Câmbio automático: quando e por que o carro se 'recusa' a trocar marchas

O aumento na popularidade dos carros com transmissão automática é impressionante! Com isso, vem também o aumento nas dúvidas e nas preocupações com relação à manutenção desse sistema.

Eu já tenho alguns conteúdos sobre esse assunto e hoje trago algumas dicas de boas práticas que podem prolongar a vida do câmbio automático do seu carro.

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O material que você conferer a seguir tem como base a palestra do Guto Cintra, especialista em transmissão automática da Nação Mecânica, promovida pela Mobil, no circuito de treinamentos do "Super Mecânico" que aconteceu lá na Full Time Sports.

O conteúdo é dirigido a mecânicos como eu, mas também traz um apanhado de orientações para aumentar o tempo de vida do câmbio automático, o que é mega válido para o público em geral - já que a forma como você conduz seu carro faz toda a diferença. O Guto também mencionou isso!

Eu já falei,que o câmbio automático veio pra facilitar nossa vida, então você pode colocar ele no D e sair andando, feliz e contente. Mas tem alguns detalhes que podem ajudar o sistema a trabalhar melhor e aumentar a vida útil de vários componentes.

Câmbio em modo de segurança

Algumas coisas são óbvias e comuns até para os carros com transmissão mecânica, mas que muitos motoristas ignoram.

Por exemplo, é importante engatar a ré só com o carro completamente parado. Isso serve também para a posição P, que deve ser selecionada apenas com o freio de estacionamento acionado.

Para situações de subidas ou descidas muito íngremes, também podemos ajudar o câmbio automático usando as opções de marchas mais pesadas, que variam, de carro para carro.

Geralmente, essas marchas vêm sinalizadas com letras (L, de Low, por exemplo), ou números (1, 2 e/ou 3).

Para ilustrar melhor, você pode, ao descer a serra, usar o L para aproveitar as vantagens do freio-motor e preservar os componentes do câmbio. Na subida, limitar o câmbio à terceira marcha evita que a transmissão troque muitas vezes de velocidade, o que aumenta a temperatura do respectivo fluido.

Em alguns casos, esse excesso de troca de marchas faz, inclusive, com que o câmbio automático entre em modo de segurança, para evitar danos.

Pra você, que está dirigindo o carro, pode ser um pouco assustador,, mas essa proteção é vital pra que o câmbio não quebre. Depois de esfriar, ele volta ao normal e é vida que segue.

Ler o manual do seu carro também é importante. Transmissões automáticas têm diversas opções que precisam ser conhecidas pra ser aproveitadas.

Botões que ligam ou desligam o overdrive (função que deixa o carro mais "solto" em velocidade de cruzeiro para poupar combustível); recursos para que o carro seja guinchado com segurança; seletor de modo esportivo, que troca as marchas em velocidade mas alta; e modo econômico, que prioriza as baixas rotações para poupar combustível.

Também existem câmbios automáticos que permitem trocas manuais de marchas, por meio daqueles sinais de + e - no console da alavanca ou utilizando os famosos paddle Shifters (as borboletas). O legal de usar esse recurso é que você pode se divertir trocando marchas como quiser, e, se cansar ou não for muito bom nisso, o sistema de trocas automáticas reassume o controle.

O resto fica por conta da manutenção preventiva e, claro, o Guto ressaltou a importância da troca do fluido da transmissão automática. Ele deu o mesmo número que já tínhamos visto aqui, de aproximadamente 40 mil km, para fazer a revisão.

Contudo, vale mesmo obedecer a quilometragem indicada no manual do proprietário.

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