Harley "do Exterminador do Futuro" faz 30 anos com edição especial; conheça
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Diversos modelos tornaram-se ícones ao longo dos mais de 117 anos de história da Harley-Davidson, mas poucos representam a retomada da empresa no final do século passado como a Fat Boy. Lançada em 1990, tornou-se um sucesso de vendas até hoje, ano em que completa três décadas de estrada com uma edição comemorativa e limitada a 2.500 unidades.
A Fat Boy 30 anos mantém a identidade visual do modelo original. O enorme farol, montado sobre moldura metálica, ganhou um formato mais anguloso, mas o guidão largo, o grosso garfo telescópico, na dianteira, e as rodas inteiriças de alumínio que sempre foram marcas registradas da Fat Boy estão lá. Assim como os pneus de dimensões generosas: no caso do modelo atual, 160 mm de largura, na dianteira, e 240 mm, na traseira.
Mas para celebrar os 30 anos do modelo original, a Fat Boy 30th Anniversary traz acabamento "dark" com pintura preta e detalhes em bronze. As rodas em alumínio fundido têm acabamento em preto acetinado, enquanto a moldura do farol, o guidão e os comandos são pintados em preto metálico.
Se a identidade visual foi mantida, o motor mudou bastante. A Fat Boy comemorativa de 30 anos usa um motor de dois cilindros em "V", ainda com arrefecimento a ar, mas com maior capacidade. Com 1.868 cm³, o V2 produz 14,9 kgf.m de torque máximo, já aos 3.500 giros. Força suficiente para acelerações vigorosas na estrada.
O chassi é baseado na plataforma Softail lançada em 2017, com um quadro mais leve e suspensão traseira monochoque, que oferece bom amortecimento, mas preserva o visual "rabo duro" das antigas Harley-Davidson. O modelo ainda conta com freios ABS de série.
Willie G. Davidson desmente origem controversa do nome
Apresentada, de fato, em 1989 como um modelo 1990, a Fat Boy original foi projetada pelos designers Willie G. Davidson, neto de um dos fundadores da marca, e Louie Netz, e combinou um desenho contemporâneo com linhas de estilo clássicas da Harley-Davidson. Willie G. foi o autor do logotipo alado no tanque, que tem sido uma característica duradoura do modelo.
Em 1991, tornou-se cult com sua aparição no filme "Exterminador do Futuro 2: Julgamento final", no qual o ator Arnold Schwarzenegger pilota uma Fat Boy por Los Angeles em uma dramática cena de perseguição. O filme foi um sucesso mundial, ajudando a consolidar o modelo como um representante icônico da marca Harley-Davidson em muitos mercados, especialmente na Europa.
Lançada como uma resposta da marca à invasão de motos custom japonesas no mercado norte-americano, em pouco tempo, a Fat Boy fez com que a Harley retomasse a liderança no segmento de motos acima de 750 cc nos Estados Unidos. Essa "vitória" sobre as japonesas e o logotipo imitando o brasão da Força Aérea Americana contribuíram para o mito que a denominação do modelo vinha da união entre "Fat Man" e "Little Boy", nome das bombas atômicas lançadas sobre o Japão em 1945.
Tal origem foi sempre negada pela Harley e desmentida pelo próprio Willie G. Davidson em seu livro "100 Years of Harley-Davidson". "Ouvi muitas histórias sobre isso, quase todas falsas. Aqui está a história real: é difícil inventar nomes que serão populares nas ruas. Sempre temos que nos perguntar: "Qual é o nome da rua?" e trabalhar a partir daí. Estávamos procurando por algo incomum e talvez até um pouco irreverente, porque há algo legal em zombar de seus produtos de tempos em tempos. Para mim e para muitas outras pessoas que viram, a moto tinha uma aparência "gorda" enorme. Então, o pessoal do marketing surgiu com o nome "Fat Boy" - e a rua o pegou", conta ele.
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