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Sonda lambda: por que nem sempre scanner mostra problema real do seu carro

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Colunista do UOL

28/06/2022 04h00

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Se manter atualizado deve fazer parte da rotina de qualquer profissional - e o mecânico não é diferente. Ter um scanner automotivo na oficina não quer dizer que o profissional resolverá qualquer coisa. Aliás, é importante lembrar que o equipamento dá apenas um norte para a investigação do problema, o diagnóstico preciso ainda depende da capacidade do técnico.

Mas se tem uma peça complicada na nossa área é a sonda lambda, ou sensor de oxigênio. O que vemos de mecânico por aí trocando esse componente porque o scanner apontou falha nele é uma loucura! Mas eu já contei para vocês que esse é um item extremamente duradouro.

O scanner é uma ferramenta de auxílio ao diagnóstico. É um computador que conversa com seu carro e lista os defeitos encontrados. Mas ele só conversa com os sistemas eletrônicos, então, se você tiver um problema mecânico, o scanner vai dizer qual é o componente eletrônico que tem a ver com aquele sistema, que tá apontando um comportamento diferente do esperado.

Então, se o scanner diz que a sonda lambda está com uma mensagem de falha, não está dizendo que ela tem um problema, mas sim que o sistema onde ela está inserida tem que ser investigado.

Além disso, temos outras ferramentas para testar a sonda e verificar se ela tem mesmo um defeito, como o multímetro e o osciloscópio. Algumas sondas têm até equipamentos dedicados para monitorar os parâmetros e determinar a saúde da peça ou as condições do sistema.

É de extrema importância que a oficina tenha esses recursos e, principalmente, que o técnico saiba operá-los da maneira correta, senão ele condenará a sonda, que não é uma peça barata, cobrará pela mão de obra da troca e o problema não será sanado. Isso se o carro não tiver duas sondas, uma pré e outra pós catalisador, e um profissional equivocado condenar as duas.

Fazendo uma breve revisão, a sonda lambda cheira os gases de escape e conta o que sentiu para o módulo, que fará ajustes na injeção de combustível afim de melhorar a queima e trazer mais eficiência para o motor, menor consumo de combustível e menor emissão de poluentes.

Ela é uma peça robusta, suporta altas temperaturas e muitas têm também proteções anti-impacto. Sendo assim, é duro um sensor de oxigênio dar problemas por qualquer coisa. Na maioria das vezes que o scanner aponta falhas nele, o problema está em outro lugar: velas e cabos de velas, por exemplo.

Por isso, tomem cuidado quando receberem um diagnóstico condenando a sonda lambda. Tenham a certeza de que todos os testes foram feitos para concluir que ela tem mesmo um defeito antes de autorizar a troca. Se ela não tem nada de errado, só precisa ser trocada, preventivamente, no prazo determinado pelo fabricante.