Avaliação: Triumph Tiger 900 GT Pro ganha tecnologia e conforto para viajar
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A nova Triumph Tiger 900 não pode ser resumida apenas ao motor de maior capacidade. Trata-se de uma evolução da espécie de 800 cc em termos de conforto e tecnologia. Ainda mais a GT Pro, versão topo de linha dos modelos com rodas de liga-leve, de 19 polegadas, voltados ao asfalto.
Vendida a R$ 59.990, a GT Pro tem painel com tela colorida de TFT, conexão Bluetooth e aplicativo para smartphone e ajuste eletrônico na suspensão traseira. Sensor de medição inercial e seis modos de pilotagem completam o pacote tecnológico, considerado exagerado por alguns e o máximo, por outros. Bancos e manoplas aquecidas, protetor de mão e dois faróis auxiliares também já vêm de série na versão.
O novo design também merece destaque. A bigtrail trocou os faróis ovalados por um conjunto óptico com linhas retas e mais elegantes, e com a "sobrancelha" de iluminação diurna.
Na cidade
O motor de três cilindros de exatos 888 cm³ tem um novo intervalo de ignição 1-3-2. A potência continua a mesma, 95 cv a 8.750 rpm, mas o torque aumentou para 8,87 kgf.m a 7.250 rpm. O ronco, mais encorpado que o antigo assobio, reflete a nova personalidade: o tricilíndrico está mais "cheio" em médios giros.
Na cidade, significa que é preciso girar menos o acelerador para que o motor responda. E há força para rodar em quarta marcha a 50 km/h, pelas vigiadas avenidas paulistanas.
Outra melhoria mais que bem-vinda para nosso país tropical foi a adoção de dois radiadores. Rodei com a temperatura de 25° C e não senti o calor, que antes incomodava no trânsito e paradas nos semáforos.
Os cinco quilos a menos - agora são 198 kg a seco - também ajudam a sensação de que a nova Tiger 900 é mais ágil no uso urbano. O sistema quickshift , que permite subir ou descer as marchas no câmbio de seis velocidades, contribui para o conforto - mas é exclusivo das versões Pro.
Conforto e segurança
Na estrada, a cavalaria do motor é suficiente para ir bem mais rápido que os 120 km/h permitido na rodovia dos Bandeirantes, que sai de São Paulo em direção ao interior do estado. O para-brisa, ajustado manualmente na posição mais alta, desvia bem o vento. O assento mostrou-se confortável, mesmo após 320 quilômetros percorridos.
Baixei o aplicativo "My Triumph" no smartphone, que permite reproduzir no painel rotas de navegação, e também faz um registro do percurso com diversas informações. Com "n" modos de visualização na tela colorida de 7 polegadas, é possível seguir as instruções do Google Maps de forma simplificada. A nova funcionalidade praticamente aposenta os complicados aparelhos de GPS em motos.
Entre os seis modos de pilotagem, optei pelo Road, que entrega potência de forma mais linear e, como diz o nome voltado para a estrada. As respostas são mais progressivas do que no modo Sport, mas ainda assim são imediatas e há força de sobra para ultrapassagens.
Pretendia percorrer a distância (cerca de 300 km) sem parar para abastecer. Maneirei no acelerador, mas ainda assim o consumo foi de 18,3 km/litro. Uma autonomia projetada de 366 quilômetros. Mesmo com o tanque de maior capacidade, agora com 20 litros, tive de fazer uma parada no posto de combustível. Preferi não arriscar ficar sem gasolina nas Marginais que chegam à capital paulista.
As suspensões e a ciclística mantiveram o padrão da marca inglesa: estável nas retas, precisa nas curvas e mudanças de direção. Vale destacar os novos freios Brembo Stylema, topo de linha da grife italiana. Proporcionam uma frenagem eficiente e progressiva, e foram úteis quando um dos muitos caminhões que rodam na região achou que era uma boa ideia ultrapassar em uma subida.
Concorrência feroz
No geral, a Triumph 900 é uma moto melhor que a antecessora de 800 cc. E mais bonita também, na minha opinião. Mais leve e confortável, eleva o patamar de tecnologia e conforto da categoria. Cada vez mais as aventureiras de média capacidade ganham equipamentos, antes presentes apenas nos modelos de 1.200 cc. Com isso também vêm preços mais altos.
A Tiger 900 evoluiu para enfrentar uma concorrência feroz e que vem se aprimorando. A suspensão traseira com ajuste eletrônico faz frente à BMW F 850 GS, sua principal concorrente. Vendida a R$ 59.750 e também com um completo pacote eletrônico, a moto da BMW tem o motor limitado a 80 cv pelas leis de emissão de ruídos.
O preço da Tiger 900 GT Pro também se aproxima da Africa Twin CRF 1000L. Cotada a R$ 62.000, a bigtrail da Honda tem a mesma cavalaria, mas menos eletrônica. A futura versão de 1.100 cc, que deve vir em 2021 apenas, tem até Apple Car Play, mas será certamente mais cara.
A Triumph ainda oferece outras versões de entrada da nova bigtrail de 900 cc. A mais básica, chamada apenas de Tiger 900, sai por R$ 48.990 e tem painel menor, de 5 polegadas, porém completo, só dois modos de pilotagem e as setas não são de LED. Há ainda uma intermediária, chamada de GT, e vendida por R$ 52.990. Opções para quem não precisa - ou nem usa - tanta eletrônica.
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