algo que não se justifica. Vale lembrar que esse mesmo conjunto de motor e câmbio também estiveram presentes até 2016 em Golf e Golf Variant.

Mitsubishi Lancer 2018

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Imagem: Divulgação

Esse é um tanto esquecido em qualquer versão. O carro é ótimo, ficou disponível por vários anos na mesma geração, mas sempre vendeu pouco. Só consigo imaginar Lancer com câmbio automático, portanto é visualmente estranho para mim olhar para uma alavanca manual naquele console, mas a Mitsubishi deixou essa opção até 2018, um ano antes dele sair de linha.

Pobre de equipamentos, vinha com direção hidráulica e a caixa tinha apenas cinco marchas. O preço gira em torno de R$ 67 mil, caro pelo conteúdo oferecido, mas interessante por ser de um carro com apenas cinco anos. Vale lembrar que esse mesmo conjunto também esteve disponível até 2018 para o ASX, o SUV que dividia plataforma com Lancer e Outlander.

Honda Civic Sport 2019

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Imagem: Divulgação
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Coube ao Civic ser o último a apagar as luzes dos câmbios manuais para os médios. Durou até 2019 com essa opção, somente na versão Sport. O conhecido visual esportivo do modelo ficava ainda melhor com a grade preta, que combinava com a proposta.

O motor 2.0 de aspiração natural e o câmbio manual de seis marchas formavam excelente conjunto, que ainda contava com pacote completo de segurança com seis airbags, controles de estabilidade e tração, além de mimos com multimídia e ar digital.

Perfeito em quase tudo, menos no preço. Como era de se esperar, além de ser o mais novo, também é o mais caro da lista, passando fácil dos R$ 105 mil.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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