Antiquados e gastões: carros com câmbio automático dos quais é melhor fugir
O câmbio automático é um dos equipamentos mais desejados pelos brasileiros e, felizmente, está disponível até em carros de entrada.
Contudo, houve um tempo em que a transmissão sem pedal de embreagem era rejeitada por muitos, pois prejudicava o desempenho e o consumo na comparação com o câmbio manual do mesmo veículo.
Boa parte do problema desses antigos câmbios era o fato de trazerem apenas quatro marchas - quanto mais marchas, menor é o intervalo entre as trocas, permitindo que o motor trabalhe com rotações mais baixas e, consequentemente, gastando menos combustível. Já nas acelerações, a maior quantidade de marchas faz com que a rotação esteja sempre mais próxima do pico de potência máxima, melhorando o desempenho.
Atualmente, a evolução na parte eletrônica e, principalmente, o maior número de marchas acabaram com esse problema - no mercado de carros novos, somente o Suzuki Jimny Sierra ainda utiliza câmbio de quatro velocidades.
Ao mesmo tempo, automóveis mais antigos com transmissões de quatro velocidades são descartados por muitos compradores de carros usados. Inclusive, é sempre uma das preocupações quando se está escolhendo um para adquirir.
Na coluna dessa semana, apresento carros relevantes com câmbio automático de quatro marchas e até quando ficaram no mercado para ajudar você a fugir dessas caixas mais antiquadas e gastonas.
Chevrolet
Quem não quer saber de Chevrolet com câmbio de quatro marchas tem de descartar todos Astra, Vectra e Zafira. Somente seus sucessores passaram a ter câmbio de seis marchas, a partir de 2012. Primeiro vieram Cruze e Sonic, depois, em 2013, Spin e Cobalt, e, por fim, Onix, Prisma e Tracker, em 2014.
Quanto ao Omega, o sedã de luxo passou a ter cinco marchas na linha 2005 e seis nos seus dois últimos anos (2011 e 2012). Já Captiva e Malibu sempre tiveram câmbio de seis marchas.
Citroën e Peugeot
Newsletter
CARROS DO FUTURO
Energia, preço, tecnologia: tudo o que a indústria está planejando para os novos carros. Toda quarta
Quero receberQuando se fala em câmbio de quatro marchas, logo vem à mente a problemática transmissão utilizada por essas marcas francesas.
Foi somente a partir dos modelos 2018 que toda a linha passou a ser equipada com os confiáveis câmbios de seis velocidades.
Mas, bem antes disso, qualquer modelo automático dessas montadoras com motor 1.6 turbo, o famoso THP, já vinha com o câmbio de 6 marchas, sendo o primeiro deles o Peugeot 3008, em 2011.
Na linha dos motores aspirados, os primeiros com câmbio de seis velocidades de Peugeot e Citroën foram os 2.0, em 2014, com Citröen C4 Lounge e Peugeot 308 e 408.
Fiat
A Fiat teve poucos modelos automáticos no passado. O primeiro foi o Marea, sempre com câmbio de quatro marchas, e depois a marca ficou anos sem um representante verdadeiramente automático - tendo investido muito tempo na caixa automatizada Dualogic, que felizmente ficou no passado.
Uma exceção é o Freemont, um Dodge Journey com motor 2.4 e emblemas da marca italiana. Para quem pretende comprar um, é bom saber que, nos dois primeiros anos, 2012 e 2013, o câmbio tinha apenas quatro velocidades. Já nos dois últimos anos, 2014 e 2015, o câmbio passou a ter seis.
Dos modelos mais recentes da marca italiana, fora os automatizados, todos vieram com caixa de seis marchas ou CVT.
Ford
A Ford utilizou caixa automática de quatro marchas por muitos anos em vários modelos, como EcoSport, Focus e Mondeo. Só aposentou esse câmbio em 2013, tendo investido na problemática caixa automatizada de dupla embreagem Powershift depois disso.
Foi somente em 2018 que a marca tentou corrigir o erro, voltando a equipar o EcoSport com câmbio automático de verdade, com conversor de torque e seis velocidades.
No ano seguinte, Ka Hatch e Sedã foram contemplados com a mesma caixa. Infelizmente, Focus e Fiesta "morreram" com o Powershift.
Quanto ao Fusion e ao Edge, estes, importados, sempre tiveram 6 marchas, com exceção dos primeiros anos do Fusion, que teve cinco até 2009.
Honda
Famosa pelos câmbios automáticos robustos e confiáveis, a Honda aposentou cedo as caixas de quatro marchas. Primeiro foi o Accord, com cinco já em 2003. Depois vieram Civic e CR-V, também com cinco velocidades, a partir de 2007.
Quanto a Fit, City, WR-V e HR-V, estes nunca tiveram câmbio de quatro marchas, para alegria de quem não quer nem conversa com esse tipo de câmbio.
Hyundai
A principal marca sul-coreana presente no Brasil também tem boa reputação quando o assunto é câmbio automático. Contudo, a Hyundai utilizou caixa de quatro marchas por bastante tempo, o que exige atenção na escolha.
Por exemplo, quem não quer carro automático nessa configuração pode descartar a primeira geração do Tucson, que durou até 2019, e sempre teve esse câmbio.
O mesmo acontece com os populares HB20 e HB20S, equipados com câmbio de quatro velocidades até o modelo 2015. Já seus irmãos de plataforma, Veloster e Creta, sempre tiveram câmbio de seis, que a linha HB20 recebeu somente em 2016.
Outro que "sofreu" com as poucas marchas foi o i30, pelo menos até 2012, último ano da respectiva primeira geração.
Já os sedãs Elantra, Sonata e Azera sempre tiveram mais marchas, assim como os SUVs Veracruz e ix35.
Na semana que vem, tem a segunda parte, com Jeep, Kia, Mitsubishi, Nissan, Renault, Subaru, Suzuki, Toyota e Volkswagen
Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.
Deixe seu comentário