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Alarme ligado: como evitar que proteção ao seu carro se torne um problema

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Colunista do UOL

08/11/2022 11h00

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Adaptações no seu carro são sempre um problema, mas de algumas fica difícil de escapar - e o alarme é uma delas. É verdade que os veículos vêm, de fábrica, com vários recursos nesse sentido, mas é possível encontrar no mercado alternativas interessantes para proteger seu bem. Opções muito procuradas são aquelas com rastreadores, que bloqueiam o carro ou que fazem as duas coisas.

A grande questão é que essa alteração pode valer a garantia do seu carro e isso já é uma grande coisa. Mas, pior ainda, pode te trazer mais dores de cabeça do que soluções se não for instalado por um profissional que realmente saiba o que está fazendo.

Com relação à garantia, é possível fazer instalações de alarmes que não usem o chicote original do carro. Ainda assim, é sempre legal consultar a montadora se seu carro ainda estiver na garantia e conseguir um documento (um e-mail, por exemplo) atestando que o tipo de instalação que você fará não afetará a garantia.

O circuito elétrico dos carros está cada vez mais complexo devido à tecnologia embarcada, e também cada vez mais sensível. Hoje, uma ligação mal feita de um simples cabo de chupeta já pode causar danos a componentes eletrônicos importantes e caros no seu automóvel. Imagina instalar um acessório que altera a configuração então.

Além disso, alguns sistemas de alarmes com imobilizadores, por exemplo, precisam ser ligados a diversos componentes do seu carro para poder cortar alimentação de combustível. Isso exige que o técnico seja muito especializado e que ele tenha acesso à literatura técnica da montadora.

Aqui vão algumas dicas para minimizar as possíveis dores de cabeça. A primeira delas é escolher um alarme de qualidade, de uma marca que tenha boa reputação no mercado e com menor número de reclamações por parte de clientes e instaladores. Escolha também pelo conjunto de funcionalidades oferecido além do tradicional disparo da sirene e pisca alerta do carro. Veja ainda se o alarme que você está escolhendo é compatível com o sistema elétrico do seu carro.

Escolha bem o instalador. Ainda que seja em uma concessionária, procure saber da capacitação do profissional que vai fazer o trabalho e sobre alguns detalhes da instalação - como, por exemplo, como serão feitas as emendas de fios. Não abra mão de emendas soldadas e com materiais de primeira linha para fazer o isolamento delas.

É muito importante que você, dono do carro, saiba não apenas como operar bem o alarme, conhecendo todas as suas funções, mas também onde foi instalada a central do alarme. Vocês não têm ideia de como é comum, na oficina, recebermos carros com problemas difíceis de diagnosticar e uma dúzia de instalações de alarmes que o dono nem sabia que existiam. O chicote elétrico vira um ninho e penamos para tirar tudo e refazer a instalação como devia ter sido feita desde o início.

Preste atenção ao alarme nos primeiros dias após a instalação. É um período de validação, para identificar principalmente se ele não ficará disparando por qualquer coisa por um problema de calibração.

Mas é importante notar tudo. Desde os disparos acidentais até comportamentos estranhos com outros componentes elétricos, como vidros, travas e até funcionamento das luzes de sinalização e aparelhos de rádio. Essa parte é importante para garantir que o técnico não cometeu erros durante a instalação, puxando um negativo do lugar errado, por exemplo. Daí a importância da loja ter profissionais muito bem capacitados e acesso à literatura técnica dos veículos.

Teu sistema de alarme também precisa de manutenção preventiva, especialmente com relação às baterias de controles, já que uma bateria fraca pode te trazer muito mais problemas do que só não destravar o carro.

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