Cilada chinesa: 5 carros lançados no Brasil dos quais é melhor você fugir
Se não é possível escapar da depreciação que acontece com o tempo, então que seja a menor possível. É assim que muitos brasileiros pensam em relação a carros, e por isso optam por modelos consagrados no mercado.
Se voltarmos alguns anos, os carros chineses eram apostas. As marcas que se aventuraram no começo das importações dos modelos desse país asiático eram agressivas nos preços e entregavam carros recheados de equipamentos. Mas faltava tradição no mercado, e por mais tentadores que fossem, eram compras arriscadas.
Passados todos esses anos, posso dizer que as pessoas que decidiram correr esse risco se deram mal. Não existe um modelo chinês com mais de 10 anos de uso que hoje seja bem visto e desejado no mercado.
Na coluna dessa semana vou listar alguns desses chineses com mais de 10 anos que não recomendo a compra.
Chery
Se hoje existe fila de espera para comprar o competitivo Caoa Chery Tiggo 7, antes o cenário era bem diferente para essa marca chinesa. Quando ainda se chamava apenas Chery, comercializou modelos como Celer, Cielo, Face, QQ, S18 e Tiggo.
Todos vieram bem equipados, mas era notório a baixa qualidade do acabamento interno, com peças e estofamento frágeis. Para mim, passavam a sensação de carros projetados para durarem pouco, o que pode dar certo em alguns países, mas não aqui, onde o carro precisa encarar décadas e vários donos diferentes o longo da vida para ter sucesso.
Hoje, esses primeiros Cherys são raros e esquecidos. Quem ainda é dono de um tem dificuldade de encontrar comprador.
Lifan
Se foi ruim para quem apostou em um Chery, pior ainda foi para quem apostou em um Lifan. A marca ficou poucos anos no nosso mercado, com os modelos 320, 530 e X60.
Sem representação e sucessores no nosso mercado, a tendência é que os poucos sobreviventes desapareçam das ruas nos próximos anos. Tem coragem de apostar em um carro fracassado?
JAC
Newsletter
CARROS DO FUTURO
Energia, preço, tecnologia: tudo o que a indústria está planejando para os novos carros. Toda quarta
Quero receberSe eu tivesse que apostar em alguma chinesa do passado, seria a JAC. Chegou forte com modelos como J2, J3, J5 e J6, além da ajuda do Faustão como garoto-propaganda. Mas ainda bem que não gosto de apostas e esperei o tempo passar.
Hoje a marca segue no nosso país com vendas pífias, apenas 750 unidades emplacadas nos primeiros cinco meses no ano, todos de modelos com motores 100% elétricos. Em um cenário com fila de espera para outras marcas chinesas, a veterana JAC ficou para trás.
Nos classificados, esses JAC mais antigos tem preços bem baixos, e mesmo assim ficam encalhados. Um possível comprador, prefere colocar seu dinheiro em algum nacional consagrado, mesmo que seja com motor 1.0 e sem equipamentos, do que 'casar' com um JAC micado.
Effa
Motivo de piada, a Effa foi das primeiras chinesas a chegar aqui e ficou famosa pela baixa qualidade. Seu principal modelo, o M100, era tão ruim que foi devolvido antes de concluírem o teste de longa duração da revista Quatro Rodas.
Hoje os poucos anunciados não passam dos R$ 10 mil, e mesmo assim precisa se odiar muito para colocar alguma grana em um carro como esse.
Geely
Outra aventureira que durou pouquíssimo no nosso mercado. Dona da Volvo, a Geely pode até ser importante globalmente, mas como marca, foi um fiasco no Brasil.
O principal modelo foi o sedã EC7, que até tinha um visual agradável e parecia ser uma boa aposta. Mas mais uma vez fico feliz em não ter apostado e lamento por quem apostou. Como a marca ficou pouco tempo no mercado, o carro micou, e hoje é um produto que ninguém quer.
Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.