Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Cintos mortais: por que equipamento de segurança pode virar uma arma
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A segurança é uma das grandes preocupações da indústria automotiva, e vemos evolução nesse sentido a todo momento. Já fiz material para vocês a respeito da lataria dos automóveis, comentando sobre o que acontece com um carro antigo e um moderno no caso de um acidente. Hoje nosso foco é o cinto de segurança, pois recebi uma pergunta peculiar a respeito desse item dizendo sobre pessoas que perderam a vida por causa dele.
O cinto está na lista dos itens de segurança passiva do carro, aqueles que te protegerão no momento em que um acidente acontecer, junto com airbags, apoios de cabeça e diversos outros componentes relacionados ao funcionamento do seu automóvel.
Já comentei com vocês que, depois de uma colisão, é importante verificar a integridade dos cintos, já que eles podem ter sido danificados justamente para que vocês não se machuquem. É importante ficar atento a duas coisas legais: o pré-tensionador, responsável pelo travamento do equipamento na hora do impacto, e o limitador de carga, que alivia a pressão logo após a colisão.
Como qualquer coisa nessa vida, o cinto não tem 100% de eficácia. Nem ele, nem nenhum outro item e, inclusive, é por isso que tudo vai sendo sempre melhorado. Eles se tornam cada vez mais complexos para tentarmos minimizar os danos.
Agora, é muito importante que esse equipamento seja utilizado da maneira correta para que cumpra sua função da melhor maneira possível e não seja, em alguns casos, o culpado por um dano ainda maior. Tem acidentes que são graves demais para as capacidades de qualquer recurso de segurança, mas tem também casos de mau uso que costumam ter resultados muito trágicos.
Nos carros atuais é comum termos uma regulagem de altura para parte transversal do cinto, que fica aqui na coluna do veículo, e é importante fazer esse ajuste, assim como todos os outros para te deixar seguro e confortável aqui dentro: ajuste de distância e altura do banco, posição de volante e espelhos retrovisores.
Fazer todos esses ajustes é uma das chaves pro sucesso do funcionamento de todo o conjunto no momento de uma emergência e nenhum deles pode ter sua ação prejudicada por objetos estranhos.
Esse clipe, que muitas pessoas usam, é um problemão. Ele trava o cinto de segurança no lugar que você o prender. Com ele, você arruína todo o projeto de engenharia desse componente. Tem pessoas que deixam o cinto tão solto que, em uma colisão, dá para bater a cabeça no volante antes do cinto sequer perceber que alguma coisa aconteceu.
E sabem o que é pior? Não é só no motorista que algumas pessoas usam esses itens, mas em crianças também. Os pequenos devem andar em cadeirinhas ou assentos de elevação para que possam usufruir dos recursos de segurança. Daí você coloca um clipe desses no cinto da criança, comprometendo a segurança.
As cadeirinhas, com os mecanismos de travamentos e seus cintos de segurança próprios, são todos aprovados por regulamentações super rígidas, assim como os cintos de segurança. E esse acessório? Tem selo de órgão regulamentador? As pessoas te vendem esses acessórios como "conforto" para você e suas crianças, mas a verdade é que está alterando seriamente o funcionamento de equipamentos de segurança realmente importantes.
Agora, mesmo sem esses negócios, tem pessoas que são muitas criativas na hora de colocar o cinto de segurança, alegando que se sente incomodado, que machuca e tudo mais. Como disse lá no começo, se ajustamos tudo para nossa altura, não tem porque o cinto machucar.
O incômodo dele te segurando contra o banco tem que ser suportado porque essa é a função do cinto: estar sempre pronto para te proteger.
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