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Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Correia dentada: economia na hora da manutenção pode custar caro no futuro

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Colunista do UOL

16/11/2021 04h00

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Esse é um tema que sonda a minha cabeça há tempos e, agora que saiu na revista O Mecânico, me animou a discutir com vocês. Aliás, até levantei da cadeira lendo a matéria de tanta empolgação. Não podia concordar mais com eles!

Não é a primeira vez que eu falo sobre correia dentada por aqui, o tema já foi tratado antes nessa coluna, mas nunca é demais reforçar, né?

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Nunca troquei uma correia dentada sem substituir o tensor junto. Esse é um daqueles raríssimos casos em que oriento a galera a desrespeitar o manual do proprietário e pecar pelo excesso.

O tensor, ou tensionador como queiram chamar, é uma peça muito importante na instalação da correia dentada. O mau funcionamento dele pode causar um desastre tão grande quanto um problema na própria correia, como já foi discutido em outras colunas.

Não tem como garantir, em uma inspeção visual, a saúde do tensor e que ele vá suportar o ciclo de vida de uma nova correia dentada. Esse é o discurso das principais fabricantes do componente e, para completar, temos uma norma da ABNT em vigor desde 2011 (15.759) que diz para trocar o conjunto todo, sempre.

Como eu também já comentei em outras colunas, a coisa vai ainda mais longe e recomenda inspecionar e trocar, preventivamente, bomba d'água e engrenagem do virabrequim em determinados casos.

Mas, com relação ao tensor, é regra trocar sempre. Sempre! Você vai discutir com a ABNT? Eu não!

Além da questão da segurança, já que a quebra do tensor pode causar danos graves ao motor e também terminar em um acidente, temos o tópico referente a custos.

O tensor não é uma peça cara e temos que pensar que optar por trocá-lo não encarecerá a mão de obra, já que ele seria removido, de qualquer maneira, na troca da correia dentada.

Agora, se fizermos uma conta levando em consideração o custo da peça e o de uma possível manutenção corretiva no caso da quebra do tensor, aí sim escolhemos trocar mesmo. Pela estimativa da revista, a diferença fica em torno de 5 a 10 vezes o valor da troca preventiva. Vale ou não vale?

Às vezes eu brinco nos workshops sobre o filtro de óleo. Comparo trocar o filtro a cada duas trocas de óleo a trocar a calcinha a cada dois banhos. Esse caso aqui é ainda pior... nem sei com o que comparar, porque o fim do filme pode ser bem trágico mesmo. Retífica completa de motor ou até um motor zeradinho, na caixa, que, de repente, pode sair menos caro.

Agora me contem aqui nos comentários como vocês agem com o tensor de vocês. Seguem o manual ou são precavidos como eu?

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