Honda Pop chega a 1 milhão de unidades com apelo "barata e valente"
Mesmo com design simples e estrutura rudimentar, motoneta faz sucesso por encarar até trechos offroad no Norte e Nordeste do país
Simples como prego, prática como chinelo: esta é (e sempre foi) a Honda Pop, modelo mais acessível da marca no Brasil (atualmente custando a partir de R$ 5.570) e que cruzou recentemente o invejável número de 1 milhão de unidades produzidas na gigantesca fábrica da empresa no Polo Industrial da Zona Franca de Manaus (AM).
Quando lançada, em 2006, a Pop causou perplexidade entre a imprensa. As razões eram múltiplas. À época não se esperava que a já "simplérrima" Honda Biz pudesse servir de base para um modelo ainda mais rudimentar. Imediatamente surgiram comentários sobre uma iminente canibalização, com a baratinha Pop roubando clientes da Biz... Coisa que não se verificou.
Na verdade, a Pop demorou a engrenar. Boa parte desta lenta aceitação veio de um fato indiscutível: ela não é exatamente bela. Para dizer a verdade, é um dos veículos de duas rodas que mais menospreza o design do ponto de vista estético e o que mais valoriza aspectos práticos. Entre forma e função, a Honda optou descaradamente pela segunda opção.
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Colocar o design em segundo plano, ação radicalmente oposta à empregada com a Biz, que nasceu bela e continua sendo, deu à Pop espaço diferenciado no mercado.
Devagarinho, o modelo foi ganhando clientes interessados justamente na rusticidade. À indestrutível mecânica, o menor dos motores produzidos pela Honda, de exatos 97 cm3 de capacidade e 6 cv, somaram-se chassi e suspensões à prova de bomba e algumas partes plásticas -- a roupagem da estrutura -- para lá de essencial.
Qualquer "tombinho" deixaria marcas em motocicletas como CG ou na própria Biz. Na Pop, por sua vez, o dano muitas vezes é nulo pois não há nada para quebrar, arranhar, entortar.
À esta característica a Honda acrescentou um elemento que definitivamente caiu nas graças dos clientes: um banco longo, largo e confortável, capaz de abrigar piloto e passageiro com sobra.
Novo motor
Recentemente o rústico motor foi substituído por outro, também monocilíndrico e refrigerado a ar, só que mais moderno, ligeiramente mais potente e que usa injeção eletrônica de combustível em vez do carburador.
Essa "sofisticação" se deu simplesmente para atender às atuais regras anti emissão de poluentes -- prova disso é que o resto da Pop (estrutura e aparência) permaneceu fidelíssimo às origens. A Honda evidentemente poderia ter mexido no visual, dando-lhe o charme estético que nunca teve, mas a opção foi por deixá-la como sempre foi.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil ela é a campeã de vendas da marca, não apenas por ser a opção mais barata da Honda tanto em relação à manutenção, mas também porque nestas duas regiões as condições de ruas e estradas são mais difíceis, com ínfima parcela de vias pavimentadas, o que exalta na Pop uma inesperada capacidade offroad, capaz de encarar com competência terrenos nos quais até mesmo motos de enduro penariam.
Concorrentes? De verdade, ela nunca os teve. Durante algum tempo o "limbo" jurídico (precisavam ou não de CNH para serem pilotados?) deu aos mais baratos ciclomotores "made in china", de 50 cc, uma fatia razoável do mercado nas regiões acima citadas.
Agora, a determinação do Contran de que mesmo as cinquentinhas devem ser licenciadas e exigir condutores habilitados e maiores de 18 anos "pilhou" a Honda Pop 110i, confirmando-a como a número 1 na preferência do brasileiros do Norte e Nordeste.
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