Envelheceram bem: veja 5 carros com 10 anos que ainda seguem atuais
O mercado de carros usados é muito forte no nosso país e tende a crescer ainda mais. Como os modelos novos estão sempre com os preços nas alturas, e boa parte dos brasileiros não conseguem acompanhar as constantes altas nos preços, a alternativa é o mercado de usados, que consegue atender todos os bolsos e gostos.
Até mesmo do comprador que quer - ou só pode - comprar algo com mais de 10 anos de uso. Se engana quem pensa que esse comprador é menos exigente. Na verdade, além da necessidade de um carro usado bom, que não dê dor de cabeças, é natural desejar que, apesar da idade, o veículo não pareça ser tão antigo.
Apresento a solução nessa coluna, com cinco carros usados que já chegaram aos 10 anos de vida, mas ainda aparentam ser bem mais novos. São veículos que envelheceram bem, e não fazem feio nas ruas.
Toyota Corolla
Apresentado em março de 2014, a 11ª geração do Corolla chegou com visual bem agressivo para afastar um pouco a imagem de "carro de tiozão". Manteve a confiabilidade mecânica dos motores 1.8 e 2.0, e finalmente descartou o ultrapassado câmbio automático de 4 marchas, para colocar um moderno CVT em seu lugar.
O que ficou devendo, pelo menos nos primeiros anos dessa geração, foram equipamentos de segurança que a concorrência já oferecia, como airbags de cortina e os controles de estabilidade e tração.
Caro como sempre, o Corolla é garantia de liquidez. Mesmo para um modelo com 10 anos, tem valor de mercado que varia entre R$ 72 mil e R$ 82 mil, dependendo da versão. Pelo menos o comprador sabe que, quando for revender, dificilmente o valor será significativamente diferente disso.
Honda Fit
O saudoso Fit é daqueles casos de sucesso que jamais deveriam sair de linha. As três gerações que tivemos no Brasil ainda despertam interesse no consumidor, mas agora só no mercado de usados.
Em abril de 2014, a Honda apresentou a 3ª geração, com carroceria totalmente nova, mas que preservava o DNA das anteriores. Ou seja, ainda era um carro bem pequeno por fora, com ótimo aproveitamento de espaço interno, mecânica simples e confiável.
Aposentou o motor 1.4, restando apenas o 1.5 em todas as versões. O câmbio automático voltou a ser do tipo CVT, como era na 1ª geração, mas agora acoplado a um conversor de torque, e não mais embreagem como antes. Por força da lei, foi a primeira vez que passou a ter freios ABS em todas as versões, mas ainda levaria alguns anos para receber controles de estabilidade e tração.
O visual desse Fit ainda é bem atual e transmite imagem de carro bem mais novo do que é. Os preços ficam entre R$ 55 mil e R$ 62 mil, dependendo da versão.
Honda City
Não dava para compartilhar o velho City no mesmo showroom do novo Fit, portanto no segundo semestre de 2014 era apresentada a 2ª geração do nosso sedã, que elevou ainda mais a boa imagem do carro.
Bonito, o City roubou mercado até mesmo do Civic, já que tinha espaço de sobra para atender uma família. Só faltava motor quando comparado ao irmão mais caro, mas isso nunca foi um problema para o consumidor que buscava eficiência, baixo custo de manutenção e boa liquidez na revenda.
O motor 1.5 foi mantido, mas agora com câmbio CVT. Dependendo da versão era oferecido com seis airbags, mas estranhamente os controles de estabilidade e tração nunca estiveram disponíveis nessa geração.
Os preços de um City com 10 anos começam nos R$ 53 mil e chegam até R$ 65 mil, ou seja, valores bem próximos do seu irmão de plataforma, o Fit.
Renault Sandero
Vai ter quem torça o nariz para esse modelo nessa lista, mas acredite, um Sandero com 10 anos ainda passa imagem de carro atual. Basta acessar o site da Renault, para notar que ele ainda está lá, com a mesma carroceria apresentada há exatos 10 anos.
Mas deixando de lado o preconceito que se tem com carros de entrada, é consenso que o Sandero evoluiu bastante na 2ª geração. O visual passa a percepção de ser mais robusto, além da melhora significativa no acabamento interno, com comandos melhor posicionados. Permaneceu com os mesmos motores de antes, ou seja, 1.0 e 1.6, ainda os velhos conhecidos da Renault, pois ainda levaria alguns anos para receber os mais modernos da família SCE, compartilhados com a Nissan.
Baratos, os Sanderos da 2ª geração tem preços que variam entre R$ 31 mil e R$ 41 mil. Só não recomendo optar pelos equipados com o câmbio Easy-R, um automatizado de uma embreagem que não é bem visto pelo mercado.
Volkswagen up
Por fim o saudoso up, que teve vida curta no nosso mercado. Apresentado em 2014, durou apenas sete anos, o que pode ser entendido por algum desavisado como um mico de mercado. Mas não é verdade, tanto que ainda é bem visto no mercado de usados.
Em termos de segurança, sempre foi melhor avaliado que modelos que ainda estão em linha, como seu rival Fiat Mobi. O que ajuda na boa imagem do up, é seu tamanho diminuto, que ajuda na disputa por espaço das grandes cidades, e sua mecânica moderna de 3 cilindros, a mesma que ainda equipa os Volkswagen atuais.
Os preços de um up com 10 anos de uso começa nos R$ 35 mil e chegam nos R$ 44 mil. Mas atenção com as versões mais simples, pois apesar de moderno, o up ainda é de uma época que ar condicionado e direção assistida eram opcionais.
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Opinião
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